Agora, sentada em uma
bata de hospital, olhando para o homem que eu amo depois de gritar para ele que
ele era o pai da minha filha, não posso evitar a vergonha que me consome. Me
aproveitei de alguém que eu amo, o único homem que poderia me possuir tão
completamente. Lágrimas derramam pelo meu rosto e eu não posso segurar o
pequeno soluço que me escapa.
Toda a raiva parece
evaporar de Joe. Ele fica frouxo nos braços de Drake, fazendo com que o grande
homem quase o deixe cair.
— O que? — Ele sussurrou.
— Você, Joe. — Solucei. —
Você é o pai.
— Não... eu... — Ele
balançou a cabeça. — Não...
Meu coração se partiu um
pouco mais porque eu sabia que ele nunca teria sido meu amante se não tivesse
bebido, se não tivesse pensado que eu era outra pessoa. Deus, eu sou uma pessoa
desprezível. Não melhor do que um estuprador aproveitando-se de uma menina drogada.
Peguei sua vontade de dizer 'não'. E eu sabia que Joe teria gritado ‘não’ para
mim se soubesse que era eu com quem ele estava fazendo sexo naquela noite.
Limpei o meu rosto com a
mão, odiando minhas lágrimas.
— Sim, Joe.
— Foi um sonho. Eu sonhei
isso. — Ele se afastou de Drake, empurrou Nick para fora de seu caminho e caiu
de joelhos ao meu lado. — Certo?
Recusando-me a encontrar
seus olhos, balancei a cabeça.
— Sinto muito, Joe. Me
desculpe, eu me aproveitei de você. Por favor... por favor, não me odeie. — A
última parte saiu como um sussurro quebrado.
Ao meu redor o quarto
estava tão silencioso que eu pensei que talvez os outros nos tivessem deixado e
eu não tinha notado. Mas quando Nick começou a rir e os irmãos logo se
juntaram eu sabia que não tinha tido sorte. Virei meu olhar mais frio para
eles.
— Isso NÃO é engraçado!
Eu praticamente o estuprei.
Agora era Joe que estava
rindo e olhei boquiaberta para ele, incapaz de compreender como isso era no
mínimo um pouco humorístico. Quando ele viu o quão chateada eu realmente
estava, ele parou de rir de mim e balançou a cabeça.
— Vamos lá, D. Não há
nenhuma maneira que você se aproveitou de mim. E não é estupro quando é
consensual, baby.
— Você não sabia que era
eu. Você pensou que eu era uma dessas groupies vagabundas. — Mais lágrimas
começaram a derramar pelo meu rosto.
Seus olhos se estreitaram
em mim.
— Que porra você disse!
Eu poderia estar um pouco bêbado, mas sabia quem você era, Demi. Eu tenho
sonhado com isso por muito mais tempo do que deveria. É por isso que quando eu
acordei na manhã seguinte, pensei que tinha sido um sonho. Um sonho molhado,
com certeza, mas ainda assim apenas um sonho.
Os outros caras fizeram
um barulho e Nick deu a Joe um olhar aguçado.
— Informação demais,
cara. Informação demais. Nós não precisamos saber dessa merda.
Suas palavras me deixaram
em estado de choque. No fundo do meu coração eu senti as paredes que havia
construído em torno dele desmoronarem um pouco. Joe sabia que era eu. Naquela
noite, essa noite linda que tinha me assombrado durante
meses, era ele fazendo amor comigo - não com uma das putas incontáveis! Eu não
conseguia formar palavras, minha boca e cérebro não sabiam como cooperar no
momento. Então, eu apenas fiquei lá naquela cama de hospital e olhei com os
olhos arregalados para o pai da minha filha.
— Demi…
A abertura da porta
cortou o que ele estava prestes a dizer. Uma enfermeira entrou empurrando uma
cadeira de rodas na frente dela. Ela não parecia feliz. Pelas linhas de careta
permanentes ao redor de seus lábios e olhos, eu percebi essa mulher raramente
tinha rido em seus 50 anos de vida estranha.
— Bem, já que todos os
gritos pararam eu pensei que era seguro entrar sem medo de perder um membro.
Você precisa de ajuda para se vestir senhorita Lovato?
Eu balancei a cabeça e
ela voltou seus olhos duros para meus rapazes.
— Eu sugiro que parem seu
carro ao redor da entrada principal, para que possamos carregar a jovem.
Shane fez uma careta.
— Vou chamar um táxi.
Dei-lhe um sorriso
aguado.
— Obrigada.
A enfermeira, que eu
apelidei de Zangada porque ela me lembrava do anão da Branca de Neve com os
cabelos grisalhos e baixa estatura, enxotou os outros para fora do quarto.
— Ela precisa se vestir.
Eu não ligo para o que vocês são dela, mas ela não vai trocar de roupa com
vocês aqui…
Joe olhou para a velha e
eu sabia que ele teria, possivelmente, rosnado para a mulher então peguei sua
mão e dei-lhe um aperto pequeno.
— Está tudo bem. Eu
estarei lá fora em poucos minutos.
Nick colocou a mão no
ombro de Joe.
— Vamos, cara. Há tempo
de sobra para conversar mais tarde. Ela não vai a lugar nenhum.
Com os ombros tensos, Joe
seguiu Drake para fora da porta com Nick logo atrás dele. Na porta, Nick parou
e olhou para mim.
— Nós vamos ficar bem
aqui. Ok?
Assenti e esperei até que
a porta se fechou atrás deles antes de alcançar as roupas que tinha usado na
noite anterior. Elas estavam cuidadosamente dobradas na cômoda pequena que era
também uma mesa de cabeceira ao lado da pequena cama desconfortável. A
enfermeira me ajudou, porque eu ainda estava um pouco instável em minhas
pernas.
— Você precisa de muito
descanso, querida. — A aspereza na voz da Zangada tinha desaparecido.
— Estou saindo de férias
hoje. Estou pensando em fazer nada mais do que ficar na praia sob o sol quente.
A enfermeira assentiu.
— Apenas não muito sol.
Isso não é bom para o bebê.
Eu tropecei, percebendo
que não tinha ideia do que era bom ou não para o meu bebê. Lágrimas frescas
picaram nos meus olhos. Eu não queria machucar a minha menina de forma nenhuma,
nunca. Após a infância que eu tive onde minha mãe era um monstro para mim eu
jurei me assegurar que a minha filha só conheceria amor e devoção. Tirei a foto
que a técnica tinha me dado na noite anterior para fora do meu bolso da calça
jeans onde a tinha escondido para que a banda não visse e alisei as bordas da
imagem.
— Há inúmeros sites que
você pode visitar para descobrir os prós e contras da gravidez em cada etapa. —
A enfermeira sugeriu enquanto me ajudou a subir na cadeira de rodas. De alguma
forma, ela conseguiu manter a porta aberta e me empurrar através dela sem
qualquer percalço.
Peguei meu celular e abri
a Internet, já digitando palavras-chave no motor de pesquisa de modo a poder
analisar mais tarde.
Os caras estavam encostados
na parede quando saí. Nick franziu a testa para mim, quando ele viu que meu
telefone estava fora.
— Foda-se, não! Você vai descansar,
não trabalhar. — Ele pegou o telefone da minha mão antes que eu pudesse dizer
qualquer coisa e desligou.
— Mas eu não estava...
— O que é isso? — Joe
acenou para a imagem que eu tinha agarrada na minha mão.
Eu a ofereci para Joe ao
mesmo tempo em que os caras vieram para cada lado de mim enquanto a enfermeira
me empurrou em direção ao elevador.
— É uma imagem ultrassom
do bebê. — Mordi o lábio quando ele pegou a imagem brilhante com uma mão um
pouco trêmula.
Quando ele olhou para a
primeira imagem da nossa bebê eu o analisei atentamente. Ele parecia pálido, os
olhos azul-gelo vidrados, mas vi o mais ínfimo dos sorrisos inclinar seus
lábios quando ele olhou para a foto em suas mãos grandes.
— Linda. — Ele sussurrou.
Todo mundo ficou quieto
quando descemos no elevador. Nick estava à minha esquerda, os dedos esfregando
suavemente no meu pescoço enquanto Drake inclinou a cabeça para trás contra a
parede do elevador e fechou os olhos. Joe parecia entretido com a imagem de sua
filha enquanto continuava a olhar para baixo para ela. Quando a enfermeira me
empurrou para fora, Shane já tinha dois táxis à espera de nós. Ele segurou a
porta do primeiro aberta para mim.
Como se eu fosse uma
inválida, Joe avançou quando comecei a ficar de pé e pegou-me, colocando-me na
cabine suavemente antes de deslizar para o meu lado. Drake abriu a porta e
deslizou do meu outro lado deixando Shane e Nick para tomar o segundo taxi.
A viagem para o hotel
pareceu demorar uma eternidade e porque não tinha demorado muito tempo para
Logan me levar para a sala de emergência na noite anterior, eu me perguntei o
quão rápido ele estava dirigindo. Balancei a cabeça com o pensamento.
— O que? — Drake
perguntou.
— Nada. — Eu sabia que
não devia expressar meus pensamentos. Meus caras eram superprotetores e iriam
torcer Logan como um pretzel, se descobrissem que ele estava dirigindo como se
estivesse em uma corrida, enquanto eu estava no mesmo veículo. Provavelmente não
importaria para eles que eu tinha estado meio inconsciente no momento também.
Mas, pensar nas
habilidades de condução do roqueiro fez-me curiosa sobre o que tinha acontecido
com ele. Eu não o tinha visto desde antes dos caras chegarem na noite anterior.
— Onde está Logan,
afinal?
Joe deu de ombros.
— Não sei. Não importa.
Drake suspirou.
— Ele recebeu um
telefonema de Gabriella e disse que estava voltando para a Califórnia. Disse
para lhe dizer que ele esperava que você se sentisse melhor em breve e para
chamá-lo quando quiser.
— Oh. — Gostaria de saber
se Gabriella tinha chamado porque algo estava errado com Alexis. Eu queria
mandar mensagem para ele para perguntar, mas não podia porque Nick ainda tinha
meu celular. O olhar em seu rosto me disse que pedir a Joe se eu poderia usar o
seu só me daria problemas, então apertei as mãos e suspirei.
Ai senhor
ResponderExcluirTO PASSANDO MAL SOCORRO CHAMEM O SAMU EU NÃO TO BEM
vei eu to amando essa fic quero mais capitulos quero até o 15 tipo AGORA
Posta logooo
Beijos!!!
o Joe gostou? OMG eu preciso de maaaais pf
ResponderExcluirO Joe gostou, oh my god .
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