segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Capítulo 15 – The Rocker That Holds Me – MARATONA

Os hormônios da gravidez são uma coisa assustadora. Eles deixam você em uma pilha de lenços imprestáveis e travesseiros molhados. Eles fazem você pensar coisas que nunca pensaria normalmente. Como fugir da única vida que você alguma vez conheceu, das pessoas que sempre te protegeram e amaram. Eles fazem você puto da vida com o mundo.
Eu me tranquei no meu quarto e liguei o computador. Tínhamos apenas estado nessas férias estúpidas menos de uma semana e eu estava pronta para terminá-las. Eu queria que Joe e os outros fossem embora. Eu queria que eles partissem. Eu queria...
Eu não sabia o que queria, ok?!
Desde que eu tinha cinco anos, meus rapazes têm estado na minha vida. Quando fui morar com eles aos 15 anos, eu sabia que estava finalmente em casa. Eles eram o meu porto seguro. Eu sempre pensei que, desde que eu tinha esses quatro homens comigo, eu nunca teria que me preocupar com nada novamente. Mas agora, eu quero contemplando deixá-los para trás! Esse foi o pensamento mais assustador que já me percorreu.
Passei três horas procurando exatamente o que eu queria e depois analisei minha conta corrente para ver como estava. Eu tinha três milhões de dólares em minhas economias e um pouco mais de um em minha conta do dia-a-dia. Sim, Rich pagava-me muito bem.
Chame-me de covarde. Eu não me importo. Mas eu não ia ficar e ser submetida a mais do que eu tinha testemunhado quando voltei do médico. Eu não estava emocionalmente estável o suficiente para esconder meus sentimentos por esse homem estúpido e seria amaldiçoada se eu iria deixá-lo ter esse tipo de poder sobre as minhas emoções quando percebesse que eu estava apaixonada por ele.
Fazer as malas é algo em que me tornei uma especialista. Me levou menos de uma hora para ter tudo que eu precisava em minhas malas. Depois de um banho sentei-me na beira da minha cama e esperei que a casa ficasse tranquila. Não havia música tocando lá embaixo na praia, mas eu não tinha deixado o meu quarto para verificar o que estava acontecendo. Pelas risadinhas femininas e risos masculinos profundos não demorou muito para descobrir que eles estavam tendo um inferno de um bom tempo.
Por volta das duas horas, a música parou. Um pouco mais tarde havia portas se fechando e eu finalmente saí para verificar tudo. A casa estava escura. Todo mundo estava na cama, ou tinham partido uma vez que tínhamos decidido que as mulheres não iam ficar na casa. Recusei-me a verificar o quarto de Joe para saber em que estado ele estava. Se eu não o encontrasse na cama, então tinha certeza de que eu não iria sobreviver.
No meu quarto eu usei meu celular para ligar para um táxi e, em seguida, trouxe minha bagagem pelas escadas o mais silenciosamente que pude. O motorista estava parando na calçada, quando vi uma luz acender no andar de cima.
Meu coração parou quando percebi que era o quarto de Joe. A cortina se contraiu e eu vi seu rosto aparecer na janela. Eu me virei e comecei a jogar minhas coisas na parte de trás da cabine antes de o motorista ter tempo de sair.
Havia apenas a minha mala grande sobrando. Eu estava desesperada para partir. O motorista pegou-a assim que a porta da frente se abriu e Joe veio correndo.
— Demi!
— Por favor, depressa. — Eu implorei ao senhor.
— Pare! — Joe gritou. — O que diabos você está fazendo? — Estendi a mão para a porta da parte de trás do táxi, mas ele chegou a mim antes que eu pudesse abri-la. Seus dedos bloquearam em torno de meus braços e viraram-me para encará-lo. — Onde você vai?
— Embora. — Cuspi a palavra para ele.
A lâmpada da rua lançava luz suficiente que eu vi que seu rosto estava lívido e pálido.
— Que porra! Você não está saindo. Você não pode sair. — Sua voz falhou e seu agarre em meus braços apertou, me fazendo guinchar de dor, mas ele não me liberou. — Volte para a casa.
— Por quê? — Eu exigi. — Por que eu deveria ficar aqui? Para você poder me atormentar com todas essas vadias? Para poder esfregar na minha cara com o que eu nunca poderei ter? — Uma risada sem graça me escapou. — Obrigada, mas não obrigada. Estou cansada de tudo isso. Cansada de ver as diferentes mulheres que entram e saem de sua cama. Cansada de sonhar com algo que eu sei que nunca poderei ter.
— O que você está falando? — Ele exigiu. — Não houve ninguém na minha cama em meses! Jesus Cristo, Demi. Você está cega? Você não pode ver como me sinto sobre você?
Sua pergunta me confundiu. Eu não poderia evitar a carranca que franziu a minha testa.
— Que sentimentos?
Ele fechou os olhos e balançou a cabeça.
— Por favor, D. Volte para a casa e vamos conversar. Não me deixe, baby. Por favor, não vá.
Eu não sabia o que devia fazer. Meu cérebro estava gritando para eu entrar no táxi e ir embora. Que esta não era a vida para a qual eu deveria trazer meu bebê. Como eu poderia trazer uma criança para o nosso mundo que estava cheio de festas e mulheres para os meus rapazes? Mas meu coração estava lutando com meu cérebro, exigindo que eu calasse a boca e fosse com Joe.
Vendo a indecisão no meu rosto, Joe olhou para o motorista e pediu ao homem para descarregar as minhas coisas. Ele deu uma gorjeta generosa ao homem então me segurou até que o táxi tinha se afastado e desaparecido na noite antes de alcançar minhas malas.
— Vamos, baby. — Ele pediu suavemente.
Eu o segui muda até a casa de praia. Ele largou minhas malas no corredor perto da porta e, em seguida, agarrou a minha mão. Joe me puxou para cima das escadas e para seu quarto, onde ele trancou a porta e, em seguida, empurrou-me para sentar na beirada da cama. Ainda segurando na minha mão, ele se agachou na minha frente, obrigando-me a olhar para ele.
— Para onde você estava indo D? — Ele sussurrou com voz rouca.
Dei de ombros.
— Em algum lugar onde não tivesse groupies e vadias por toda a parte.
Joe fez uma careta.
— Elas são realmente tão perturbadoras assim para você? Agora, depois de todos os anos que você viveu com a gente?
Eu olhei para ele.
— O que você acha? Devo querer ter esse bebê e submetê-lo a todas aquelas vadias em uma base diária? Devo deixá-la ver o que você realmente gosta, o roqueiro egoísta que tem que ter todas as suas adoradoras groupies penduradas no braço enquanto eu, sua mãe, tem que observar das linhas laterais?
Sua cabeça foi para trás como se eu tivesse fisicamente lhe dado um tapa.
— Isso é como você se sente? Como se tivesse que assistir das linhas laterais? — Ele soltou a minha mão e segurou meu rosto em suas mãos. — Você não sabe que eu quero você ao meu lado? Você e só você?
Meu bufo não foi bonito.
— Isso é muito difícil de imaginar, Joe. Com essas vagabundas ontem me empurrando para longe de você tão rápido. E hoje com duas vadias se esfregando contra você como se estivessem no cio.
— Então você está com ciúmes! — Ele sorriu e eu queria dar um soco nele. Ou talvez até mesmo chutá-lo onde doía mais. Eu estava debatendo entre os dois quando ele riu de alegria pura e eu decidi que dar o tapa daria mais satisfação.
Isso tirou o sorriso do seu rosto. Ele olhou para mim com surpresa completa, seus dedos tocando a impressão vermelha e irritada de uma mão em seu rosto.
— Estou tão feliz que você acha tão engraçado esfregar essas putas na minha cara. Quem se importa que um pequeno pedaço do meu coração morre cada vez que vejo isso, certo?
— Oh, querida. — Ele balançou a cabeça. — Você realmente tem que abrir seus lindos olhos. — Ele pegou minha mão ardendo que estava vermelha de esbofeteá-lo e beijou o centro dolorido. — A única razão para aquelas meninas estarem em meus braços foi para que eu pudesse descobrir a verdade. Ontem eu suspeitei, mas hoje confirmou.
— O que você está falando?
Um pequeno sorriso inclinou seus lábios para cima.
— Eu tinha que ter certeza que você se sentia assim tão profundamente quanto eu me sinto por você. D, você estava me deixando louco de ciúmes. Você sabe que eu estive perto de matar o meu melhor amigo em uma centena de diferentes momentos nos últimos seis meses?
Meus olhos se arregalaram de surpresa.
— Nick? Por que você faria isso?
— Pelas mesmas razões por que fiquei louco quando você me disse que estava grávida. Eu não queria que ninguém além de mim pudesse tocar em você. Você é minha, D. Levou-me uma eternidade admitir isso para mim mesmo, mas quando eu fiz, não podia suportar a ideia de Nick ou Logan ou alguém sequer segurando sua mão e muito menos tocando em você. — Ele balançou a cabeça. — Na noite que Logan levou você para o hospital? Ele me ligou 10 vezes antes de eu atender. Eu tinha visto você deixar ele te beijar. Foda-se, eu estava com tantos ciúmes que não podia ver direito. E então eu toquei essa música e esperei que você saltasse em meus braços quando eu saísse do palco... Mas você se foi. Eu fiquei louco de raiva. Saí com raiva e me recusei a atender o telefone quando Logan começou a chamar. Eu não tinha ideia do que tinha acontecido com você. Então, quando finalmente ouvi uma das mensagens que ele deixou, eu... — Ele parou, engolindo em seco. — Você estava tão doente e lá estava eu agindo como uma criança petulante, porque você não caiu em meus braços como eu tinha sonhado.
Lembrar sua canção fez meu coração doer. Eu tinha tentado esquecer que Joe estava apaixonado.
— Eu não fiquei tempo suficiente para ouvir a sua música. Comecei a vomitar quando percebi que você estava... apaixonado. — A última palavra saiu um sussurro e eu tive que morder o lábio para evitar que tremesse.
Joe inclinou-se sobre os joelhos até que eu senti sua respiração no meu pescoço.
— Doce, doce Demi. — Ele murmurou. — Ainda assim tão cega. Como posso abrir os seus olhos, menina? Você precisa que eu soletre? Tenho sido um tolo por não perceber que você não podia ver o efeito que tem em mim? — Seus lábios roçaram o ponto sensível logo abaixo da minha orelha, me fazendo tremer. — Sim, eu estou apaixonado. Existe essa brasa em meu coração que tomou conta de mim e não me vai deixar ir. — Ele cantou a última parte e lágrimas derramaram dos meus olhos.
Fui tão cega.
Eu me recusei a ver que, enquanto eu estava tentando tão desesperadamente esconder meus sentimentos por Joe, ele vem tentando me mostrar os seus. As coisas nunca foram iguais entre mim e ele como eram entre mim e Nick, Drake, ou Shane. Havia sempre alguma corda invisível que nos conectava, que segurava o meu coração em um local diferente de onde os outros estavam. Eu sabia disso quando vim morar com eles aos 15 anos. Eu sabia e me recusei a ver, porque quando você não tem nada, você luta por tudo o que tem e fica com muito medo de perdê-lo.
Foi por isso que a minha noite roubada com Joe foi tão fácil de tomar e manter segura em meu coração. Era por isso que era tão fácil amar o bebê crescendo dentro de mim. Joe e eu estávamos destinados a ficar juntos.
— Eu te amo, D. Com tudo dentro de mim, eu te amo. Você é o meu sonho favorito tornado real e eu nunca quero deixar você ir. — Seus lábios acariciaram meus olhos, limpando as minhas lágrimas. — Eu preciso de você para respirar. Você mantém o mundo à tona quando tudo está ficando louco.
— Eu te amei por tanto tempo, Joe. — Sussurrei. — Você foi meu príncipe negro na armadura enferrujada quando eu era criança. Agora você se tornou a minha razão para levantar a cada manhã. Os últimos anos, observando você com seus casos de uma noite, lentamente me mataram. Eu odeio instantaneamente qualquer mulher que olha para você.
— Oh baby, me desculpe. Eu não tinha ideia. — Ele segurou meu rosto. — Elas não significaram nada, D. Eu juro. Elas eram apenas algo que me distraía de fazer o que eu sabia que não deveria. Quando você veio morar com a gente eu queria você. Eu pensei que estava me transformando em algum pedófilo demente e me odiava. — Joe soltou um suspiro de frustração, e eu entendi seus motivos para odiar a si mesmo por esses sentimentos. Eu não era a única com uma infância horrível... — Então percebi que era apenas você, mas isso não me fez sentir melhor. Então eu usei as outras meninas para afastar minha mente - e outras coisas - do que eu mais queria.
— Os sonhos começaram há alguns anos atrás. Eu acordava no meio da noite com meu pau tão duro e tomava todo o poder da minha vontade para não procurar o calor de seus braços para que pudesse tornar meus sonhos realidade. — Um longo dedo traçou a plenitude do meu lábio inferior. — É por isso que a nossa noite juntos não me surpreendeu. Eu apenas achei que tinha sido mais um sonho.
— Eu pensei que você não sabia que era eu. Eu me odiava por ter tirado vantagem de você assim. Mas vivia das lembranças. — Eu emaranhei meus dedos em seus cabelos. — Aquela noite foi mais do que eu jamais poderia ter esperado. — E hoje à noite... Hoje à noite ele estava concretizando todos os meus sonhos.
Joe deu um beijo suave em meus lábios, se demorando apenas por um momento antes de se afastar.
— Quando você fugiu de mim no shopping, fiquei um pouco louco. Eu não poderia encontrá-la e foi a pior sensação que eu já experimentei. Até esta noite. Ver esse táxi e perceber que você estava prestes a me deixar... Meu coração realmente parou, Demi.
— Eu não poderia lidar com essas garotas penduradas em você, Joe. Eu te amo tão obsessivamente e pensei...
Lágrimas obstruíram minha garganta e eu era incapaz de falar.
Ele me beijou novamente.
— Só uma manobra para ver se você estava com ciúmes, meu amor. Nada mais. Assim que eu vi você se afastar da porta, desembaracei-me e empurrei-as para Nick, logo que ele veio para fora. Eu não fiquei lá depois. Passei o resto da noite assistindo Sports Center e bebendo cerveja na sala de estar enquanto planejava meu próximo passo para fazer você ver que eu estou apaixonado por você.
Suas palavras estavam curando todas as rachaduras no meu coração. Eu não acho que alguma vez tinha estado tão feliz como estava naquele momento. Nunca sonhei que Joe e eu jamais iríamos estar juntos, e aqui estava ele me dando tudo que eu sempre quis.
Seu amor!
— Você não vai me deixar, D? — Ele sussurrou contra meus lábios. Ele tinha um gosto tão bom que gemi.
Balancei a cabeça.
— Não, nunca.
Joe roçou seu nariz contra o meu.
— E você me ama, não é?
— Sim. — Eu respirei enquanto ele segurou meu peito.
— Quer se casar comigo, minha Demi? — Seus dedos estavam jogando com os meus. Entrelaçando, acariciando.
Um choque de pura felicidade passou por mim. Minha respiração ficou presa no meu peito e eu não conseguia parar as lágrimas que derramaram de meus olhos.

— Sim.

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