Meu coração quase saiu pela
boca quando toquei o pescoço dele com os lábios, sentindo o sabor de sua pele
em um lento e terno beijo. Ele olhou para baixo, surpreso, e seus olhos
adquiriram uma expressão suas quando se deu conta do que eu queria.
Ele se inclinou, pressionando
os lábios contra os meus, com um delicada doçura. A quentura de sua boca viajou
até meus dedos dos pés e eu o puxei mais para perto. Agora que tínhamos dado o
primeiro passo, eu não tinha intenção de parar.
Entreabri os lábios, deixando
que sua língua encontrasse o caminho até a minha.
— Quero você — falei.
De repente, o beijo ficou mais
lento, e ele tentou se afastar. Determinada a terminar o que eu tinha começado,
minha boca lidou com a dele com ainda mais ansiedade. Sua reação foi recuar até
ficar de joelhos. Eu me levantei com ele, mantendo nossas bocas unidas. Ele
agarrou meus ombros para me afastar.
— Espera um pouco — ele
sussurrou com um sorriso, respirando com dificuldade. — Você não tem que fazer
isso, Flor. Não é disso que se trata essa noite.
Ele estava se segurando, mas
eu podia ver em seus olhos que seu autocontrole não duraria muito tempo.
Eu me inclinei para frente de
novo e, dessa vez, seus braços me deram espaço bastante para que eu roçasse os
lábios nos seus. Ergui o olhar, resoluta. Demorei um instante para proferir as
palavras, mas eu as diria.
— Não me faça implorar —
sussurrei, de encontro à sua boca.
Com essas
quatro palavras, suas reservas se foram. Ele me beijou intensa e ardentemente.
Meus dedos percorreram a extensão de suas costas e pararam no elástico da
cueca, e eu, nervosa, percorri com os dedos o tecido. Seus lábios foram ficando
mais impacientes, e caí de costas no colchão quando ele se deitou sobre mim.
Sua boca encontrou o caminho até a minha novamente e, quando ganhei coragem
para deslizar a mão entre sua pele e a cueca, ele soltou um gemido.
Joseph puxou minha camiseta
pela cabeça, e sua mão, impaciente, foi descendo pela lateral do meu corpo,
agarrando minha calcinha e deslizando-a pelas minhas pernas. Sua boca voltou à
minha mais uma vez no momento em que ele fez correr a mão na parte interna da
minha coxa, e expirei longa e hesitantemente quando seus dedos vagaram por onde
nenhum homem havia me tocado antes. Meus joelhos se arqueavam e se contorciam a
cada movimento de suas mãos, e, quando afundei os dedos em sua carne, ele veio
para cima de mim.
— Beija-Flor — ele disse,
arfando —, não precisa ser hoje. Eu espero até você estar pronta.
Estiquei a mão na direção da
gaveta superior da mesinha de cabeceira e a abri. Sentindo o plástico entre os
dedos, coloquei o canto da embalagem na boca e a rasguei com os dentes. Com a
mão livre, ele puxou a cueca para baixo, chutando-a longe como se não pudesse
suportar aquilo entre a gente.
A embalagem da camisinha
estalou em seus dedos e, depois de alguns instantes, eu o senti entre as minhas
pernas. Fechei os olhos.
— Olha pra mim, Beija-Flor.
Ergui o olhar para ele, e seus
olhos tinham um ar resoluto e suave ao mesmo tempo. Ele inclinou a cabeça,
abaixando-se para me beijar com ternura. Depois seu corpo ficou tenso, e ele
entrou em mim com um movimento suave e lento. Quando recuou, mordi o lábio com
o desconforto; quando voltou para dentro de mim, fechei os olhos com força por
causa da dor. Minhas coxas se apertaram em torno de seus quadris e de me beijou
de novo.
— Olha pra mim — sussurrou.
Quando abri os olhos, ele fez
pressão dentro de mim mais uma vez e dei um grito com o ardor maravilhoso que
isso causou. Assim que relaxei, o movimento do corpo dele de encontro ao meu se
tornou mais ritmado. O nervosismo que eu havia sentido no início desapareceu, e
Joseph se agarrou a mim como se nada fosse suficiente para ele. Eu o puxei para
dentro de mim, e ele gemeu quando a sensação ficou forte demais.
— Eu te desejei por tanto
tempo, Demi. Você é tudo que eu quero — ele sussurrou, quase sem fôlego, de
encontro à minha boca.
Ele agarrou minha coxa com uma
das mãos e se apoiou no cotovelo, ficando poucos centímetros acima de mim. Uma
fina camada de suor começou a se formar em nossa pele, e arqueei as costas
quando seus lábios traçaram o caminho do meu maxilar até o pescoço.
— Joseph — suspirei.
Quando pronunciei seu nome,
ele pressionou o rosto no meu, e seus movimentos se tornaram mais rígidos. Os
ruídos vindos de sua garganta ficaram mais altos e, por fim, ele fez pressão
dentro de mim uma última vez, gemendo e tremendo.
Depois de alguns instantes,
ele relaxou e foi deixando que a respiração assumisse um ritmo mais lento.
— Esse foi um primeiro beijo e
tanto — falei, com uma expressão cansada e satisfeita.
Ele analisou meu rosto e
sorriu.
— Seu último primeiro beijo.
Fiquei chocada demais para
responder.
Ele tombou ao meu lado de
bruços, esticando um dos braços sobre a minha barriga e descansando a testa no
meu rosto. Percorri com os dedos a pele desnuda de suas costas até ouvir o
ritmo já normal de sua respiração.
Fiquei acordada durante horas,
escutando as inspirações profundas de Joseph e o vento fazendo as árvores oscilarem
lá fora. Selena e Nicholas entraram em silêncio pela porta da frente, e ouvi os
dois andando na ponta dos pés pelo corredor, sussurrando um para o outro.
Nós já tínhamos feito minhas
malas, e me encolhi ao pensar em como a manhã seria desconfortável. Eu achava
que, quando Joseph transasse comigo, sua curiosidade seria saciada, mas em vez
disso ele estava falando sobre ficarmos juntos para sempre. Meus olhos se
fecharam rapidamente só de pensar em sua expressão quando ele soubesse que o
que tinha acontecido entre a gente não era um começo, mas uma conclusão. Eu não
podia seguir aquela estrada, e ele me odiaria quando eu lhe contasse isso.
Com uma manobra, consegui me
desvencilhar do braço dele e me vesti, carregando os sapatos pelo corredor até
o quarto de Nicholas. Selena estava sentada na cama, e Nicholas tirava a
camiseta na frente do armário.
— Está tudo bem, Demi? — ele
perguntou.
— Sel? — falei, fazendo um
sinal para que ela viesse até o corredor.
Ela assentiu, me encarando com
olhos cautelosos.
— Que foi?
— Preciso que você leve até o
Morgan agora. Não posso esperar até amanhã.
Um dos cantos da boca de
Selena se levantou em um sorriso sagaz.
— Você nunca foi boa em
despedidas.
Nicholas e Selena me ajudaram
com as malas, e fiquei olhando pela janela do carro em minha jornada de volta
ao Morgan Hall. Quando colocamos no chão do quarto a última mala, Selena me
segurou pelo braço.
— As coisas vão ser tão
diferentes no apartamento agora.
— Obrigada por me trazer pra
casa. O sol vai nascer daqui a pouco, é melhor você ir — falei, abraçando minha
amiga antes que ela partisse.
Selena não olhou para trás
quando saiu do meu quarto, e mordi o lábio, inquieta, sabendo como ela ficaria
brava quando percebesse o que eu tinha feito.
Minha camiseta estalou quando
a puxei pela cabeça, pois a estática no ar tinha aumentado com o inverno que se
aproximava. Sentindo-me um pouco perdida, me enrolei que nem uma bola debaixo
do espesso edredom e respirei fundo pelo nariz — o cheiro do Joseph ainda
permanecia em minha pele.
Eu sentia a cama fria e
estranha, um contraste evidente com a quentura do colchão dele. Eu tinha
passado trinta dias confinada em um apartamento com o cara considerado o mais
vagabundo e infame da Eastern, e, depois de todas as brigas e as convidadas da
madrugada, aquele era o único lugar onde eu queria estai.
As ligações começaram às oito
da manhã e continuaram, de cinco em cinco minutos, durante uma hora.
— Demi! — Kara grunhiu. —
Atende a droga do telefone!
Estiquei a mão e o desliguei.
Somente quando ouvi os socos na porta me dei conta de que eu não poderia ficar
o dia enfurnada no quarto conforme tinha planejado.
Kara puxou a maçaneta com
força.
— Que foi?
Selena passou como um raio por
ela e parou ao lado da minha cama.
— Que diabos está acontecendo?
— ela me perguntou aos gritos.
Seus olhos estavam inchados e
vermelhos e ela ainda estava de pijama.
Eu me sentei na cama.
— Que foi, Sel?
— O Joseph está completamente
maluco! Ele não fala com a gente. Destruiu o apartamento, jogou o aparelho de
som pela sala... O Nick já tentou conversar com ele, mas não adianta!
Esfreguei os olhos com a curva
das palmas e pisquei.
— Eu não sei.
— Não sabe droga nenhuma! Você
vai me contar que diabos está acontecendo, e vai me contar agora!
Kara pegou o nécessaire de
banho e saiu voando, batendo a porta com força. Franzi a testa, com medo de que
ela fosse avisar o conselheiro residente, ou, pior ainda, o diretor.
— Fala baixo, Selena, meu Deus
— sussurrei.
Ela cerrou os dentes.
— O que você fez?
Presumi que ele ficaria
chateado comigo. Não esperava que ele fosse ter um acesso de fúria.
— Eu... não sei — falei
engolindo em seco.
— Ele quase bateu no Nick
quando ficou sabendo que nós te ajudamos a ir embora. Demi! Por favor, me
conta! — ela implorou, com os olhos alterados. — Estou ficando apavorada!
O medo estampado em seus olhos
me forçou a contar somente meia verdade.
— Eu simplesmente não consegui
dizer adeus. “Você sabe como despedidas são difíceis pra mim."
—Tem mais alguma coisa, Demi.
Ele está completamente doido! Ouvi o Joseph chamando o seu nome, depois ele
correu o apartamento inteiro te procurando. Ele entrou com tudo no quarto do
Nick, exigindo saber onde você estava. Depois tentou te ligar. Várias e várias
vezes — ela suspirou — O rosto dele estava... Nossa Demi. Eu nunca tinha visto
Joseph daquele jeito. Ele arrancou os lençóis da cama e jogou longe, fez o
mesmo com os travesseiros, estilhaçou o espelho com um soco, chutou a porta do
quarto... arrancou das dobradiças! Foi a coisa mais assustadora que já vi na
vida!
Fechei os olhos, fazendo as
lágrimas que se acumulavam descerem pelo rosto.
Selena me empurrou o celular
dela.
— Você precisa ligar pra ele.
Pelo menos para dizer que está bem.
— Tudo bem, vou ligar pra ele.
Ela empurrou o celular na
minha direção mais uma vez.
— Você vai ligar pra ele
agora.
Peguei o celular das mãos dela
e passei os dedos pelos botões, tentando imaginar o que eu poderia dizer. Ela o
arrancou da minha mão, discou o número e me devolveu o celular, que encostei na
orelha, inspirando fundo.
— Sel? — Joseph atendeu, com a
voz grossa de preocupação.
— Sou eu.
A linha ficou muda por muitos
instantes antes que ele finalmente falasse.
— Que porra aconteceu com você
ontem à noite? Acordei hoje de manhã e você tinha ido embora... Você
simplesmente desaparece sem se despedir? Por quê?
— Eu sinto muito. Eu...
— Você sente muito? Eu estou
ficando louco! Você não atende o telefone, sai daqui escondida e... por quê?
Achei que a gente finalmente tinha se entendido.
— Eu só precisava de um tempo
para pensar.
— Pensar em quê? — Ele fez uma
pausa— ...eu te machuquei?
— Não! Não é nada disso! Eu
sinto muito, muito mesmo. Tenho certeza que a Selena te falou que eu não sou
boa com despedidas.
— Eu preciso te ver — ele me
disse, com desespero na voz. Soltei um suspiro
— Tenho muita coisa pra fazer
hoje, pilhas e pilhas de roupa suja para lavar.
— Você se arrependeu — ele
disse com a voz partida.
— Não é... não é isso. Nós
somos amigos. Isso não vai mudar.
— Amigos? Então que porra foi
o que aconteceu na noite passada — ele disse, com raiva transbordando na voz.
Fechei os olhos com força.
— Eu sei o que você quer. Só
não posso... fazer isso agora.
— Então você só precisa de um
tempo? — ele me perguntou num tom mais calmo. — Você podia ter dito isso, não
precisava fugir de mim
— Pareceu mais fácil.
— Mais fácil pra quem?
— Eu não conseguia dormir. Não
parei de pensar em como seria as coisas de manhã, colocando as malas no carro
da Sel, e... seguiria fazer isso, Joe — falei.
— Já basta que você não vai
mais morar aqui. Você não pode sinceramente desaparecer da minha vida assim.
Forcei um sorriso.
— A gente se vê amanhã. Não
quero que nada fique esquisito, preciso de um tempo para organizar algumas
coisas. É só isso.
— Tudo bem — ele disse —, eu
espero.
Desliguei o celular e Selena
olhou com raiva para mim.
— Você transou com ele? Sua
vadia! E nem ia me contar?
Revirei os olhos e caí no
travesseiro.
— Não tem nada a ver com você,
Sel. Essa situação acabou de se tornar um caos completo.
— Qual o problema? Vocês dois
deviam estar delirando de felicidade, não quebrando portas e se escondendo no
quarto!
— Não posso ficar com ele! —
sussurrei, mantendo os olhos no teto.
Ela cobriu minha mão com a
dela e falou em um tom suave:
— O Joseph precisa ser
lapidado. Acredite em mim, eu entendo qualquer reserva que você tenha em
relação a ele, mas olha o quanto ele já mudou por você. Pense nas últimas duas
semanas, Demi. Ele não é o Patrick.
—Eu sou o Patrick. Se eu me
envolver com o Joseph, tudo pelo que nós duas lutamos... puff! — estalei
os dedos. — Simples assim.
— O Joseph não ia deixar isso
acontecer.
— Não cabe a ele isso agora,
não é?
— Você vai partir o coração
dele, Demi. Você vai partir o coração dele! A única garota em quem ele já confiou
a ponto de se apaixonar, e você vai acabar com ele!
Desviei o olhar de seu rosto,
incapaz de ver a expressão que acompanhava o tom suplicante de sua voz.
— Eu preciso de um final
feliz. Foi por isso que viemos pra cá.
— Você não tem que fazer isso.
Esse lance pode dar certo.
— Até a minha sorte acabar.
Selena jogou as mãos para
cima, depois as deixou cair no colo.
— Ai, Demi, não vem com essa
merda de novo. Nós já falamos sobre isso.
Meu telefone tocou, e olhei
para o mostrador.
— É o Parker.
Ela balançou a cabeça.
— Ainda estamos conversando.
— Alô? — atendi, evitando o
olhar de Selena.
— Dems! Primeiro dia de
liberdade! Como está se sentindo? — disse ele.
— Eu me sinto... livre —
falei, incapaz de exibir qualquer entusiasmo.
— Vamos jantar amanhã à noite?
Senti sua falta.
— Tudo bem — limpei o nariz
com a manga da blusa. — Amanhã está ótimo.
Depois que desliguei o
telefone, Selena franziu a testa.
— Ele vai me fazer perguntas
quando eu voltar — disse ela. — Vai querer saber sobre o que conversamos. O que
eu falo pra ele?
— Diga a ele que vou manter
minha promessa. Há essa hora amanhã, ele não vai mais sentir a minha falta.
~*~
7 comentários????? É isso mesmo??
I THINK I'D HAVE A HEART ATTACK!!!!
Já disse o quanto amo vocês?
Se eu estava feliz antes, imagina agora?
Muito, muito, muito obrigada por comentarem *-*
Não deu pra postar ontem, e hoje está meio corrido meu dia, então não vou responder os comentários um por um, ok?
Gente, essa fic é uma adaptação, ela não é bem minha. Estou preferindo adaptá-la porque eu estou sem tempo de escrever e postar minha própria fic — embora adaptar não seja tão fácil assim.
Eu estou escrevendo, na verdade, mas eu tenho que finalizá-la primeiro. Eu não quero começar a postar sem tê-la terminado...
E novamente, MUITO, MUITO obrigada pelos 7 comentários, e se puderem, continuem comentando e me fazendo feliz, ok? hahahaBeijos, amo vocês <3333
Ps: Silvia, eu já estou seguindo o blog seu e da sua irmã, mas não sei se eu vou ler, porque estou sem tempo. Mas nas férias, eu tento lê-los, ok? Bjos.
Perfeito!!!
ResponderExcluirSerio, eu estou tentando entender a Demi, mas não dá, como ela foi capaz de fazer isso? Ela precisa largar esse medo bobo.
Posta Logo!!
bjss.
PERFEITO
ResponderExcluirDemi manda o Parker ir pastar e fica com o Joe???
Posta Logo
Beijos
aaaaah to ficando com raiva da Demi, não consigo entender, o Joe muda tanto e ela simplesmente ignora os sentimentos dele, DEEEEEEMI manda o Parker pra PQP, e fica logo com o Joe!!
ResponderExcluirPOsta maaaais *_*
posta logo to muito curiosa... Demi sua burra nao quebbra o caroçao do joe nao e assume logo que gosta dele !!
ResponderExcluir