Estava
chovendo. Eu amo a chuva, mas não os trovões e relâmpagos. As luzes piscando
não são tão más como o trovão irado. Isso me lembra da mamãe quando ela estava
com raiva, sob efeito de drogas, bebidas e homens. Hoje eu ganhei uma dose
dupla porque há uma tempestade lá fora, e meu monstro de mãe está em uma de
suas crises de raiva.
Eu tinha
esperança e pedi a Deus para que ela fosse dormir como normalmente fazia. Mas
Deus não estava ouvindo hoje. Parece que Deus não ouvia nada do que eu pedia a
ele. Estou começando a me perguntar se ele sequer existe, como o pregador que
para de vez em quando diz. Mamãe amaldiçoa muito a Deus, então eu acho que ela
acredita nele.
A chuva
encharcava através de minha camiseta fina e leggings. Eu escapei para fora da
janela do meu quarto logo que mamãe terminou comigo. Os pingos de chuva lavaram
minhas lágrimas e o sangue dos muitos cortes que mamãe deixou depois que ela
veio atrás de mim com uma vara e os punhos. A água fria arde em meus vergões
inchados e corpo machucado, mas eu estava habituada à dor.
Assim que meus
pés descalços tocaram do lado de fora da minha janela do nosso trailer, corri
através da pequena seção de grama que separa o trailer onde eu vivo do que Joe
chama de lar. Rezo para que sua mãe não tenha decidido limpar seu quarto, que
ela não tenha trancado a janela que ele sempre deixa aberta para mim, apenas no
caso de ser necessário.
Quando subo no
balde de cinco litros que eu uso como uma escada, deixo escapar um gemido
quando descubro que, sim, a mãe de Joe tinha limpado seu quarto. A janela
estava trancada. Começo a tremer agora, porque a chuva era fria e eu não tinha
sapatos nem casaco, e agora também nenhum lugar quente para ir. Eu sabia que
era inútil tentar um dos trailers dos outros vizinhos. O pai de Nick está em
casa e eu nunca iria para lá quando havia a chance do Sr. Thornton me encontrar.
O trailer de Drake e Shane só tem uma janela pequena que é muito alta para os
meus pés pequenos alcançarem a menos que um deles me ajude.
Um pequeno
soluço me escapa e eu empurro o meu cabelo molhado e emaranhado para longe do
meu rosto, arfando quando eu toco a minha bochecha inchada. Mamãe era uma
profissional em bater no meu rosto. E hoje ela tinha estado no seu melhor,
principalmente considerando a quantidade de drogas e bebida que ela tomou.
Houve um ruído
do outro lado do gramado pequeno. Minha mãe tinha voltado para a segunda rodada
e descobriu que eu fugi. Com o coração acelerado eu fiz a única coisa em que
podia pensar. Afastei a placa de metal que ligava o trailer de Joe ao chão.
Empurrei e empurrei, cortando as palmas das mãos enquanto eu fazia isso. Mas,
finalmente, com um gemido de triunfo consegui afastá-la para trás o suficiente
para conseguir rastejar debaixo do trailer.
Quando consigo
deslizar para lá coloco o metal de volta no lugar. Engulo um grito quando recuo
e minha mão toca o esqueleto de um rato. Eu limpo a minha mão em minhas
leggings encharcadas e então coloco meus braços em torno de meus joelhos para
não entrar em contato com o rato novamente. Minha cabeça se inclina para trás
contra a parede e eu fecho meus olhos, rezando para que minha mãe não pense em
me procurar aqui...
Devo ter adormecido.
Quando acordo, ouço Joe e Nick chamando meu nome. Ambos parecem frenéticos. —
Demetria? — Joe estava próximo, do outro lado do metal. — Demi?
Eu alcanço o
metal e afasto-o o suficiente para olhar para fora. Eles não me notam no
começo. Joe está de pé com Nick, ambos em suas camisas da banda que eles me deixaram
ajudar a desenhar. Nick tinha suas baquetas na mão esquerda, enquanto a outra
estava fechada em um punho. Joe parecia preocupado. — Ela não teria ido longe.
— Essa puta!
Se eu não achasse que eles iriam levar Demetria de nós eu chamaria a polícia. —
Nick resmunga.
— Mas eles
vão, Nick. E então ela estaria em um lugar pior do que ela já está. Pelo menos
aqui podemos cuidar dela. — Joe diz.
É a mesma
conversa que eles têm sempre depois de cada surra. Se eles chamarem a polícia,
em seguida, os serviços sociais me levariam para longe. Não é seguro em um
orfanato mais do que é com minha mãe. Talvez até pior. Tenho sete anos e eu entendo
o que isso significa. Joe e os outros me explicaram mais de uma vez.
Afasto o metal
um pouco mais e começo a rastejar para fora. Meu corpo está rígido e machucado.
Há lama endurecida nos cortes deixados pela vara e por ficar escondida em um
espaço tão apertado. Estou inchada e dolorida. E eu já podia sentir a ardência
no fundo da minha garganta que dizia que eu ia ter uma dor de garganta. De
repente, braços fortes estão me puxando para fora. Assim que meus pés são
colocados no chão sou puxada para os braços fortes de Joe.
— Porra! —
Nick exclama.
— Cale-se,
Nick. — Joe diz com seus braços apertados em torno de mim. Eu posso ver as
rodas girando em sua mente. Ele está querendo saber onde me levar, para me
esconder. Ouço riso vindo de meu trailer - minha mãe deve estar com mais um de
seus namorados, e há o som da televisão vindo do trailer dele - se sua mãe me
ver assim ela vai chamar a polícia ela mesma - nenhum é uma opção.
— Meu pai se
foi. — Nick já está caminhando em direção a seu trailer. — Vamos, Joe!
Quando eles
finalmente me colocam no quarto de Não, estou tremendo. Estou com frio, tanto
frio e tudo está doendo muito. — Nós temos que aquecê-la. — Joe diz. — Comece a
esquentar a água para que eu possa dar-lhe um banho.
Nick não diz
nada quando ele sai do quarto e ouço água se ligar do cômodo ao lado. Joe
coloca-me de pé e começa a puxar a minha camiseta ainda molhada. Eu não
protesto com ele enquanto puxa minha legging para baixo junto com minha
calcinha. Ele suga uma respiração profunda quando vê os hematomas, os cortes
profundos nas pernas, braços, costas e na minha barriga.
— Eu sinto
muito, Demetria. — Ele sussurra. — Sinto muito.
Eu não digo
nada, porque não entendo por que ele está arrependido. Ele não me bateu. Isso
não foi culpa dele. Eu podia ser apenas uma menina pequena, mas sabia que ele
não pode sempre me proteger. Ele tem uma banda e hoje sua banda tocou em uma
festa para algumas pessoas de sua escola. Eu gostaria que ele pudesse ter me
levado, mas sei que uma criança de sete anos em uma festa de escola não é uma
boa ideia. Shane tentou explicar-me, e eu tenho quase certeza que entendo as
razões.
— Joe! — Nick
chamou do banheiro. — Eu não tenho certeza se isso é muito quente ou não. Venha
aqui e confira.
Joe me leva
pela mão até o banheiro e, em seguida, se curva para sentir a temperatura da
água. — Isso deve ser bom. — Ele me levanta e me coloca na água.
Eu choramingo
quando a água toca meus cortes. Dói, mas o calor da água é bom em meus pés
frios. Logo paro de tremer. Joe lava-me, tentando ser gentil enquanto ele limpa
os ferimentos no meu corpo. Sua mandíbula está apertada e eu acho que há
lágrimas em seus olhos.
Mais
tarde, depois do meu cabelo estar lavado e cheirar bem, ele me levanta da água
e me envolve em uma toalha. Nick segura uma caixa de Band-Aids com princesinhas
que ele sabe que eu gosto. Mas há também um tubo de pomada em sua outra mão e
eu balanço minha cabeça. — Não. Isso dói.
Joe esfrega a
toalha sobre o meu corpo molhado, ainda tentando ser gentil. Alguns dos cortes
estão sangrando de novo e dói quando a toalha esfrega entre eles. Quando ele
termina, ele pega a pomada de mim e eu me afasto. — Não, Joe. — Eu choramingo.
— Não quero isso.
— Eu sei,
Demetria. Eu sei que dói. Mas você não quer que eles infeccionem, não é? — Ele
está piscando muito e acho que ele está tentando não chorar. — Se eles
infeccionarem você terá que ir ao médico e levar uma injeção.
Essa é a
palavra mágica. Eu odeio injeções! Eu odeio médicos! Então, eu me sento na
pequena pia e deixo-o colocar pomada em cima de mim, tentando não choramingar
porque dói. Quando ele termina, o tubo está quase vazio. Nick ajuda a colocar
os Band-Aids. Depois de colocar cada um, eles beijam o local, para expulsar a
dor e dizem o de costume. — Fique bem.
Nick coloca
uma de suas camisas em mim. Mas ela é tão grande que eles têm de dar um nó para
que eu não tropece nela quando ando. Quando eu estou coberta, Joe me levanta e
me leva de volta para o quarto de Nick. Eles me colocam na cama pequena contra
a parede e dobram um lençol que cheira a Nick em torno de mim.
Shane e Drake
entram no quarto. Shane tem um saco do Wal-Mart e ele tira uma caixa de
remédio. Eles me dão uma grande dose de Tylenol e depois me alimentam. Drake
tinha parado no McDonalds e me comprou um Happy Meal de nuggets de frango. Meu
estômago ronca e eu percebo que não comi nada desde o dia anterior.
Meu estômago
dói depois da primeira mordida. Eu sento e seguro minha barriga até que a dor
passa e então eu devoro o resto do nuggets e batatas fritas. Eu não bebo a
sprite que eles me deram até depois de eu ter comido. O gosto é bom. Finalmente
eu pego o meu brinquedo, um pequeno bicho de pelúcia com cabelo maluco e uma
camiseta. Eu o mantenho perto do meu peito, enquanto Joe escova os emaranhados
no meu cabelo úmido. Machuca, porque não foi escovado em um tempo, mas eu não
reclamo e ele tenta ser gentil.
Enquanto a
escova desliza no meu cabelo meus olhos começam a ficar pesados. Logo eu estou
dormindo...
Capítulo 1
Capítulo 1
Abro os olhos no instante em que o ônibus para. Fazendo careta eu me jogo para fora do sofá e olho para fora. O ônibus da turnê está parado no estacionamento do hotel. Outro ônibus carregado com toda a tripulação e dois caminhões param logo em seguida, com todo o equipamento de palco e da banda. Eu quero muito tomar um banho e dormir uma noite inteira, mas ainda tenho muitas coisas para fazer.
Eu ando de pé na parte de trás do ônibus para acordar os outros. Drake está esparramado em seu estômago na cama de baixo. Ele tem uma garrafa de Jack Daniels na mão, meio vazia. Acima dele, Shane esta roncando, seu baixo apertado contra o peito. Contra a outra parede Nick está falando em seu sono, murmurando sobre algum 'filho da puta'.
Suspirando, eu aperto seu ombro primeiro. — Nick. — Tenho que me aproximar de seu ouvido e gritar seu nome. Todos eles têm sono pesado, mas Nick é sempre o pior. — Nick! Vamos. Vamos dormir em uma cama de verdade.
Nick boceja e pisca para abrir os olhos. — Demi?
Eu sorrio para ele. — Quem mais? — Beijo seu rosto e dou um puxão no seu braço. — Levante-se. Chegamos. — Quando ele se senta eu passo para Shane. Tudo o que tenho que fazer é pegar o baixo dele. Ele aperta seus braços ao redor dele e se senta. — Estou acordado. — Ele resmunga.
— Drake. — Eu pego a garrafa de Jack de sua mão e coloco a tampa. Suas costas estão nuas e a tatuagem da banda deles, Asas do Demônio, em suas costas flexiona quando eu o acordo. — Ugh. Você precisa de um banho. — Eu quase vomito com o cheiro da bebida em seu hálito quando ele se vira e me puxa para baixo contra ele. — Levante-se, bêbado.
Ele beija minha bochecha antes de me soltar e eu levanto, caminhando para o final do ônibus. — Vocês se vistam. Depois que eu acordar Joe vou pegar a chave dos nossos quartos... Não volte a dormir Nick! — Eu chamo, sabendo que ele estava pensando em fazer exatamente isso. — Eu tenho um balde de água gelada com o seu nome se você dormir.
Ele murmura maldições para mim, mas eu só sorrio.
A televisão está ligada. Eu a desligo e caio no sofá ao lado de Joe. Ele não está vestido nada além de sua cueca. Eu não paro para cobiçar seu peito duro e abdômen definido. Eu já fiz isso muitas vezes antes. Em vez disso, coloco minha mão sobre sua boca e aperto seu nariz. Leva alguns segundos antes que ele se sacuda e me empurre. — Cadela! — Ele resmunga, mas me ajuda a levantar do chão, onde eu caí.
Rindo eu me levanto e pego a sua camiseta de Asas do Demônio. — Dormiu bem?
— Só adormeci algumas horas atrás. — Ele pega a camisa que eu lhe ofereci e desliza-a sobre sua cabeça. — Tenho muito em minha mente. Canções tentando sair, mas que continuam ficando trancadas no meu cérebro.
— Eu tive um sonho. — Falo.
Ele endurece, sabendo que meus sonhos nunca são agradáveis. — Você está bem? — Ele pergunta, pegando a minha mão e me puxando para o seu colo. — Quer falar sobre isso?
Suavemente ele penteia os dedos pelo meu cabelo. Eu fecho meus olhos e enterro meu rosto em seu pescoço. Deus ele cheira tão bem! — Como sempre vocês estavam cuidando de mim. Foi uma das vezes em que minha mãe usou uma vara em mim.
Braços fortes se apertam em torno de mim. Seus dedos apertados no meu cabelo machucam um pouco, mas eu não protesto. — Odeio aquela vadia. — Ele murmura. — Espero que ela esteja apodrecendo no inferno.
Eu não poderia concordar mais. Minha mãe morreu de uma overdose de drogas há seis anos. Dizer que eu lamentei sua morte seria um exagero total. Tudo o que eu senti quando encontrei o seu corpo frio quando cheguei da escola naquele dia foi um alívio enorme. Eu tinha quinze anos, mas estava livre da doença que era minha mãe.
— Eu preciso de café. — Joe levanta comigo ainda em seus braços.
Eu aperto-o junto a mim mais um segundo, então, solto. — Eu vou me assegurar que você consiga um. — Falo por cima do meu ombro enquanto avanço para a frente do ônibus.
— Não é o seu trabalho fazê-lo! — Ele grita atrás de mim.
Mas era. Toda minha vida eles tomaram conta de mim. Mesmo quando eles me deixaram depois de assinarem um contrato há dez anos, eles ainda tinham tomado conta de mim. Me enviavam dinheiro e presentes. Certificavam-se de que alguém me verificava todos os dias. Eles haviam estado em turnê, fazendo todas as coisas que os roqueiros fazem, mas eles ainda me chamavam todos os dias. O celular que eles me deram era a minha linha da vida para eles. Eu era capaz de ligar, mandar e-mail, mensagem, ou qualquer outra coisa que eu queria ou precisava para que pudesse falar com eles todos os dias.
Então, quando minha mãe morreu eles tinham voltado, largando tudo logo que eu tinha chamado Joe. Eles cuidaram do funeral. Então, quando os serviços sociais tentaram me levar embora eles avançaram e disseram que eu era deles. Me levaram para longe de todas as trevas do parque de traileres onde todos crescemos. Eles me compraram um laptop, organizaram tudo para eu ter aulas on-line para que pudesse completar minha educação da parte de trás de um ônibus da turnê.
Meus caras nunca iam me deixar de novo.
E eu lhes devia. Por sempre cuidarem de mim, por me pegarem, e me ajudarem a superar, salvarem a minha sanidade, me alimentarem, comprarem roupas para mim, me amarem... Muitas pessoas não fariam isso. Mas Joe, Drake, Shane, e Nick eram diferentes. Eles me viram quando eu tinha cinco anos, me colocaram sob suas asas escuras, me protegeram, mesmo que fossem dez anos mais velhos do que eu. Esses caras eram minha família e era minha vez de cuidar deles.
Então eu cuidava de tudo. Eles queriam café, eu arranjava café. Se Drake precisava de uma nova garrafa de uísque de 50 anos que era impossível encontrar, então eu me certificava que ele conseguia. Eu cuidava de tudo, desde reservas de hotel até as mulheres... Sim, eu havia me tornado uma profissional em me livrar de qualquer mulher que havia ultrapassado a sua data de validade. Normalmente, isso era na manhã seguinte.
Duas horas depois, eu tinha todos os quatro rapazes em seus quartos. Eu passei um tempo extra no quarto de Drake para me certificar de que ele tomava um banho e escovava os dentes. Dei-lhe em um par de cuecas limpas e coloquei-o na cama. Quando cheguei ao meu próprio quarto, eu estava exausta. Minha própria ducha foi rápida e eu estava dormindo antes mesmo de bater a cabeça no travesseiro.
— Demi!
Nick batendo na minha porta do quarto despertou-me algumas horas mais tarde. Olhei para o relógio, vi que era hora de ir para o Centro Cívico para preparar para o show de hoje e pulei para fora da cama. Abri a porta para Nick antes que ele a arrancasse. Ele entrou quando eu estava tirando a minha camiseta de dormir.
— Está se sentindo bem, Demi? — Ele perguntou, sem sequer se preocupar em virar a cabeça quando coloquei o meu sutiã e puxei uma camiseta dos Asas do Demônio sobre a minha cabeça. — Você nunca dorme demais.
Na verdade, já fazia um tempo que eu me sentia cansada. Mas não ia dizer isso a ele. Ele iria dizer aos outros e eles iam se unir para cuidar de mim, me forçando a ir ao médico. Eu odiava médicos! — Só tive uma noite difícil na noite passada. — Disse me desculpando. — Pesadelos.
Coloquei uma calcinha limpa e depois vesti um par de jeans apertados. Botas até ao joelho com saltos de três polegadas e eu estava pronta. Eu puxei meu cabelo bagunçado em um rabo de cavalo, não me incomodando com maquiagem, e me virei para encontrá-lo ainda franzindo a testa para mim. — Eu estou bem, Nick. — Dei-lhe um abraço apertado, então fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha. — Relaxa. — Levantei a mão e esfreguei-a sobre a sua cabeça careca. Ele gostava de mantê-la lisa. Era sexy como o inferno e todo mundo queria esfregar sua cabeça. Ele só gostava quando eu fazia isso embora.
— Eu acho que preciso de férias. — Ele murmurou enquanto me seguia para fora do quarto. — Talvez devêssemos ir para casa por um tempo.
Eu atirei-lhe um olhar por cima do meu ombro enquanto apertei o botão para chamar o elevador.
— E onde é a casa? Estamos vivendo em um ônibus há seis anos.
— Joe estava falando sobre a compra de uma casa. Mas nós não conseguimos decidir sobre onde queremos que seja. Drake sugeriu Califórnia, Shane quer Boston. — Ele deu de ombros quando entrou no elevador comigo. — O que você acha?
Honestamente, eu não sabia o que pensar. Eu os seguiria para qualquer lugar, contanto que todos nós estivéssemos juntos, eu não poderia me importar menos. Mas não esperava que eles estivessem prontos para se estabelecer, no entanto, mesmo se todos nós estávamos ficando cansados de toda a movimentação. — Eu nunca pensei sobre isso. — Digo a ele.
— Bem, você precisa pensar. Queremos saber onde você quer viver. Você sabe que onde quer que você vá nós iremos também.
Suas palavras aqueceram meu coração e eu o abracei com força. Ele deu um beijo no topo da minha cabeça e saiu do elevador no andar térreo. Joe, Drake, e Shane já estavam nos esperando. Cada um deles deu-me olhares preocupados, mas apenas passei por eles para a limusine esperando lá fora.