domingo, 14 de julho de 2013

Capítulo 19 – Última Dança (Parte 2/2)

O ritmo da música era mais rápido e sorri para o meu novo e surpreso parceiro, tentando ignorar o fato de que Joseph estava menos de um metro às minhas costas. Outro cara da Sig Tau começou a dançar atrás de mim, me agarrando pela cintura, e fui para trás, puxando-o para perto de mim. Isso me fez lembrar a forma como Joseph e Megan dançaram naquela noite no Red, e fiz o melhor que pude para recriar a cena que tantas vezes eu tinha desejado esquecer. Dois pares de mãos deslizavam em quase todas as partes do meu corpo, e foi fácil ignorar o meu lado mais reservado com a quantidade de álcool que eu tinha ingerido.
De repente, eu estava no ar. Joseph me jogou por cima do ombro ao mesmo tempo em que empurrava um dos caras da fraternidade, com tanta força que o fez cair no chão.
— Me solta! — gritei, socando as costas dele.
— Não vou deixar você dar vexame por minha causa — ele grunhiu, subindo as escadas dois degraus de cada vez.
A festa inteira me observava chutar e gritar enquanto Joseph cruzava a sala me carregando.
— Você não acha — falei, enquanto lutava para me soltar — que isso é dar vexame? Joseph!
— Nicholas! O Donnie está lá fora? — ele perguntou, desviando das minhas pernas e braços, que se debatiam.
— Hum... está — Nick respondeu.
— Coloca a Demi no chão! — disse Selena, dando um passo em nossa direção.
— Selena — gritei, me contorcendo —, não fique ai parada! Vem me ajudar!
Ela não aguentou e caiu na risada.
— Vocês dois estão ridículos.
Minhas sobrancelhas se uniram quando ouvi o comentário dela, e fiquei chocada e com raiva por ela ter achado qualquer parte daquela situação engraçada. Joseph seguiu em direção à porta, e olhei furiosa para ela.
— Valeu, amiga!
O ar frio atingiu as partes descobertas do meu corpo e protestei ainda mais alto.
—Me coloca no chão, droga!
Joseph abriu a porta do carro e me jogou no banco de trás, sentando ao meu lado.
— Donnie, você é o motorista da noite?
— Sou — ele respondeu nervoso, observando minha luta para fugir.
— Preciso que você leve a gente até o meu apartamento.
— Joseph... eu não acho...
A voz de Joseph era controlada, mas assustadora.
— Faz o que eu pedi, Donnie, ou te dou um soco na nuca, juro por Deus.
Donnie arrancou com o carro e me lancei em direção à maçaneta da porta.
— Eu não vou para o seu apartamento!
Joseph agarrou um dos meus pulsos e depois o outro. Eu me abaixei para morder seu braço. Ele fechou os olhos, e um grunhido baixo escapou de seu maxilar cerrado quando meus dentes afundaram em sua pele.
— Faça o seu pior, Flor. Estou cansado das suas merdas.
Parei de mordê-lo e comecei a mexer os braços, desajeitada, lutando para me soltar.
— Minhas merdas? Me deixa sair da droga desse carro!
Ele puxou meus pulsos para perto do rosto.
— Eu te amo, droga! Você não vai a lugar nenhum até ficar sóbria e a gente resolver isso!
— Você é o único que ainda não resolveu, Joseph! — falei.
Ele soltou meus pulsos e cruzei os braços, fechando a cara durante o resto do caminho até o apartamento.
Quando o carro parou, eu me inclinei para frente.
— Você pode me levar pra casa, Donnie?
Joseph me puxou para fora do carro pelo braço e me jogou por cima do ombro novamente, carregando-me escada acima.
— Boa noite, Donnie.
— Vou ligar para o seu pai! — gritei.
Joseph riu alto.
— E ele provavelmente vai me dar um tapinha nas costas e me dizer que já estava mais do que na hora!
Ele fez um esforço para abrir a porta enquanto eu chutava e mexia os braços, tentando me soltar.
— Para com isso, Flor, ou nós dois vamos sair rolando pela escada!
Assim que ele abriu a porta, entrou pisando duro em direção ao quarto de Nicholas.
— Me. Coloca. No. Chão! — gritei.
— Tudo bem — ele disse, me largando na cama do primo. — Dorme e vê se melhora. A gente conversa amanhã.
O quarto estava escuro; a única luz era um facho retangular vindo do corredor. Eu me esforcei para achar um foco em meio à escuridão, à cerveja e à raiva, e, quando ele se posicionou sob o facho de luz, ela iluminou seu sorriso presunçoso.
Soquei forte o colchão.
— Você não pode mais me dizer o que fazer, Joseph! Eu não pertenço a você!
No segundo que ele levou para se virar e ficar cara a cara comigo, sua expressão foi tomada pela ira. Ele veio até mim batendo os pés, plantou as mãos na cama e aproximou o rosto do meu.
— Bom, mas eu pertenço a você!
As veias em seu pescoço saltaram enquanto ele gritava, e não me desviei de seu olhar penetrante, recusando-me sequer a piscar. Ele olhou para os meus lábios, arfando.
— Eu pertenço a você — sussurrou, sua raiva se derretendo quando ele se deu conta de como estávamos próximos um do outro.
Antes que eu conseguisse pensar em um motivo para não fazer isso, agarrei o rosto dele e grudei meus lábios nos seus. Sem hesitar, ele me ergueu em seus braços e me carregou até seu quarto, e caímos na cama.
Arranquei a camiseta dele e tentei abrir, com dificuldade, a fivela do cinto. Ele conseguiu abri-la, jogando o cinto no chão. Depois me ergueu com uma das mãos e abriu o zíper do meu vestido com a outra. Puxei o vestido pela cabeça e o joguei em algum lugar no escuro. Então Joseph me beijou, gemendo de encontro à minha boca.
Com alguns poucos movimentos, ele estava nu, pressionando o peito contra o meu. Agarrei seu bumbum, mas ele resistiu quando tentei puxá-lo para dentro de mim.
— Nós estamos bêbados — ele disse, respirando com dificuldade.
— Por favor.
Pressionei as pernas contra o quadril dele, desesperada para aliviar a queimação entre as minhas coxas. Joseph estava determinado a fazer com que voltássemos a ficar juntos, e eu não tinha mais nenhuma intenção de lutar contra o inevitável. Assim, estava mais do que pronta para passar a noite enrolada com ele nos lençóis.
— Isso não está certo — ele disse.
Ele estava em cima de mim, pressionando a testa na minha. Eu tinha esperanças de que aquele protesto fosse passageiro, e que eu conseguisse persuadi-lo de que ele estava errado. A forma como parecíamos não conseguir ficar longe um do outro era inexplicável, mas eu não precisava mais de nenhuma explicação. Não precisava mais de nenhuma desculpa. Naquele momento, eu só precisava dele.
— Eu quero você.
— Preciso que você diga — ele falou.
Minhas entranhas gritavam por ele, e eu não suportava esperar nem mais um segundo.
— Eu digo o que você quiser.
— Então diz que pertence a mim. Diz que me aceita de volta. Eu só vou fazer isso se estivermos juntos.
— A gente nunca se separou de fato, não é? — perguntei, na esperança de que isso fosse suficiente.
Ele balançou a cabeça, roçando os lábios nos meus.
— Preciso te ouvir dizer. Preciso saber que você é minha.
— Eu sou sua desde o segundo em que nos conhecemos.
Minha voz assumiu um tom de súplica. Em qualquer outro momento, eu teria ficado constrangida, mas eu não me arrependia de nada. Eu tinha lutado contra meus sentimentos, eu os guardara, os afogara e uma garrafa de bebida. Tinha vivenciado os momentos mais felizes da minha vida na Eastern, e todos eles com Joseph. Brigando, rindo, amando ou chorando, se fosse com ele, era onde eu queria estar.
Um canto de sua boca se levantou quando ele pôs a mão no meu rosto, depois seus lábios tocaram os meus em um beijo terno. Quando o puxei para junto de mim, ele não resistiu. Seus músculos ficaram tensos, e ele prendeu a respiração enquanto me penetrava.
— Fala de novo — ele pediu.
— Eu sou sua — falei baixinho. Todos os meus nervos desejava ardentemente mais. — Nunca mais quero me separar de você.
— Promete — ele disse, gemendo enquanto me penetrava novamente.
— Eu te amo. Vou te amar pra sempre.
As palavras saíram mais em forma de suspiro, mas meus olhos encontraram os dele enquanto eu as dizia. Pude ver a incerteza naqueles olhos desaparecer, e, até mesmo sob a fraca luz, o rosto dele se iluminou.
Finalmente satisfeito, ele selou sua boca na minha.

***

Joseph me acordou com beijos. Eu sentia a cabeça pesada e anuviada por causa dos muitos drinques que bebera na noite anterior, mas a cena que se desenrolara momentos antes de eu dormir voltava à minha mente em detalhes vívidos. Lábios macios percorriam cada centímetro da minha mão, do meu braço e do meu pescoço, e, quando ele chegou aos meus lábios, eu sorri.
— Bom dia — falei, com a boca encostada na dele.
Ele não disse nada; seus lábios continuaram investigando os meus. Seus braços fortes me envolveram, e então ele enterrou o rosto no meu pescoço.
— Você está quieto hoje — falei, percorrendo com as mãos a pele desnuda de suas costas. Fui descendo com elas até o bumbum, e então enganchei a perna no quadril dele, beijando sua bochecha.
Ele balançou a cabeça.
— Eu só quero ficar assim.
Franzi a testa.
— Eu perdi alguma coisa?
— Eu não pretendia te acordar. Por que você não volta a dormir?
Eu me reclinei no travesseiro dele e ergui seu queixo. Seus olhos estavam injetados, e a pele em torno deles, vermelha e manchada.
— Tem alguma coisa errada com você? — perguntei, alarmada. Ele colocou minha mão na dele e a beijou, pressionando a testa no meu pescoço.
— Só volta a dormir, Beija-Flor. Por favor.
— Aconteceu alguma Coisa? É a Selena?
Com essa última pergunta, eu me sentei na cama. Mesmo vendo o medo em meus olhos, a expressão dele não se alterou. Ele simplesmente soltou um suspiro e se sentou também, olhando para a minha mão na dele.
—Não... a Selena está bem. Eles chegaram em casa por volta das quatro da manhã. Estão na cama ainda. É cedo, vamos voltar a dormir.
Sentindo o coração martelando no peito, eu sabia que não tinha como voltar a dormir. Joseph pegou meu rosto com ambas as mãos e me beijou. Sua boca se movia de um jeito diferente, como se estivéssemos nos beijando pela última vez. Ele me abaixou até o travesseiro, me beijou mais uma vez e depois descansou a cabeça no meu peito, envolvendo-me apertado com os braços.
Todos os possíveis motivos para o comportamento de Joseph me passaram pela cabeça, como canais de televisão. Abracei-o junto a mim, com medo de perguntar.
— Você dormiu?
— Eu... não consegui. Eu não queria... — a voz falhou.
Beijei a testa dele.
— Seja o que for, a gente vai resolver, tá? Por que você não dorme um pouco? Vamos pensar nisso quando você acordar.
Ele ergueu a cabeça e analisou meu rosto. Vi desconfiança e esperança em seus olhos.
— O que você quer dizer? Que a gente vai resolver, seja lá o que for?
Franzi as sobrancelhas, confusa. Eu não podia imaginar o que tinha acontecido enquanto eu estava dormindo que o teria deixado tão agoniado.
— Eu não sei o que está acontecendo, mas estou aqui.
— Você está aqui? Você vai ficar aqui? Comigo?
Eu sabia que minha expressão era ridícula, mas minha cabeça estava girando por causa do álcool e das perguntas bizarras do Joseph.
— Vou. Achei que a gente tinha discutido isso ontem à noite, não?
— Discutimos sim — ele assentiu, encorajado.
Olhei a esmo pelo quarto, pensando. As paredes não estavam mais vazias como quando tínhamos nos conhecido. Estavam cheias de bugigangas de lugares onde havíamos passado algum tempo juntos, e a tinta branca era interrompida por molduras negras contendo fotos minhas, do Totó e de nosso grupo de amigos. Uma moldura maior com uma foto de nós dois na minha festa de aniversário estava no lugar do sombreiro que antes ficava pendurado por um prego sobre a cabeceira da cama.
Estreitei os olhos na direção dele.
— Você achou que eu ia acordar brava com você, não é? Achou que eu ia embora?
Ele deu de ombros, numa fracassada tentativa de demonstrar a indiferença que antes lhe era tão natural.
— Você é famosa por isso.
— É por isso que você está tão perturbado? Você ficou acordado a noite toda se preocupando com o que ia acontecer quando eu acordasse?
Ele se mexeu, como se suas próximas palavras fossem difíceis de dizer.
— Eu não queria que a noite passada acontecesse daquele jeito. Eu estava meio bêbado, fiquei te perseguindo na festa como um maníaco, depois te arrastei pra cá contra a sua vontade... e aí a gente... — Ele balançou a cabeça, claramente atormentado com as lembranças que desfilavam em sua mente.
— Transou e fez o melhor sexo da minha vida? — sorri, apertando a mão dele.
Joseph deu risada uma vez, e a tensão em torno de seus olhos foi se derretendo lentamente.
— Então estamos bem?
Eu o beijei, pegando o rosto dele com ternura.
— Estamos, bobão. Eu prometi, não foi? Eu te falei tudo que você queria ouvir, a gente voltou a namorar, e nem assim você fica feliz?
Seu rosto se comprimiu em torno do sorriso.
— Joseph, para. Eu te amo — falei, alisando as linhas de preocupação que se formavam em volta de seus olhos. — Esse impasse absurdo podia ter acabado no feriado de Ação de Graças, mas...
— Espera... o quê? — ele me interrompeu, recuando.
— Eu estava pronta para ceder no Dia de Ação de Graças, mas você disse que estava cansado de tentar me fazer feliz, e fui muito orgulhosa pra te dizer que te queria de volta.
— Você está me zoando, só pode. Eu estava tentando tornar as coisas mais fáceis pra você! Você tem ideia de como fiquei triste todo esse tempo?
Franzi a testa.
— Você parecia muito bem depois das férias.
—Aquilo foi por você! Eu tinha medo de te perder se não fingisse que estava de boa com o fato de sermos amigos. Eu podia ter ficado com você esse tempo todo? Que merda, Beija-Flor!
— Eu... — Eu não tinha como discutir; ele estava certo. Eu tinha feito com que nós dois sofrêssemos, e não tinha desculpa para isso. — Eu sinto muito.
—Você sente muito? Droga, eu quase me matei de tanto beber. Eu mal conseguia sair da cama, estilhacei meu celular em um milhão de pedaços na véspera do Ano Novo pra não te ligar... e você sente muito?
Mordi o lábio e assenti, envergonhada. Eu não fazia ideia de que ele tinha passado por tudo aquilo, e ouvir aquelas palavras fez com que eu sentisse um aperto no peito.
— Me desculpa, por favor.
— Tudo bem, está desculpada — ele disse, com um largo sorriso. — Mas nunca mais faça isso de novo.
— Não vou fazer. Prometo.
Num lampejo, a covinha dele apareceu, e ele balançou a cabeça.
— Porra, como eu te amo.

 ~*~

Vocês querem capítulo(s) extra(s)???
Porque, se a resposta for sim, verei o que posso fazer por vocês ;)

Comentem, amores <3

Answers:

Pâm Lovato: Ficaram complicadas - muito mesmo -, mas agora melhoraram, não?! hahaha
Demetria Devone Lovato: kkkkkkkkkk todo mundo bêbedo fica meio maluco, as vezes. Com ele não poderia ser diferente hahaha Postei. Beijos!
Lívia Diniz S.: Yaaaay! Que com que gostou *-* Pois é, quase ninguém conhece, mas quando eu li, eu quis posta-lo aqui de imediato o/ hahaha Obrigada :D Eu fiz de tudo pra ficar muito bem adaptado, porque os personagens são bem diferentes fisicamente, então eu dei um jeito nisso pra não ficar estranho haha Postei o/
Nanda Carol: Sim, ela está acando ): só tem mais 2 capítulos... kkkkkkkkk isso quer dizer que gostou mesmo da fic *-* e isso é bom. Sim, complicadíssimos, porém, eles são perfeitos juntos <333 Postei! Beijos :*

5 comentários:

  1. Andei meia sumida mas acompanhei a fic, só pra constar kk
    Ai que perfeito eles dois juntos, posta os capitulos extras, plisss, logo ):
    Como está o frio no Park Way? kk
    Amei essa história, da uma passadinha no meu blog? sussurrantejemi.blogspot.com
    Pode divulgar pra mim, por favor? Beijos, Posta logo! s2

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  2. PERFEITO
    aAAAAAHHHHHh eles voltaram!!!!! que PERFEITO!!
    POSTA LOGO
    eu estou totalmente viciada nessa fic
    Beijos

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  3. ATÉ QUE ENFIM....
    Quando ele se altero achei que ia da merda de novo..
    kkkkkkk
    Achei que o orgulho dele ia fala mais alto..
    kkkk
    Ainda bem que o Joe sempre passo por cima do orgulho dele pra ir atras do que ele ama..
    XD
    POSTA MAIS POR FAVOR..
    XD

    Ql vai ser o proximo a estragar o namoro deles?
    kkkkkkkkkkk

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  4. NOSSA EU AMEI! FICOU TÂO PERFEITOOOOOO! Eu necessito que você poste looooogo!

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  5. Awnnnnnnn eles voltaram!!!!!!! Por um momento fiquei desesperada achando que eles iriam brigar novamente.
    Eu realmente amei essa fic, posso lhe dizer que esta entre as minhas favoritas.
    Faça capítulos extras, por favor!!!
    Posta logo!
    bjsss

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