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“Eu gosto
tanto de você
Que até
prefiro esconder
Deixo
assim ficar
Subentendido”
Depois de três
dias infernais, eles voltaram para casa. Eles... Por que Joseph Bolivatto não
deixou o hospital desde o momento em que Demetria entrou. Ele foi o terror dos
médicos e enfermeiros. Exigindo informações, cuidados para sua mulher e afins. O
primeiro dia foi o mais angustiante. Há muitos anos não chorava, mas quando
ouviu as palavras pré-eclâmpsia, ele se assustou. Não sabia o que era. Mas com
aquele nome não era coisa boa.
— Bem, ela vai
ficar no hospital até a pressão se normalizar. Depois vai ter que seguir rigorosas
recomendações. Isso significa repouso absoluto, dieta entre outras coisas, mas
não se preocupe tanto, embora seja um problema sério, com acompanhamento tudo
se resolve.
Ele ficou
digerindo as informações do médico, e finalmente teve coragem de perguntar:
isso tem algo a ver com o excesso de sexo?
— Não senhor
Bolivatto, isso não tem nada a ver com sexo.
Ele ainda
insistiu:
— Mas quando eu
falo em sexo, quero dizer muito sexo.— falou muito constrangido sem olhar para
o médico.
— Eu entendi sua
colocação senhor Bolivatto. Agora perceba: o sexo não faz mal ao bebê a menos
que vocês tentem alguma posição complicada que possa gerar acidentes. A pressão
alta na gravidez é apenas algo que acontece. Algumas mulheres têm; outras não. Embora
a situação seja bem delicada e isso torne a gravidez de risco, seguindo
direitinho as recomendações, a situação pode ser contornada. Ela precisa de
repouso. E tranquilidade. Arranje alguém de confiança para tomar conta dela ou
contrate uma enfermeira. De qualquer jeito, ela deve pedir licença do trabalho.
— Sim, senhor.
Vamos seguir cada recomendação.
— Ótimo. Sua
noiva vai dormir até amanhã...
— Eu não vou sair
de perto dela.
O médico sorriu.
— Eu imaginei
isso. O quarto tem uma cama para acompanhante. Uma enfermeira lhe entregará um
jogo de cama.
— Obrigado.
Ele saiu do
consultório atordoado. Seu pai o aguardava no corredor. Não falaram. Carlos o
acolheu num abraço poderoso. Desses que dizem à gente que tudo vai ficar bem.
Um abraço de pai.
— É sério?
— Sim,
pré-eclâmpsia.
— O que é isso?
— Pressão alta.
Tem riscos...
— Mas vai dar
tudo certo. Nossa menina é guerreira.
— Eu sei...
Mas não pôde
conter as lágrimas que vieram a seus olhos. Não se incomodou em chorar diante
do pai. Apenas aceitou mais um abraço seu.
— Eu vou dar um
tempo do trabalho. Pelo menos nesses primeiros dias. Depois pretendo me organizar
para trabalhar em casa. A Demi já anda ranzinza, agora então, ficando presa
dentro de casa vai ser pior.
— Não vai. —
falou Carlos com segurança. — a Demi exagera, mas quando o assunto é serio, ela
simplesmente se adapta a situação. Ela vai levar tudo numa boa.
— Eu não sei...
— Eu sei.
A estada no
hospital foi relativamente tranquila. Quando todos foram embora, ele pegou o
notebook que pedira para Beth trazer e acessara a internet. Numa pesquisa
rápida, descobriu que eclampsia era a principal causa de morte materna. Chorou
o resto da noite, como um bebê.
Demi acordou no
dia seguinte. Vê-la daquele jeito o deixou com o coração partido. Explicou a
situação, do jeito que lhe foi explicado pelo médico, para não assustá-la. A
única pergunta da moça após tudo foi:
— O bebê está
bem?
— Sim.
— Ótimo, depois a
gente cuida do resto.
Os dois dias
seguintes foram surreais. As visitas e os presentes para Demi chegavam continuamente,
a ponto de o médico reclamar. O humor da mulher estava inusitadamente melhor. Sua
expressão tinha uma leveza que confundia o noivo. Na volta para casa ela agia
como se estivesse voltando de umas férias. Ele ficou com receio de contar que
ia contratar uma enfermeira. Mas ela reagiu bem ao anúncio. Seu espanto foi tão
grande que Demetria percebeu.
— É para o bem do
bebê certo? Então eu topo. Sei que é exagero de sua parte, mas se isso vai
garantir a saúde do bebê e seu sossego, por mim tudo bem. Mas vou logo lhe
avisando que quem escolhe a criatura sou eu. Nada de farda, todo homem tem
fetiche por roupa de enfermeira... E quero uma senhora de meia idade...
E as exigências
sucederam. No final, uma senhora baixinha e gordinha com cara de vovó chamada
Vera, foi à escolhida. Seu trabalho basicamente era entreter Demi, já que o
notoriamente assustado Joseph Bolivatto não conseguia nem sorrir. Acordava no
meio da noite para observar seu sono. Enquanto o namorado estava cada vez mais
calado e depressivo, uma nova Demetria Lovato surgia: calma, descontraída, de
bem com a vida, atenciosa e obediente. Estava rigorosamente dentro da dieta.
Não reclamava do tempo que precisava ficar de repouso, nem da comida sem gosto.
Passava horas tentando travar algum tipo de conversa com o companheiro.
Eles agora
trocavam experiência, conversavam sobre a infância adolescência, mas Demi nunca
conseguia tirar aquela expressão do rosto dele. Ao menor gemido ou resmungo
seu, ele aparecia ao seu lado, com uma cara assustada, perguntando se estava
bem. Após um mês, sua pressão estava quase normalizada, mas ao contrário do que
esperava, Joseph Bolivatto continuava com aquele seu jeito tristonho pelos
cantos. Sua expressão apenas se modificava nas raras ocasiões em que expressava
desejo por ela. Isso acontecia quando Demi trocava de roupa em sua frente, ou
começava a falar o que faria com ele quando pudessem voltar a transar. Era
obvio que apesar de fazer o máximo para se controlar, ele já estava subindo
pelas paredes.
Mas o sujeito
aceitava sua ajuda? Não.
Foi quando
Demetria Lovato em uma de suas conversas com o seu terapeuta decidiu que o
noivo precisava de um tratamento de choque. Uma manhã o filho de Carlos acordou
cedo. Ele não sabia ao certo o que o despertara, mas quando tentara se mexer,
nada. Abriu os olhos e se viu amarrado a cama. Uma sensação de déjà vu o
acometeu.
— Demi...
— Bom dia amor. —
cumprimentou ela toda animada.
— O quê...?
Ela sorriu.
— Bem, segundo
minha recente experiência, tristeza e mau humor significa falta de sexo. Por
isso decidi acabar com os seus.
— Demi, você não
pode...
— Eu sei, eu não
posso me esforçar muito. Calma eu também quero muito esse bebê.
Não vou fazer
nada estúpido... Quer dizer nada muito estúpido...
— Demi, me solta.
— Joseph, se você
me contrariar, eu posso ficar nervosa. Então facilita, tá?
— O que você vai
fazer?
— Matar as saudades
do Joe Jr.
Ele gemeu. Que
mais poderia fazer?
Deitando a seu
lado ela pediu:
— Dá próxima vez
espero contar com sua ajuda. Essa posição é muito incomoda. Tenha pena do meu
barrigão.
Ele não conseguiu
disfarça seu surpreso contentamento.
— Quando o bebê
nascer vai ter a lei do retorno...
Naquele mesmo
dia, Demetria aplicou mais um pouco da terapia no noivo. Mais tarde quando estavam
na cama, ela tirou um caderninho do criado mudo e fez uma anotação. Dias se
passaram e o Bolivatto viu a noiva repetir aquilo várias vezes.
— O que é isso
que você tanto anota? — perguntou certa manhã.
— Contabilizando
minha generosidade para com você... Só me preparando para a lei do retorno.
Ele riu. Uma
risada de verdade em muito tempo.
— Você é louca...
— Mas você me
ama.
—
Desesperadamente. — Ele confirmou. — E eu prometo recompensar sua generosidade,
eu vou realizar qualquer um desejo seu. Não importa o que você me pedir, eu faço.
Diante dessa
promessa a mulher não conseguiu conter um arrepio. Se antes já queria que essa
criança nascesse, agora a situação era bem pior.
— Ai meu Deus! —
Demi exclamou, antes de pegar o caderninho outra vez e recomeçar a escrever.
— Eu nem vou
perguntar o que você está escrevendo...
— Melhor não
perguntar mesmo.
As coisas se
acalmaram depois disso. A recuperação de Demi era óbvia, apesar de sua pressão
às vezes oscilar. Joseph trabalhava por vídeo conferência e finalmente tinha tranquilidade
para produzir alguma coisa. No final da tarde, sempre levava a namorada para passeios
ao ar livre. Um dia, quando estavam sentados num parquinho, observando as
crianças brincarem ele comentou:
— Você ficou
muito tranquila apesar de tudo.
— Era preciso que
um dos dois ficasse.
O rapaz ficou sem
graça.
— Eu me
apavorei...
— Eu sei.
— Eu deveria ser
forte, mas...
— A gente tem que
dividir Joseph. Claro, eu vou sempre surtar muito mais que você, mas você
também tem o direito. E eu prometo tentar não surtar junto. Precisamos fazer
uma escala de revezamento.
O sorriso dele
ainda era triste.
— Tudo bem a
gente faz isso, mas eu preciso saber: quando você vai me tornar um homem
honesto?
Ela parou um
pouco e pensou:
— A gente já
teria casado se o bebê da Beth não fosse apressado.
— Sei disso. Mas
está tudo sossegado agora...
— Nem pense
nisso. Quando olhar para as nossas fotos de casamento no futuro, eu espero não
ser confundida com uma mesa ornamentada.
— Para com isso,
você está linda.
— É por que você
me vê assim. Mas essa fala mansa não vai me convencer não, eu caso quando ficar
gostosa dentro do vestido de noiva.
O oitavo mês de gravidez
foi mais difícil para Demi. A pressão dela deu alguns sustos neles. O médico
sugeriu a possibilidade de uma cesariana se a situação persistisse, porém o novo
Bolivatto foi mais rápido. Numa madrugada fez sua mãe acordar com as primeiras
contrações. Eram fracas, mas foi se tornando frequentes em pouco tempo. A bolsa
estourou no carro em frente à emergência do hospital. Joseph Bolivatto nunca
ficou tão apavorado em sua vida.
~*~
Desculpem a demora, de novo... :(
Ameiiiiii muito, cap fofo
ResponderExcluirahhhhhhhhhh, que lindo =)
ResponderExcluiro bebê vai nascer ^^ mt fofo, espero que nada aconteça à demi ..........................
posssta logoo, bjs
Liiiiiiindo demaiiis...espero q nada aconteça com a minha Dems.... perfeito msm assim
ResponderExcluirPode divulgar? É o blog de uma amiga, ela tinha colocado ele em hiatus e agora ta voltando!
ResponderExcluirhttp://jemionelove.blogspot.com.br/
o bebê vai nascer, amo babies Jemi!!!
ResponderExcluira história já está proxima do fim :(
já tem noção da proxima que vai postar? amo sua adaptaçoes e a autora de Belo Desastre vai está aqui na minha cidade fjfkdi minha prima estava comentandp sobre o livro e disse que era ozado ou seja meus pais não deixarão eu ir e nem sabem que eu já li o livro xjdk
obrigado por divulgar, posta logo!