—
Oi, Demi. É bom te ver de novo — Kevin sorriu.
Joseph
pôs a mão no meu joelho e olhei para baixo, depois para ele. Ao notar minha
expressão, ele tirou a mão e entrelaçou os dedos no colo.
—
Oh-oh. Problemas no paraíso? — Kevin perguntou.
—
Cala a boca, Kev — resmungou Joseph.
O
clima na sala ficou alterado e senti todos os olhos em mim, esperando por uma
explicação. Sorri, nervosa, e peguei a mão de Joseph.
—
Nós só estamos cansados. Trabalhamos a noite toda na preparação da comida —
falei, apoiando a cabeça no ombro dele.
Ele
olhou para baixo, para nossas mãos, e apertou a minha, franzindo um pouco as
sobrancelhas.
—
Falando em cansaço, estou exausta — eu disse baixinho. — Vou para cama, baby. —
Olhei para todos os outros. — Boa noite, pessoal.
—
Boa noite, filha — disse Paul.
Os
irmãos de Joseph me deram boa noite, e subi as escadas.
—
Também vou dormir — ouvi-o
dizer.
— Aposto que vai — disse Trenton,
provocando-o.
— Maldito sortudo — resmungou Tyler.
— Ei, não vamos falar da irmã de vocês
desse jeito — Paul avisou.
Senti meu estômago se contorcer. A única
família de verdade que eu tivera em anos foram os pais de Selena, e, embora
eles sempre tivessem cuidado de mim com verdadeira bondade, eram pais
emprestados. Aqueles seis homens barulhentos, desbocados e adoráveis lá embaixo
tinham me recebido de braços abertos, e amanhã eu diria adeus a eles pela
última vez.
Joseph segurou a porta do quarto antes que
se fechasse e ficou parado onde estava.
— Quer que eu espere no
corredor enquanto você se troca?
— Vou tomar uma ducha e me
visto no banheiro.
Ele esfregou a nuca.
— Tudo bem. Vou fazer uma cama
pra mim então.
Assenti e fui para o banheiro.
Lavei-me com força no chuveiro detonado, concentrando-me nas manchas de água e
nos restos de sabão para lutar contra o medo que eu sentia tanto pela noite
quanto pela manhã que eu tinha pela frente. Quando voltei para o quarto, Joseph
jogava um travesseiro no chão em sua cama improvisada. Ele me deu um sorriso
fraco antes de ir tomar banho.
Fui para a cama, puxando as
cobertas até o peito, tentando ignorar os cobertores no chão. Quando Joseph
voltou, ficou olhando para eles com a mesma tristeza que eu senti. Depois
apagou a luz, aconchegando-se no travesseiro.
Fiquei em silêncio por alguns
minutos e então o ouvi soltar um longo e triste suspiro.
— Essa é nossa última noite
juntos, não é?
Esperei um instante, tentando
pensar na coisa certa a dizer.
— Não quero brigar, Joe. Só
vamos dormir, tá?
Ao ouvi-lo se mexer, me virei
de lado para olhar para ele, pressionando a bochecha no travesseiro. Ele apoiou
a cabeça na mão e ficou me encarando, olhando fundo nos meus olhos.
— Eu te amo.
Observei-o por um momento.
— Você prometeu.
— Eu prometi que isso não era
um esquema para voltarmos a ficar juntos. Não era mesmo. — Ele estendeu a mão
para encostar na minha. — Mas, se isso significasse estar com você de novo, não
posso dizer que não consideraria a possibilidade.
— Eu me importo com você. Não
quero que você se magoe, mas eu devia ter seguido meu instinto desde o começo.
A gente nunca teria dado certo.
— Mas você me amava de
verdade, não é?
Pressionei
os lábios um no outro.
—
Ainda amo.
Os
olhos dele ganharam brilho e ele apertou minha mão.
—
Posso te pedir um favor?
—
Eu estou no meio da última coisa que você me pediu para fazer — falei com um
sorriso forçado.
As
feições dele estavam firmes, sem se incomodar com a minha expressão.
—
Se realmente chegou o fim... se você realmente não quer mais nada comigo... me
deixa te abraçar hoje?
—
Não acho uma boa ideia, Joe.
Ele
apertou a mão sobre a minha.
—
Por favor. Não consigo dormir sabendo que você está a meio outro de mim e que
nunca mais vou ter essa chance.
Encarei
os olhos desesperados dele por um instante e depois franzi a testa.
—
Não vou transar com você.
Ele
balançou a cabeça.
—
Não é isso que estou pedindo.
Fiquei
olhando o quarto sob a luz difusa, pensando nas consequências, me perguntando
se eu conseguiria dizer não a Joseph se ele mudasse de ideia. Fechei os olhos
com força e então me afastei da beirada da cama virando o cobertor. Ele subiu
na cama comigo e rapidamente me abraçou com força. Seu peito nu subia e descia
com a respiração irregular e me amaldiçoei por me sentir tão em paz encostada
em sua pele.
—
Vou sentir falta disso — falei.
Joseph
beijou meus cabelos e me puxou para junto de si. Ele parecia incapaz de ficar
perto o bastante de mim. Enterrou o rosto no meu pescoço e descansei a mão
confortavelmente em suas costas, embora estivesse com o coração tão partido
quanto ele. Ele inspirou com dificuldade e encostou a testa no meu pescoço,
fazendo pressão com os dedos nas minhas costas. Por mais infelizes que
estivéssemos na última noite da aposta, dessa vez era muito, muito pior.
—
Eu... acho que não consigo fazer isso, Joseph.
Ele
me puxou com mais força para junto de si e senti a primeira lágrima cair do meu
olho e escorrer pela minha têmpora.
—
Não consigo fazer isso — falei, cerrando com força os olhos.
—
Então não faça — ele me disse, com a boca encostada na minha pele. — Me dá mais
uma chance.
Tentei
me afastar dele, mas sua pegada era tão firme que impedia qualquer
possibilidade de fuga. Cobri o rosto com ambas as mãos enquanto meus soluços
nos chacoalhavam. Ele olhou para mim com olhos pesados e úmidos. Com seus dedos
grandes e macios, puxou as mãos que cobriam meu rosto e beijou a palma de uma
delas. Inspirei, vacilante, enquanto ele olhava para os meus lábios e voltava a
me olhar nos olhos.
—
Eu nunca vou amar alguém como amo você, Beija-Flor.
Funguei
e pus a mão no rosto dele.
—
Eu não posso.
—
Eu sei — ele disse, com a voz partida. — Eu nunca acreditei que era bom o
bastante pra você.
Meu
rosto ficou enrugado e balancei a cabeça.
—
Não é só você, Joe. Não somos bons um para o outro.
Ele
balançou a cabeça, querendo dizer alguma coisa, mas pensou melhor e não falou
nada. Depois de inspirar longa e profundamente, descansou a cabeça no meu
peito. Quando os números verdes no relógio marcaram onze horas, a respiração
dele finalmente ficou mais lenta e regular. Meus olhos ficaram pesados, e
pisquei algumas vezes antes de pegar no sono.
***
—
Ai! — gritei, puxando a mão do fogão e automaticamente levando-a à boca.
—
Você está bem, Flor? — Joseph me perguntou, arrastando os pés no chão e
enfiando uma camiseta pela cabeça. — Cacete! O chão está congelando!
Abafei
uma risadinha enquanto o observava pular de um pé para o outro até que as solas
se acostumassem ao piso frio.
O
sol mal tinha acabado de surgir por entre as persianas e todos os Jonas, exceto
um, estavam dormindo profundamente. Empurrei a antiga forma de estanho mais
para o fundo do forno e depois o fechei, virando-me para resfriar os dedos
debaixo da torneira.
—
Pode voltar pra cama. Eu só tinha que colocar o peru no forno.
—
Você vem? — ele me perguntou, envolvendo o peito com os braços para se proteger
do frio.
—
Vou.
—
Vai na frente — disse ele, apontando para a escada.
Joseph
arrancou a camiseta quando enfiamos as pernas sob as cobertas puxando o
cobertor até o pescoço. Ele me apertou forte enquanto tremíamos de frio,
esperando o corpo se aquecer no pequeno espaço entre nossa pele e as cobertas.
Senti
seus lábios nos meus cabelos, e depois os movimentos em sua garganta enquanto
ele falava.
—
Olha, Flor. Está nevando.
Eu
me virei para olhar pela janela. Os flocos brancos só eram visíveis sob o
brilho do poste da rua.
—
Parece Natal. — falei com a pele finalmente aquecida encostada na dele.
Joseph
suspirou e eu me virei para ver a expressão em seu rosto.
—
Que foi?
—
Você não vai estar aqui no Natal.
—
Eu estou aqui agora.
Ele
levantou um dos cantos da boca e se inclinou para beijar meus lábios. Eu recuei
e balancei a cabeça.
—
Joe...
Ele
me pegou com mais força e abaixou o queixo, com determinação nos olhos
castanhos.
—
Tenho menos de vinte e quatro horas com você, Flor .Vou te beijar. Vou te
beijar muito hoje. O dia inteiro. Em todas as oportunidades eu tiver. Se você
quiser que eu pare é só falar, mas, até você fazer isso, vou fazer cada segundo
do meu último dia com você valer a pena.
—
Joseph...
Pensei
por um instante e cheguei à conclusão de que ele não tinha nenhuma ilusão
quanto ao que aconteceria quando me levasse de volta para casa. Eu tinha ido
até ali para fingir, e, por mais difícil que fosse para nós dois depois, eu não
queria lhe dizer não.
Quando
ele percebeu que eu estava encarando seus lábios, o canto de sua boca se ergueu
de novo, e ele se abaixou para pressionar a boca macia na minha. O começo foi
doce e inocente, mas, no momento em que seus lábios se abriram, acariciei a
língua dele com a minha. Seu corpo ficou instantaneamente tenso, e ele inspirou
fundo pelo nariz, pressionando o corpo no meu. Deixei meu joelho cair para o
lado enquanto ele vinha para cima de mim, sem nunca tirar a boca da minha.
Joseph
não perdeu tempo e tirou minha roupa e, quando não havia mais nenhum tecido
entre nós, ele se agarrou às videiras de ferro da cabeceira da cama e, em um
rápido movimento, estava dentro de mim. Mordi o lábio com força, abafando o
grito que teimava em sair pela garganta. Ele gemeu com a boca encostada na
minha, e pressionei os pés no colchão, me ancorando para que pudesse erguer o
quadril e alcançar o dele.
Com
uma das mãos no ferro da cama e a outra na minha nuca, ele me penetrava
repetidas vezes, e minhas pernas tremiam com seus movimentos firmes e
determinados. Sua boca buscava a minha e eu podia sentir a vibração de seus
profundos gemidos em meu peito, enquanto ele mantinha a promessa de fazer com
que o nosso último dia juntos fosse memorável. Eu poderia passar mil anos
tentando bloquear aquele momento da memória, e ele ainda arderia em minha
mente.
Uma
hora tinha se passado quando fechei os olhos com força, e cada nervo meu estava
concentrado nos tremores do meu ventre. Joseph prendeu a respiração quando me
penetrou pela última vez. Caí de encontro ao colchão, completamente exaurida. O
peito dele subia e descia com sua respiração profunda. Ele estava sem fala e
pingando de suor.
Ouvi vozes lá embaixo e cobri
a boca, dando risadinhas por causa de nosso comportamento impróprio. Joseph se
virou e ficou analisando o meu rosto com seus ternos olhos castanhos.
—Você disse que só ia me
beijar — falei, com um largo sorriso no rosto. Enquanto eu estava ali deitada,
encostada em sua pele desnuda e vendo o amor incondicional em seus olhos, deixei
de lado a decepção, a raiva e minha determinação teimosa. Eu o amava e, não importavam
quais fossem meus motivos para viver sem ele, eu sabia que não era isso que eu
queria. Mesmo que eu não tivesse mudado de ideia, era impossível para nós dois
ficarmos afastados um do outro.
— Por que a gente não fica na
cama o dia inteiro? — ele sorriu.
— Eu vim aqui para cozinhar,
lembra?
— Não, você veio aqui para me
ajudar a fazer isso daqui a oito horas.
Pus a mão no rosto dele; a
urgência de pôr fim ao nosso sofrimento tinha se tornado intolerável. Quando eu
dissesse a ele que tinha mudado de ideia e que as coisas voltariam ao normal,
não teríamos que passar o dia fingindo. Poderíamos passar o dia comemorando em
vez de fingir.
— Joseph, acho que a gente...
— Não fala nada. Não quero
pensar nisso até que seja inevitável.
Ele se levantou e vestiu a
cueca, caminhando até onde estava mm mala. Jogou minhas roupas na cama e depois
colocou a camiseta.
— Quero me lembrar do dia de
hoje como um dia bom.
Preparei ovos para o café da
manhã e sanduíches para o almoço e, quando o jogo teve início, comecei a
preparar o jantar. Joseph ficou atrás de mim em todas as oportunidades,
envolvendo minha cintura com os braços e colando os lábios no meu pescoço. Eu
me peguei olhando de relance para o relógio, ansiosa para conseguir ficar um
momento sozinha com ele e lhe contar sobre a minha decisão. Estava louca para
ver o olhar em seu rosto e para recomeçarmos de onde havíamos parado.
O dia foi repleto de risadas,
conversas e reclamações de Tyler e as constantes demonstrações de afeto de
Joseph.
— Vão para o quarto, Joseph!
Meu Deus! — Tyler resmungou.
—
Você está adquirindo um terrível tom de verde — disse Kevin, provocando o
irmão.
—
É porque eles estão me dando náuseas. Não estou com ciúme babaca — Tyler
respondeu com desdém.
—
Deixe os dois em paz, Ty — disse Paul ao filho em tom de aviso.
Quando
nos sentamos para jantar, Paul insistiu que Joseph cortasse o peru. Sorri
enquanto ele se levantava, orgulhoso, para atender ao pedido do pai. Fiquei um
pouco nervosa até que choveram elogios. Na hora em que servi a torta, não havia
mais um pedaço de comida na mesa.
—
Será que fiz comida suficiente? — dei risada.
Paul
sorriu, puxando o garfo para se preparar para a sobremesa.
—
Você fez bastante, Demi. A gente só quis se esbaldar até o próximo a menos que
você queira fazer tudo isso de novo no Natal. Você é uma Jonas agora. Te espero
em todos os feriados, e não é para cozinhar.
Olhei
de relance para Joseph, cujo sorriso tinha se desvanecido, e meu coração se
afundou no peito. Eu tinha que contar logo para ele.
—
Obrigada, Paul.
—
Não diz isso pra ela, pai — falou Trenton —Ela tem que cozinhar sim. Eu não
comia assim desde que tinha cinco anos.
Eu
me senti em casa, sentada em volta de uma mesa cheia de homens se reclinavam na
cadeira, esfregando a barriga cheia. Fui tomada pela emoção quando me pus a
imaginar o Natal, a Páscoa e todos os outros feriados que eu passaria àquela
mesa. Meu único desejo era fazer parte daquela família bagunceira e barulhenta
que eu adorava.
Quando
a torta acabou, os irmãos de Joseph começaram a limpar a mesa e os gêmeos foram
lavar a louça.
—
Eu faço isso — falei, me levantando.
Paul
balançou a cabeça em negativa.
—
Não faz, não. Os meninos podem cuidar disso. Você vai descansar no sofá com o
Joseph. Vocês já trabalharam duro, filha.
Os
gêmeos ficaram jogando água um no outro, e Trenton soltou um palavrão quando
escorregou em uma poça e derrubou um prato. Kevin xingou os irmãos e foi pegar
a vassoura e a pá para recolher os cacos de vidro. Paul deu uns tapinhas no
ombro dos filhos e depois me abraçou antes de se retirar para dormir.
Joseph
pôs minhas pernas no colo e tirou meus sapatos, massageando a sola dos meus pés
com os polegares. Reclinei a cabeça e suspirei.
—
Esse foi o melhor Dia de Ação de Graças que tivemos desde minha mãe morreu.
Ergui
a cabeça para ver a expressão dele. Joseph estava sorrindo, havia uma pontinha
de tristeza naquele sorriso.
—
Estou feliz por estar aqui para presenciar isso.
A
expressão dele se alterou e me preparei para o que ele estava preste a dizer.
Meu coração socava no peito, na esperança de que ele me pedisse para voltar,
para que eu pudesse dizer “sim”. Las Vegas parecia um passado distante, agora
que eu estava no lar da minha nova família.
—
Eu estou diferente. Não sei o que aconteceu comigo em Vegas. Aquele não era eu.
Fiquei obcecado pensando em tudo que poderíamos comprar com aquele dinheiro. Eu
não vi como você ficou magoada por querer te levar de volta para aquilo, mas no
fundo eu acho que sabia. Eu fiz por merecer você ter me largado. Mereci todo o
sono que perdi e toda a dor que senti. Eu precisava de tudo aquilo para me dar
conta de quanto preciso de você, e do que estou disposto a fazer para te manter
na minha vida.
Mordi
o lábio, impaciente para chegar a parte em que eu diria “sim”. Eu queria que
ele me levasse de volta para o apartamento, para passarmos o resto da noite
comemorando. Eu mal podia esperar para relaxar no sofá novo com Totó,
assistindo a filmes e rindo, como costumávamos fazer.
—
Você disse que não quer mais nada comigo, e eu aceito isso. Sou uma pessoa
diferente desde que te conheci. Eu mudei... para melhor. Mais não importa
quanto eu me esforce, parece que não consigo fazer as coisa direito com você.
Nós éramos amigos primeiro, e eu não posso te perde Beija-Flor. Eu sempre vou
te amar, mas, se não consigo te fazer feliz, não faz muito sentido tentar ter
você de volta. Não consigo me imaginar com nenhuma outra pessoa, mas vou ficar
feliz contanto que a gente continue amigos.
—
Você quer que a gente seja amigos? — perguntei, as palavras ardendo em minha
boca.
—
Eu quero que você seja feliz. E farei o que for preciso para que isso aconteça.
Minhas
entranhas se contorceram ao ouvir essas palavras, e fique surpresa ao perceber
como era forte aquela dor. Ele estava desistindo de mim, exatamente quando eu
não queria isso. Eu podia ter falado a ele que havia mudado de ideia e ele
teria voltado atrás em tudo que acabara de dizer, mas eu sabia que não era
justo para nenhum de nós continuar juntos logo quando ele havia se libertado.
Sorri
para lutar contra as lágrimas.
—
Aposto cinquenta paus que você vai me agradecer por isso quando conhecer sua
futura esposa.
Joseph
juntou as sobrancelhas numa expressão triste.
—
Essa é uma aposta fácil. A única mulher com quem algum dia eu casaria acabou de
partir o meu coração.
Não
consegui forçar um sorriso depois dessa. Limpei os olhos e me levantei.
—
Acho que já está na hora de você me levar pra casa.
—
Ah, vamos, Beija-Flor. Desculpa, não teve graça.
—
Não é isso, Joe. Eu só estou cansada e pronta pra ir pra casa.
Ele
inspirou com dificuldade e, concordando, se levantou. Despedimos-nos dos irmãos
dele e pedi a Trenton que mandasse “tchau” para Paul por mim. Joseph estava
parado na porta com nossas malas enquanto todos combinavam de voltar no Natal.
Mantive o sorriso no rosto até passar pela porta e sair dali.
Quando
Joseph me acompanhou no caminho até o Morgan, seu rosto ainda tinha um ar
triste, mas o tormento não estava mais lá. No fim das contas, o fim de semana
não tinha sido uma armação para tentar me reconquistar. Tinha sido um encerramento.
Ele
se inclinou para me beijar no rosto e segurou a porta, mantendo-a aberta,
esperando que eu entrasse.
—
Obrigado por hoje. Você não sabe como deixou minha família feliz.
Parei
no começo da escada.
—
Você vai contar a eles amanhã, não vai?
Ele
olhou para o estacionamento e depois para mim.
—
Tenho certeza que eles já sabem. Você não é a única que consegue fazer cara de
paisagem, Beija-Flor.
Fiquei
encarando Joseph, chocada, e, pela primeira vez desde que nos conhecíamos, ele
foi embora sem olhar para trás.
~*~
Comentem, amores (:
Answer:
Demetria Devone Lovato: Foi lindo mesmo!! ;-; hahaha Postei, beijos :*