segunda-feira, 30 de junho de 2014

Good news

Essa semana ainda tenho aula, mas como já terminei meu projeto final estou mais livre (yay!!) haha. Isso quer dizer que com certeza vai ter postagem. Vocês vão querer Maratona??? Sim? Me respondam, amores \o/ Ah, e na postagem do cap seguinte, respondo os comentários do capítulo 13 ;D

Até breve,
Yumi H.

Ps:  Novas seguidoras, sejam muito bem-vindas <3

domingo, 8 de junho de 2014

Capítulo 13 – Simplesmente Demi

Papa-paparazzi

Ai. Meu. Deus! Eu queria sumir!
Mas primeiro queria matar Joseph. Juro mato esse cara! Não fosse por ele, não estaríamos nessa enrascada internacional. Como eu sairia dessa agora?
Eu deveria ter ficado no castelo com as meninas e só saído para ir à praia particular. Mas não. Tinha que ter dado ouvidos a Joe. Por que não fincara o pé e dissera que não íamos? Não havia jeito de voltar no tempo, de apertar o botão de retrocesso dos aparelhos de DVD, que fazia tudo retornar a um ponto qualquer da história?
Eu estava definitivamente ferrada.
Depois do episódio do peixe pescado por Karol na Caverna do Pirata, recolhemos os equipamentos e voltamos para a van, que estava estacionada na estradinha que terminava na praia. Joe entrou primeiro e se sentou lá no fundo. Levando em conta que eu queria ficar o mais longe possível dele, sentei-me no banco da frente, ao lado do motorista.
Não trocamos uma só palavra desde nosso deslize na caverna (melhor chamar de deslize o que não tinha explicação). Eu ficara sem graça, Joe ficara sem graça, portanto evitar um ao outro se mostrou a única saída. Pelo menos, ele não quis justificar nada.
No trajeto de volta ao castelo, as meninas queriam ouvir Joe, queriam comentar sobre o sucesso da pescaria e se certificar de que haveria próximas vezes. Tagarelaram durante todo o percurso e eu aproveitei para fechar os olhos e cochilar. Foi bom, pois assim a viagem pareceu mais rápida.
Joseph e eu fomos deixados no castelo e as meninas partiram de volta para o Lar Irmã Celeste, não sem antes nos despedirmos com abraços, beijos e promessas de repetir a dose.
Parados sozinhos na entrada do palácio, na maior sem-gracice do planeta, Joe e eu parecíamos dois completos estranhos. Nunca o silêncio entre nós havia pesado tanto. Preparei-me para dizer “tchau, até logo” e cheguei a abrir a boca, mas Joe se adiantou e disse:
— Demi, sobre aquilo que aconteceu na caverna...
Meu rosto começou a esquentar. Eu não estava preparada para esclarecimentos, por isso usei toda a minha força de vontade para interrompê-lo:
— Joe, você não precisa me explicar nada, certo? Vamos fingir que não houve coisa alguma. E não houve mesmo, né?
— Como assim, não houve? — Joseph segurou meu pulso sem a menor delicadeza e me fez encará-lo. — Então, por que está tão vermelha?
— Eu não estou vermelha! — quase gritei, enrubescendo ainda mais. — Você só estava me ensinando a maneira certa de pescar!
Joe soltou um suspiro profundo e bagunçou os cabelos com a mão. Parecia nervoso.
— Jura que quer acreditar nisso? — questionou ele, com a voz mais controlada.
— É a única verdade para mim — respondi, de olho na ponta de meus tênis.
— Ok. Então, é a única para mim também.
Quase voltei atrás e gritei que era mentira, que eu só estava com medo de confessar a verdadeira verdade. Mas me contive. Lógico que Joseph estava me testando. Ele não era apaixonado por mim. Apenas se deixara levar pelos hormônios.
Nem vi que direção Joe tomou depois. Só sei que eu corri direto para meu quarto e me enfiei na banheira quentinha, pedindo a Deus para deixar de gostar de Joseph e acabar com meu martírio.
Até que relaxei bem, considerando as circunstâncias. Fiquei imersa até a água começar a esfriar e meu corpo parar de tremer, consequência do deslize na caverna. Vesti um pijama de flanela comprado em Belo Horizonte, sabendo que teria que tirá-lo na hora do jantar. Mas, já que eu pretendia passar umas horinhas pendurada à Internet, nada melhor do que uma roupa confortável.
Meu navegador abre direto na página do Google. Costumo checar meus e-mails antes de me aventurar pela web e dessa vez não fiz diferente. Em minha caixa de entrada havia muitas mensagens, algumas enviadas havia muitos dias.
Por isso, fiquei mais de uma hora lendo e respondendo a cada uma delas. Não tinha interesse em perder contato com os amigos do Brasil, principalmente porque meu tempo na Krósvia tinha prazo de validade.
Assim que terminei a socialização, abri meu perfil no Facebook. Eu perdera o costume de atualizá-lo, logo, pensei que meu mural houvesse se tornado artigo de museu. Ledo engano. Nem sei quantas postagens novas estampavam minha página, todas publicadas por gente que eu nem conhecia. Pelo menos, não pessoalmente.

Alice Nogueira

Demi, lembra de mim? Estudamos juntas na quarta série! Estou com saudades. Vamos marcar um encontro? Bjssss!

Luciano Carneiro

Parabéns, Demi, e parabéns, Brasil! Temos uma princesa de verdade, mesmo eu não sabendo onde fica a Krósvia. Que tal nos conhecermos melhor? Não tenho namorada.

Felipe Fonseca

Demi, vejo você todo dia na faculdade e te acho muito simpática. Por isso merece essa sorte toda. Conta aí: está gostando dessa vida boa?

Marcos P. Paula

Que vida boa o quê! Todos nós sabemos que a monarquia é uma forma de governo arcaica e ultrapassada e só serve para encher o bolso dos monarcas e dar status social a eles. Sou como Cazuza. Acho que a monarquia fede. Fora, Demi!

Cristiane Assunção

Amigo Marcos, Cazuza disse que a BURGUESIA fede.

Marcos P. Paula

E não dá no mesmo? É tudo farinha do mesmo saco, uns esnobes afetados que comem caviar no almoço e faisão no jantar. Mas são incapazes de se misturar com o povo. Isso eles mandam seus capachos fazerem.

Felipe Fonseca

Cara, você é um revoltado. Vai tomar um banho gelado e deixa a pobre da Demi em paz.

Marcos P. Paula

Pobre? Huashuashuash

Maria Eduarda Baldez

Demi, menina, suas roupas são demais. Que vestido MA-RA-VI-LHO-SO é aquele que você usou outro dia? Conta pra mim, conta? Sou sua fã número um. Xoxoxoxox

Transcrevi as postagens acima a título de exemplo, mas eu nem consegui visualizar todas, porque havia mais de 500! Sério mesmo. O ponto em comum entre todas que li era o absurdo da situação. Fossem elogios ou desaforos, ninguém me conhecia a ponto de escrever coisas a meu respeito. Decidi deletar meu perfil e me livrar daquele lixo eletrônico quanto antes. Exposição de menos não fazia mal.
Só atrasei minha decisão uns minutinhos para stalkear o perfil de Joseph. Entretanto, descobri que ele era um daqueles caras reservados, que evitavam as redes sociais.
Mas não me dei por vencida. Como uma fã fanática, digitei o nome de Joe no espaço de busca do Google só para saber o que andavam falando sobre ele. Logo de cara, apareceram inúmeros links. Teria sido um fim de tarde interessante ficar lendo informações a respeito de Joseph se, no primeiro item da lista de opções, não estivesse escrito:
“Princesa Demi Markov e Joe Jankowski têm dia de pescaria com meninas do Lar Irmã Celeste”.
E, como se não bastasse, uma foto — está certo que meio desfocada — abria a notícia, dada em primeira mão pelo maior jornal do país.
Um paparazzo filho da mãe estivera o tempo todo um passo atrás de nós. Como tínhamos deixado esse detalhe passar?!
— Vocês só podem estar de brincadeira.
Com sua voz moderada, mas nem por isso menos assustadora, meu pai olhava de mim para Joe enquanto nos submetia a um interrogatório digno de um tribunal. Eu estava vivendo a hora mais tensa de minha vida. Desde o momento em que encontrara minha cara toda granulada — mas, ainda assim, minha — pipocando nos sites de notícia da Krósvia, do Brasil e sabe-se lá de onde mais, um bolo se formara no meu estômago e não dava sinais de que pretendia ir embora.
Fiquei grudada na cadeira, esperando pensar em outra coisa, tipo, sei lá, que havia seres humanos em Marte. Nem isso me surpreenderia tanto. E não consegui ser a primeira a comunicar a bomba para meu pai. Acho que a assessoria de imprensa do governo foi mais rápida que eu. Só sei que, de repente, meu quarto foi invadido por uma tropa — e eu de pijama de flanela —, encabeçada por Andrej e com um Joe para lá de desconcertado no meio do fogo cruzado. Bem feito para ele. Quem mandou me arrastar até lá?
— Quem explica primeiro?
Estremeci diante do tom incisivo de meu pai. Anotação mental: Andrej é um sujeito tranquilo, mas é melhor não mexer com ele, não.
Não era o fato de eu ter sido fotografada na Caverna do Pirata curtindo uma tarde de pescaria com Joe e as meninas que estava deixando meu pai possesso. Ele até sabia que a gente tinha saído porque eu tivera que pedir autorização para tia Marieva. E ela só concordara mediante o ok do irmão. Quem dera fosse só isso.
O problema todo se resumia a um pormenor, um detalhezinho de nada: Joe e eu naquela posição, tão grudados que parecíamos um só. Dá para acreditar?
Por que, Senhor? Por quê? O que eu havia feito para merecer essa humilhação pública? Não podiam publicar apenas as imagens inocentes, valorizando meu gesto altruísta? Não dava para destacar meu engajamento numa causa nobre?
— Andrej, o que você acha que estávamos fazendo? — perguntou Joseph, ganhando tempo.
— Você não quer que eu descreva, não é? — Meu pai deu um suspiro tão profundo que pensei que fosse engasgar.
— Pelo amor de Deus, eu só estava ensinando a Demi pescar. O fotógrafo aproveitou a posição para vender mentiras por aí.
Boa, Joe! Continue afirmando isso. Quem sabe essa mentira deslavada vire verdade...
— É, pai — fiz coro. — Foi uma foto infeliz, uma ilusão de ótica que esses paparazzi sabem projetar como ninguém. O que você acha que poderia estar acontecendo, afinal?
Andrej se sentou na poltrona perto da lareira, mas não tirou os olhos de mim e de Joseph. Deu a entender que queria ler em nossa cara se havia ou não intenções não reveladas.
— Joe, você tem ideia da repercussão de tudo isso? Ilusão ou não, é o assunto da vez. A imprensa vai especular.
Aparentemente menos tenso, Joseph andou um pouco pelo quarto, mas sem sair do campo de visão de meu pai.
— Eu sei. Mas quero que fique claro que não planejei isso, Andrej. Estou disposto a contradizer a versão dos jornalistas publicamente.
Estremeci. Ouvir aquela de voz profunda afirmar que não planejara me assediar — para não dizer apalpar — doeu, de certa forma.
Andrej negou com a cabeça a proposta de Joe.
— Nada disso. Falar só vai ouriçar ainda mais esse bando de urubus. Vamos ignorar.
— Não sei se é a melhor atitude, Andrej — um cara interveio. — Talvez devamos divulgar nossa versão.
— Petrov, o assessor de imprensa é você, mas tenho que discordar. Quero todos em silêncio — exigiu meu pai. — Já passei por situações piores e não me pronunciar fez a poeira baixar mais rápido.
Com um gesto e poucas palavras, Andrej dispensou os invasores de meu quarto, mas pediu que Joe ficasse. Preparei-me para uma bronca pesada.
— Pai, eu não vou poder mais me encontrar com as meninas do Lar? — indaguei, sem coragem de olhá-lo nos olhos.
— Eu não disse isso, disse? Quero conversar em particular com vocês porque vou entender caso queiram modificar a versão que contaram na presença dos outros.
Fiquei imóvel, uma verdadeira estátua de pedra, temendo a resposta de Joe, mas desejando que ele dissesse que, na verdade, era louco por mim e não aguentava mais esconder seus sentimentos, mesmo que essa declaração me custasse a paz e o posto de queridinha do papai.
Infelizmente, querer não é poder.
— Andrej, não existe outra versão, tá? Contamos o que aconteceu de verdade — Joseph garantiu, tão seguro e tranquilo que me deixou irritada.
Porque eu não estava louca. Não imaginei as mãos dele acariciando meus braços e segurando minha cintura, muito menos sonhei com o nariz de Joe traçando um caminho sedutor através de meus cabelos. Mentiroso!
— Ótimo. Então, não há com que me preocupar. — O tom alegre e despreocupado voltou à voz do meu pai. — Mas você vai ter um trabalhão para convencer sua namorada da sua inocência, meu filho.
Tomara que a Nome de Cachorro fique transtornada e decida terminar o namoro e depois viaje para bem longe e fique um bom tempo fora da Krósvia, pensei. Se possível, lá na Sibéria.
— Nem me diga — Joe murmurou.
— E você, Demi, só por precaução, tente permanecer no castelo. Não quero ver seu nome sendo sequer mencionado pela imprensa marrom.
— Eu não gosto de ficar trancada — reclamei. — Preciso ter o controle de meus passos outra vez, pai. Levo uma vida normal em Belo Horizonte e não pretendo me esconder para sempre. Não sou uma celebridade de Hollywood.
— Sei disso, mas é minha filha e quero você segura. Ainda estou devendo aos jornalistas uma entrevista coletiva com você. Talvez, depois dela, eles fiquem mais sossegados.
Quase chorei de frustração.
Andrej se aproximou e deu um beliscão em minha bochecha, como se eu fosse uma menininha pirracenta.
— Não fique triste, Demi. Tudo passa.
— Não sei. Minha vida está tão devassada que tive que excluir meu perfil no Facebook.
Joseph soltou uma risadinha e nem tentou esconder. Pelo contrário, enfiou o dedo inteiro na ferida.
— Verdade, sua página estava parecendo um muro pichado. É sério, nunca vi tanta mer... digo, tanta mensagem sem noção no mesmo lugar. Eu teria feito o mesmo se fosse você.
Alguém mais percebeu o que eu percebi? Sem querer, Joe tinha acabado de confessar que bisbilhotara a minha página. Levando em consideração que homens não são seres tão curiosos como as mulheres — exceto quando têm um motivo por trás disso —, acreditei então que deveria haver um porquê para Joseph ter me bisbilhotado. Teria ficado animada se não estivesse possessa com seu desdém.
Andrej conservou o sorriso no rosto e retomou o controle da conversa:
— Vou marcar logo a coletiva de imprensa e tentar conduzi-la de um jeito que desvie o foco dos jornalistas de cima desse último episódio. Enquanto isso, é melhor cada um ficar no seu canto. Não queremos mais esse tipo de publicidade.
Entendi o recado nas entrelinhas. Meu pai, sutilmente, exigiu que Joseph e eu parássemos de nos encontrar. Só que ele se esqueceu de um detalhe: não fosse com sua permissão — e insistência —, nós nunca teríamos nos aproximado e talvez eu não tivesse me apaixonado por seu enteado.
Mas, antes de sair e me deixar sozinha em meu quarto, Andrej concluiu sua fala de um modo inesperado:
— Eu me refiro a encontros públicos — ele acrescentou, apontando o indicador alternadamente para mim e para Joe. — Aqui dentro, vocês dois estão liberados.
Então ele nos largou no quarto, a sós.
Confesso que não compreendi a frase final de meu pai. Afinal, estávamos liberados para quê?

Joe demonstrou não ter entendido também e pousou seus olhos verdes penetrantes nos meus, cinzentos e sem graça. Houve um momento fugaz de pura química e eletricidade. Entretanto, cedo demais o instante se desfez, levando Joseph consigo, além de meu coração, que já não me pertencia havia um bom tempo.

~*~

Obrigada pelos comentários <333 Leio todos, só não tenho tempo pra responder como eu gostaria. 
Infelizmente estou em semanas  de provas e fazendo meu projeto final do semestre, que é um café entre dois edifícios e tals... mas tipo, ALGUÉM QUER ME AJUDAR COM UM NOME PRO MEU CAFÉ? KKKKKK Agradeceria de coração ;P Alguém? Alguém? ALGUÉM? Não? ok ):
Enfim, Obrigada de novo, e até em breve. Beijos nas testas de vocês. <3