terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Capítulo 9 – The Rocker That Holds Me - MARATONA

Agora, sentada em uma bata de hospital, olhando para o homem que eu amo depois de gritar para ele que ele era o pai da minha filha, não posso evitar a vergonha que me consome. Me aproveitei de alguém que eu amo, o único homem que poderia me possuir tão completamente. Lágrimas derramam pelo meu rosto e eu não posso segurar o pequeno soluço que me escapa.
Toda a raiva parece evaporar de Joe. Ele fica frouxo nos braços de Drake, fazendo com que o grande homem quase o deixe cair.
— O que? — Ele sussurrou.
— Você, Joe. — Solucei. — Você é o pai.
— Não... eu... — Ele balançou a cabeça. — Não...
Meu coração se partiu um pouco mais porque eu sabia que ele nunca teria sido meu amante se não tivesse bebido, se não tivesse pensado que eu era outra pessoa. Deus, eu sou uma pessoa desprezível. Não melhor do que um estuprador aproveitando-se de uma menina drogada. Peguei sua vontade de dizer 'não'. E eu sabia que Joe teria gritado ‘não’ para mim se soubesse que era eu com quem ele estava fazendo sexo naquela noite.
Limpei o meu rosto com a mão, odiando minhas lágrimas.
— Sim, Joe.
— Foi um sonho. Eu sonhei isso. — Ele se afastou de Drake, empurrou Nick para fora de seu caminho e caiu de joelhos ao meu lado. — Certo?
Recusando-me a encontrar seus olhos, balancei a cabeça.
— Sinto muito, Joe. Me desculpe, eu me aproveitei de você. Por favor... por favor, não me odeie. — A última parte saiu como um sussurro quebrado.
Ao meu redor o quarto estava tão silencioso que eu pensei que talvez os outros nos tivessem deixado e eu não tinha notado. Mas quando Nick começou a rir e os irmãos logo se juntaram eu sabia que não tinha tido sorte. Virei meu olhar mais frio para eles.
— Isso NÃO é engraçado! Eu praticamente o estuprei.
Agora era Joe que estava rindo e olhei boquiaberta para ele, incapaz de compreender como isso era no mínimo um pouco humorístico. Quando ele viu o quão chateada eu realmente estava, ele parou de rir de mim e balançou a cabeça.
— Vamos lá, D. Não há nenhuma maneira que você se aproveitou de mim. E não é estupro quando é consensual, baby.
— Você não sabia que era eu. Você pensou que eu era uma dessas groupies vagabundas. — Mais lágrimas começaram a derramar pelo meu rosto.
Seus olhos se estreitaram em mim.
— Que porra você disse! Eu poderia estar um pouco bêbado, mas sabia quem você era, Demi. Eu tenho sonhado com isso por muito mais tempo do que deveria. É por isso que quando eu acordei na manhã seguinte, pensei que tinha sido um sonho. Um sonho molhado, com certeza, mas ainda assim apenas um sonho.
Os outros caras fizeram um barulho e Nick deu a Joe um olhar aguçado.
— Informação demais, cara. Informação demais. Nós não precisamos saber dessa merda.
Suas palavras me deixaram em estado de choque. No fundo do meu coração eu senti as paredes que havia construído em torno dele desmoronarem um pouco. Joe sabia que era eu. Naquela noite, essa noite linda que tinha me assombrado durante meses, era ele fazendo amor comigo - não com uma das putas incontáveis! Eu não conseguia formar palavras, minha boca e cérebro não sabiam como cooperar no momento. Então, eu apenas fiquei lá naquela cama de hospital e olhei com os olhos arregalados para o pai da minha filha.
— Demi…
A abertura da porta cortou o que ele estava prestes a dizer. Uma enfermeira entrou empurrando uma cadeira de rodas na frente dela. Ela não parecia feliz. Pelas linhas de careta permanentes ao redor de seus lábios e olhos, eu percebi essa mulher raramente tinha rido em seus 50 anos de vida estranha.
— Bem, já que todos os gritos pararam eu pensei que era seguro entrar sem medo de perder um membro. Você precisa de ajuda para se vestir senhorita Lovato?
Eu balancei a cabeça e ela voltou seus olhos duros para meus rapazes.
— Eu sugiro que parem seu carro ao redor da entrada principal, para que possamos carregar a jovem.
Shane fez uma careta.
— Vou chamar um táxi.
Dei-lhe um sorriso aguado.
— Obrigada.
A enfermeira, que eu apelidei de Zangada porque ela me lembrava do anão da Branca de Neve com os cabelos grisalhos e baixa estatura, enxotou os outros para fora do quarto.
— Ela precisa se vestir. Eu não ligo para o que vocês são dela, mas ela não vai trocar de roupa com vocês aqui…
Joe olhou para a velha e eu sabia que ele teria, possivelmente, rosnado para a mulher então peguei sua mão e dei-lhe um aperto pequeno.
— Está tudo bem. Eu estarei lá fora em poucos minutos.
Nick colocou a mão no ombro de Joe.
— Vamos, cara. Há tempo de sobra para conversar mais tarde. Ela não vai a lugar nenhum.
Com os ombros tensos, Joe seguiu Drake para fora da porta com Nick logo atrás dele. Na porta, Nick parou e olhou para mim.
— Nós vamos ficar bem aqui. Ok?
Assenti e esperei até que a porta se fechou atrás deles antes de alcançar as roupas que tinha usado na noite anterior. Elas estavam cuidadosamente dobradas na cômoda pequena que era também uma mesa de cabeceira ao lado da pequena cama desconfortável. A enfermeira me ajudou, porque eu ainda estava um pouco instável em minhas pernas.
— Você precisa de muito descanso, querida. — A aspereza na voz da Zangada tinha desaparecido.
— Estou saindo de férias hoje. Estou pensando em fazer nada mais do que ficar na praia sob o sol quente.
A enfermeira assentiu.
— Apenas não muito sol. Isso não é bom para o bebê.
Eu tropecei, percebendo que não tinha ideia do que era bom ou não para o meu bebê. Lágrimas frescas picaram nos meus olhos. Eu não queria machucar a minha menina de forma nenhuma, nunca. Após a infância que eu tive onde minha mãe era um monstro para mim eu jurei me assegurar que a minha filha só conheceria amor e devoção. Tirei a foto que a técnica tinha me dado na noite anterior para fora do meu bolso da calça jeans onde a tinha escondido para que a banda não visse e alisei as bordas da imagem.
— Há inúmeros sites que você pode visitar para descobrir os prós e contras da gravidez em cada etapa. — A enfermeira sugeriu enquanto me ajudou a subir na cadeira de rodas. De alguma forma, ela conseguiu manter a porta aberta e me empurrar através dela sem qualquer percalço.
Peguei meu celular e abri a Internet, já digitando palavras-chave no motor de pesquisa de modo a poder analisar mais tarde.
Os caras estavam encostados na parede quando saí. Nick franziu a testa para mim, quando ele viu que meu telefone estava fora.
— Foda-se, não! Você vai descansar, não trabalhar. — Ele pegou o telefone da minha mão antes que eu pudesse dizer qualquer coisa e desligou.
— Mas eu não estava...
— O que é isso? — Joe acenou para a imagem que eu tinha agarrada na minha mão.
Eu a ofereci para Joe ao mesmo tempo em que os caras vieram para cada lado de mim enquanto a enfermeira me empurrou em direção ao elevador.
— É uma imagem ultrassom do bebê. — Mordi o lábio quando ele pegou a imagem brilhante com uma mão um pouco trêmula.
Quando ele olhou para a primeira imagem da nossa bebê eu o analisei atentamente. Ele parecia pálido, os olhos azul-gelo vidrados, mas vi o mais ínfimo dos sorrisos inclinar seus lábios quando ele olhou para a foto em suas mãos grandes.
— Linda. — Ele sussurrou.
Todo mundo ficou quieto quando descemos no elevador. Nick estava à minha esquerda, os dedos esfregando suavemente no meu pescoço enquanto Drake inclinou a cabeça para trás contra a parede do elevador e fechou os olhos. Joe parecia entretido com a imagem de sua filha enquanto continuava a olhar para baixo para ela. Quando a enfermeira me empurrou para fora, Shane já tinha dois táxis à espera de nós. Ele segurou a porta do primeiro aberta para mim.
Como se eu fosse uma inválida, Joe avançou quando comecei a ficar de pé e pegou-me, colocando-me na cabine suavemente antes de deslizar para o meu lado. Drake abriu a porta e deslizou do meu outro lado deixando Shane e Nick para tomar o segundo taxi.
A viagem para o hotel pareceu demorar uma eternidade e porque não tinha demorado muito tempo para Logan me levar para a sala de emergência na noite anterior, eu me perguntei o quão rápido ele estava dirigindo. Balancei a cabeça com o pensamento.
— O que? — Drake perguntou.
— Nada. — Eu sabia que não devia expressar meus pensamentos. Meus caras eram superprotetores e iriam torcer Logan como um pretzel, se descobrissem que ele estava dirigindo como se estivesse em uma corrida, enquanto eu estava no mesmo veículo. Provavelmente não importaria para eles que eu tinha estado meio inconsciente no momento também.
Mas, pensar nas habilidades de condução do roqueiro fez-me curiosa sobre o que tinha acontecido com ele. Eu não o tinha visto desde antes dos caras chegarem na noite anterior.
— Onde está Logan, afinal?
Joe deu de ombros.
— Não sei. Não importa.
Drake suspirou.
— Ele recebeu um telefonema de Gabriella e disse que estava voltando para a Califórnia. Disse para lhe dizer que ele esperava que você se sentisse melhor em breve e para chamá-lo quando quiser.

— Oh. — Gostaria de saber se Gabriella tinha chamado porque algo estava errado com Alexis. Eu queria mandar mensagem para ele para perguntar, mas não podia porque Nick ainda tinha meu celular. O olhar em seu rosto me disse que pedir a Joe se eu poderia usar o seu só me daria problemas, então apertei as mãos e suspirei.

3 comentários:

  1. Ai senhor
    TO PASSANDO MAL SOCORRO CHAMEM O SAMU EU NÃO TO BEM
    vei eu to amando essa fic quero mais capitulos quero até o 15 tipo AGORA
    Posta logooo
    Beijos!!!

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  2. o Joe gostou? OMG eu preciso de maaaais pf

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