sexta-feira, 22 de março de 2013

Chapter 17


Demetria

Quem é Joe? — Esta é a primeira coisa que minha mãe diz, quando chego do aeroporto com meu pai.
— É um colega de escola. Somos parceiros no projeto de Química. — respondo, devagar. — Ei, espere um pouco... Como você sabe do Joe?
— Ele esteve aqui, depois que você saiu. Eu o mandei embora.
A realidade me atinge, como se meu cérebro estivesse em plena sinapse.
Oh, não!
Esqueci completamente de que deveria me encontrar com Joe, hoje de manhã. Penso nele me esperando, na biblioteca, e me sinto culpada. Achei que ele não fosse comparecer e, no final eu é que falhei. Joe deve estar furioso... E eu estou péssima.
— Não quero ver aquele rapaz por aqui — diz minha mãe. — Os vizinhos vão começar a falar de você.
Assim como falam de sua irmã... Sei que é nisso que ela está pensando. Espero poder morar, algum dia, num lugar onde não tenha que me preocupar com as fofocas da vizinhança.
— Tudo bem — eu digo.
— Você pode mudar de parceiro?
— Não.
— Você tentou?
— Sim, mãe, tentei. Mas a Sra. Peterson não permitiu.
— Talvez você não tenha tentado o suficiente. Vou ligar para a secretaria do colégio na segunda-feira e fazê-los entender que...
Concentro minha atenção nela, ignorando a dor, a sensação latejante perto da nuca, onde minha irmã me arrancou um punhado de cabelos.
— Mãe, eu mesma cuido disso. Não preciso que você ligue, para reclamar... Até parece que sou uma criancinha de dois anos!
— Foi esse tal de Joe quem ensinou você a falar com sua mãe desse jeito?
— Mãe...
Gostaria que meu pai estivesse aqui, para intervir. Mas, assim que chegamos, ele foi para o estúdio, checar seus e-mails. Meu pai é sempre omisso, nessas horas. Seria bom que ele fosse mais participativo.
— Se você se relacionar com um rapaz desprezível, como aquele, as pessoas vão considerá-la desprezível, também. Seu pai e eu não criamos você para isso.
Oh, não. Já começou o discurso. Prefiro comer peixes vivos com escamas, a ouvir isso. Sei muito bem o que ela está dizendo, por trás das palavras: Shelley não é perfeita. Então, eu tenho que ser.
Respiro fundo, tentando me acalmar.
— Eu entendo, mãe. Sinto muito.
— Estou apenas tentando protegê-la — ela diz. — E você responde com essa falta de respeito...
— Tudo bem... Desculpe. O que o Dr. Meir falou sobre Shelley?
— Ele quer vê-la, duas vezes por semana, para fazer algumas avaliações. Vou precisar da sua ajuda, para levá-la.
Não conto à minha mãe sobre a política da Sra. Small, quanto às faltas, nos ensaios da torcida. Seria desgastante demais, nesse momento. Para ambas. Além do mais, o que me interessa é saber por que Shelley está tendo tantas crises seguidas.
Felizmente, o telefone toca e minha mãe vai atender. Corro até o quarto de minha irmã, antes que ela volte com mais sermões. Shelley está sentada diante do computador, especialmente configurado para ela, batendo no teclado.
— Oi — eu digo.
Shelley me olha, sem sorrir.
Quero mostrar que não estou zangada, porque sei que ela não teve intenção de me machucar. Shelley não consegue entender nem mesmo os motivos pelos quais ela própria age.
— Quer jogar damas?
Ela responde “não” meneando a cabeça.
— Quer ver televisão?
Outro não.
— Quero que saiba que não estou zangada com você. — Chego mais perto, tomando cuidado para que ela não alcance meus cabelos, e acaricio suas costas. — Eu amo você, maninha. Você sabe disso, não?
Nenhuma resposta, nenhum gesto de assentimento, nenhuma palavra. Nada.
Eu me sento na beira da cama de Shelley e fico assistindo enquanto ela joga, no computador. Vez por outra faço um comentário, para que Shelley saiba que estou aqui. Talvez ela não precise de mim, agora. Mas eu gostaria que sim... Pois chegará um tempo em que não estarei por perto, para ajudá-la. E isso me assusta.
Pouco depois, deixo Shelley e vou para o quarto. Procuro, no diretório estudantil da Fairfield, o telefone de Joe. Encontro e ligo, do meu celular, para a casa dele.
— Alô? — A voz é de um menino.
Respiro fundo, antes de dizer:
— Oi... Joe está?
— Ele saiu.
Quién es? — Ouço a mãe do menino perguntar.
— Quem quer falar com Joe? — ele me pergunta.
Percebo que estou roendo as unhas, enquanto falo:
— Demetria Ellis. Eu... sou colega de Joe, no colégio.
— É Demetria Ellis, uma colega do Joe, no colégio — o menino diz à mãe.
— Pegue o recado — eu a ouço dizer.
— Você é a nova namorada do Joe? — o menino pergunta.
Escuto um tapa e um “Ai!”.
Então, ele diz:
— Quer deixar recado?
— Diga a ele que Demetria ligou. Vou deixar meu telefone...

~*~

Seguidores novos, sejam bem-vindos *---*

Answers:

Luna: Sério?? haha Na verdade, eu só li esse livro pensando em fazer a adaptação pra Jemi, porque esse não é meu gênero preferido de livro, mas achei bom. kkk De nada <3 Ok, vou postar sempre que der, não se preocupe u-u beijos :*
Demetria Devone Lovato: Que bom que amou *-* Mas você só descobrirá o que o Joe vai fazer, no próximo capítulo muahahaha 

Ps: se comentarem até amanhã que eu posto outro amanhã a noite (sábado) (:

3 comentários:

  1. Ameiiiiiiiii posta PLEASEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

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  2. AHHHHH AMEI
    Posta Logo Por Favor
    eu to amando essa história e to doida para saber o que o Joe vai fazer
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    Beijos

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