— Muitas de
vocês provavelmente estão convencidas de que sem arma, você não tem esperança
contra um homem agressivo. — Ralph falou do lado oposto do lugar onde Don e
Joseph, se encaravam. O resto de nós nos espalhamos pela extremidade do tapete,
preparadas para ver o que quer que estejam a ponto de fazer. Lucas ainda não
tinha reconhecido a minha presença.
— A verdade é:
vocês têm várias armas à sua disposição, e nós vamos lhes mostrar como utilizá-las
para sua maior vantagem. Grande, quero dizer que o Don aqui será o assaltante,
e Joseph, com todo esse cabelo bonito, será a vítima.
Risadas se
espalharam de várias garotas que estavam próximas a Joseph quando ele prendeu
os lábios juntos em uma bem humorada irritação e tirou seu cabelo escuro de seu
rosto.
— Suas armas
são suas mãos, pés, joelhos e cotovelos, e sua cabeça, e eu não me refiro ao
que está apenas dentro, embora isso também venha ao jogo. Sua testa e nuca,
quando entram em contato com algumas áreas suscetíveis do seu atacante, podem
deixá-lo vendo estrelas.
Usando Don
como exemplo, ele apontou para os pontos vulneráveis óbvios (Sim, Selena
assobiou quando ele indicou a virilha), e então as áreas menos óbvias, como o
peito do pé e o antebraço.
Ralph anunciou
os movimentos que Joseph usou para se defender enquanto Don atacava várias
vezes em golpes coreografados, o tempo decorrido foi para demonstrar claramente
o que eles estavam fazendo. Eu me senti desesperançosa, por incrível que pareça,
enquanto assistia a eles. O corpo musculoso de Lucas foi treinado para executar
aqueles bloqueios e golpes, para absorver bofetadas de um atacante. Eu assisti
ele chutar a bunda de Buck, quando eu mal poderia expulsá-lo tempo suficiente
para gritar, para deixar algum dano.
— O objetivo
aqui é não bater no cara. — Ralph sorriu para o resmungo decepcionado de Selena.
— Nosso objetivo é te dar tempo para escapar. Dar o fora é o seu objetivo.
Nós nos
dividimos em pares para praticar bloqueios de pulso e desvio de golpes. Os três
instrutores circularam a sala, dando auxílio e reposicionando. Eu estava
aliviada quando Don caminhou para ver Selena e eu enquanto estávamos revezando
tapas em câmera lenta.
— Mantenha
seus olhos no atacante. — Ele me lembrou. Se virou para Selena. — Ponha mais
entusiasmo nesse ataque. Ela pode bloqueá-la.
Eu fiquei
chocada quando descobri que ele estava certo. Selena quase me atingiu pela
segunda vez porque eu estava tão surpresa que eu tinha completamente bloqueado
seu primeiro golpe.
Don acenou.
— Bom
trabalho!
Nós sorrimos
estupidamente uma para a outra e trocamos a posição de atacante e vítima.
— Então quando
chegamos aos chutes? — Selena perguntou.
Don balançou a
cabeça e acenou.
— Eu juro, há
sempre um em toda aula. Chutes serão os próximos. — Ele apontou para ela. — E
eu vou fazer se você está de acordo de ser Joseph para isso.
Ela colocou um
rosto inocente.
— Nós não
vamos todos usar aquela roupa do homem Michelin?
— Sim... Mas
aquela proteção não bloqueia tudo.
— Heh heh. —
Selena disse, e Don levantou uma sobrancelha para ela.
Olhei em volta
durante o exercício, observando Joseph com uma dupla de garotas.
— Assim? — Uma
delas perguntou, piscando para ele como se soubesse que a posição de sua mão
estivesse errada.
— Não... — Ele
virou a palma dela e ajustou seu cotovelo. — Assim. — Sua voz era quase
inaudível com todos os socos, bloqueios e risos escandalosos para uma sala
grande. Mesmo assim, eu senti suas palavras como suaves carícias em minhas
costas.
Eu mal conseguia
conectar esse cara, seu cabelo despenteado, suas tatuagens, a pura sexualidade
na forma em que andava e no baixo tom de sua voz, com Jace, um engenheiro
sênior que disse ou escreveu que meu ex era um idiota e me provocou com uma
orquestra de estudantes de 14 anos se apaixonando por mim. Enquanto me ajudava
a passar em uma aula que eu teria falhado sem ele.
Eu estava
atraída por ele todo, cada lado incongruente com o outro. Mas o ele todo também
era um mentiroso. O fato que nosso professor o chamou por um diferente nome do
que o Assistente Chefe da Polícia era perplexo também. O prefácio de seu e-mail
oficial era JMaxfield. Não ajuda.
Ele olhou para
cima e me pegou encarando-o, e pela primeira vez naquela manhã, nenhum de nós
desviou o olhar até Selena dizer:
— D... Presta
atenção! Apenas tente me atingir. — Eu quebrei o olhar e me virei para ela. Ela
se moveu para me encarar, suas costas para Joseph, e rolou os olhos. — O
conceito de se fazer de difícil completamente escapou de você? — Sussurrou. —
Deixe. Ele. Caçar.
— Não estou
mais jogando esse jogo.
Ela olhou por
cima do ombro e voltou.
— Amiga, eu
não acho que ele saiba disso.
Encolhi os
ombros.
Nós praticamos
posições defensivas e ataques simples de mão, e embora eu me sentisse boba no
começo, Selena e eu estávamos pouco tempo depois gritando: “Não!” Juntamente
com os nossos colegas, e empurrando a parte carnuda da palma de nossas mãos
para o outro nos queixos ou batendo um punho (muito lentamente) para baixo um
no nariz da outra.
— A última coisa
de hoje será defesa no chão. Nós iremos assistir Don e Joseph ilustrar a
primeira posição de defesa, e então cada par venha pegar um tapete e vamos
circular enquanto vocês praticam.
Joseph ficou
com o rosto para baixo no tapete e Don se ajoelhou por cima dele, segurando-o
com seu peso. Meu coração disparou e minha respiração ficou irregular, apenas
assistindo. Eu não queria estar nessa posição novamente. Eu não conseguiria na
frente dos alunos. Eu não conseguiria na frente de Joseph.
Selena
desenrolou seu pulso com os dedos e pegou minha mão.
— D, você tem
que fazer isso. Você será o atacante primeiro. Ficará tudo bem.
Balancei a
cabeça.
— Eu não
quero! É muito parecido com... — Engoli.
— É exatamente
por isso que você tem que fazê-lo. — Antes que pudesse dizer qualquer outra
coisa, ela apertou minha mão. — Ei, me ajuda a fazer isso, tudo bem? E então
veremos como você se sente.
Acenei.
— Tudo bem.
Ajudei Selena,
mas eu podia me fazer de vítima apenas uma vez. Eu fiz os movimentos, e desacomodei
ela facilmente. Como uma ex-líder de torcida, Selena era forte, mas ela não era
Buck. Eu não tinha esperança que esse movimento fosse deslocar alguém com seu
tamanho e força.
Eu não podia
olhar para Joseph, não durante esse exercício final, e não com o que aconteceu.
***
— Tem certeza
que não quer ir? Eu poderia te usar para me impedir de utilizar aqueles
movimentos que aprendemos essa manhã com Nick, se ele tiver bolas para aparecer
nesta festa.
Olhei para
cima, do romance que estava lendo, porque Jace ainda não tinha me enviado o
projeto de economia de volta (engraçado como eu continuava a pensar sobre ele
em termos de Joseph e Jace), e eu fui estranhamente pega no trabalho de casa.
Minha colega de quarto nunca tinha entendido minha compulsão para ler quando eu
tinha tempo livre, especialmente se haviam eventos sociais no campus para se
ocupar.
— Não, Selena,
eu realmente não quero ir para uma coisa de irmandade, acredite ou não. Sem
mencionar o fato de que ninguém estaria feliz em me ver lá.
Com as mãos no
quadril ela se inclinou para mim.
— Você está
provavelmente certa. Mas você está indo comigo na Festa de Fraternidade daqui
algumas semanas, certo? As vadias não tem nada a dizer sobre eu levar você,
então, aplica-se as regras da fraternidade, adicional de bebidas e gatas são
bem vindos.
— Aww, que
doce e de modo algum humilhante.
Ela riu
enquanto ela colocava seus saltos plataforma.
— Eu sei, tá?
São um bando de idiotas. — Seu sorriso falhou. — Sério, eu poderia usar uma
proteção entre eu e Nick esta noite. Não que ele vá, você sabe, me incomodar.
Mas eu conheço algumas garotas que estavam apenas esperando que eu saísse do
caminho. Elas estarão nele como carrapatos em um cachorro do campo, e eu
realmente não quero ver isso.
Eu acenei.
— Eu entendo,
e eca para esse visual... Embora seja revoltantemente apropriado. Você não pode
simplesmente pular esse negócio da Fraternidade? Você poderia estar com gripe
Asiática. Ou Malária. Eu confirmo.
Jogando seu
cabelo por cima do ombro, agarrou a bolsa e caminhou para a porta como uma
modelo de passarela, sem um leve balançar.
— Não. É um
grande negócio. Além disso, terei que encarar isso alguma vez. E ainda, eu já
confirmei nós duas. E eu tenho algumas semanas para me preparar mentalmente. —
Abriu a porta. — Nós vamos fazer compras poderosas depois do intervalo. Farei
aquele babaca morder sua própria mão essa noite, maldição.
Enquanto a
porta se fechava, meu celular indicou um novo SMS.
***
Joseph: Você
ainda quer ver o desenho?
Eu: Sim.
Joseph: Esta
noite?
Eu: Tudo bem.
Joseph: Eu
estarei fora de seu dormitório em 10 minutos? Coloque seu cabelo para trás e
use algo quente.
Eu: Você não
está trazendo para cá?
Joseph: Eu
estou levando você até ele. A menos que você não queira.
Eu: Vou
descer, mas preciso de 15 minutos.
Joseph: Vou
esperar. Sem pressa.
Eu corri pelo
quarto como uma pessoa insana, tirando meus pijamas de flanela e colocando um
sutiã limpo e calcinhas da limpa-mas-não-arrumada pilha da lavanderia. Roupas
quentes... Suéter? Não. Jeans. Pretas da UGG. O suave suéter safira que fazia
Selena dizer: Isso faz com que seus olhos se destaquem. Depois de
escovar os dentes, escovei o cabelo e amarrei na nuca, embora não soubesse o
porquê.
Agarrando
minha jaqueta preta de lã no caminho para a porta, eu deixei o prédio pela
saída principal. Não tinha ido às escadas desde que Buck me pegou lá, mesmo
quando significava passos a mais.
Joseph estava
no meio-fio, inclinando-se contra uma moto, braços cruzados em seu peito. Junto
com suas conhecidas botas e jeans, ele usava uma jaqueta marrom escura que
fazia seu cabelo parecer negro. Me observando com aqueles olhos luminosos, seu
olhar não vacilou de mim, não importava a distração de sábado à noite com
barulhos de moradores indo e vindo. Ele não escondeu a varredura de cima a
baixo sem pressa que deixou parte de mim derretida e desejando que me tocasse
como havia me tocado no quarto.
Engolindo o
caroço em minha garganta, eu lembrei da sua trapaça numa tentativa falha de
apagar o desejo se espalhando em mim como lava, em câmera lenta, pesada e quente.
Meu medo sobre sua moto ajudou a amenizar algum grau. Eu nunca tinha estado em
uma antes, e não podia dizer se tinha alguma vez querido mudar o fato. Quando
eu andei para ele, ele segurou um capacete extra.
— Acho que
essa é a razão pela orientação sobre o cabelo. — Eu disse, pegando o capacete e
examinando-o hesitante.
— Você poderá
soltar quando chegarmos ao meu lugar se quiser. Eu não sabia se você queria
colocá-lo por baixo do capacete... Ou deixar solto e deixá-lo todo emaranhado
do passeio.
Balancei a
cabeça, pensando se precisava desfazer as tiras completamente ou apenas
afrouxá-las.
— Nunca esteve
em uma moto antes?
Do canto dos
meus olhos, eu vi Rona e Olivia saírem do prédio atrás de um grupo de garotos.
As duas garotas pararam e encararam Joseph, e então para mim, enquanto eu
fingia não notá-las.
— Hum. Não...
— Me deixe te
ajudar com isso, então.
Depois, eu
coloquei a alça da minha bolsa por cima da cabeça e posicionei-a cruzando meu
peito, ele pegou o capacete e colocou em minha cabeça, fixando a tira embaixo
do meu queixo.
Senti-me uma
boneca que balança a cabeça.
Uma vez que
estávamos com capacetes e na moto, coloquei meus braços em volta dele e uni
minhas mãos em seu abdômen, maravilhada com o quão firme era.
— Segure-se. —
Ele disse, empurrando o suporte de apoio lateral. Sua sugestão foi
desnecessária enquanto o motor rugia com vida, eu tinha um aperto mortal em seu
torso, minha frente inteira pressionada seguramente contra suas costas, meu
queixo encolhido e meus olhos pressionaram fechados. Eu tentei imaginar que
estava em uma montanha russa, perfeitamente a salvo e presa em um carrinho ao
invés de me empurrando pelas ruas em frágeis 227 kg ou então de metal e
borracha, esperando que uma SUV com um bêbado não furasse o sinal vermelho e
nos pegasse.
A corrida para
sua casa, um apartamento em cima de uma garagem, levou menos de 10 minutos.
Minhas mãos estavam dormentes com a combinação de agarrar uma com a outra e o
ar frio de novembro correndo por elas. Enquanto as esfregava juntas, ele
estacionou a moto na sessão pavimentada entre a garagem e as escadas abertas
antes de se virar para pegar minhas mãos na dele, uma de cada vez, e
massageá-las.
— Eu devia ter
te lembrado de usar luvas. — Eu tirei minha mão da dele e apontei para a casa
não muito longe dali. — Seus pais moram ali?
— Não. — Ele
se virou para subir a escada de madeira e eu o segui. — Eu aluguei o apartamento.
Ele abriu a
porta para um enorme estúdio com parede, mas sem porta, definindo o que eu
assumi ser o quarto no canto direito. Uma pequena cozinha aberta estava na
esquerda, um banheiro entre os dois. No sofá, um grande gato laranja malhado me
observou com uma felina característica de indiferença antes de descer e seguir
para a porta.
— Esse é o
Francis. — Joseph abriu a porta e o gato caminhou preguiçosamente para fora,
parando para limpar uma pata.
Eu ri, me
movendo para o centro do aposento.
— Francis? Ele
parece mais como... Max. Ou talvez King.
Ele fechou e
trancou a porta, o fantasma de um sorriso levantando o canto da boca.
— Confie em
mim, ele é superior o suficiente sem o nome masculino.
Ele tirou sua
jaqueta enquanto cruzava o quarto em minha direção, e eu o encarei, começando a
desabotoar minha jaqueta.
— Nomes são
importantes. — disse.
Ele acenou,
deixando cair seus olhos em meus dedos.
— Sim. — Eu
empurrei os botões grandes demais através dos buracos lentamente, de cima para
baixo, como se não houvesse nada debaixo. Deslizando seus polegares por dentro
da gola, ele puxou a jaqueta de meus ombros, seus polegares escovando os braços
do meu suéter.
— Macio.
— É cashmere.
— Minha voz estava quase sem fôlego, e embora eu quisesse seguir com meu
discurso sobre nomes, queria pressioná-lo para saber por que ele estava me
enganando, não conseguia jorrar as palavras da minha garganta.
O casaco caiu
pelas pontas dos meus dedos e ele se virou, colocando-o em cima de sua jaqueta.
— Eu tinha um
motivo escondido para trazê-la aqui.
Eu pisquei.
— É mesmo?
Fazendo uma
careta, pegou minhas mãos.
— Eu quero te
mostrar algo, mas eu não quero que você pire. — Ele suspirou. — Essa manhã, a
última coisa, a defesa no chão... — Ele me olhava de perto, e eu tentei olhar
para outro lugar, qualquer lugar fora de seus olhos, porque meu rosto estava
queimando, humilhada, mas eu não conseguia tirar meus olhos dos dele. — Eu sei
que você não acreditou que isso iria funcionar. Eu quero mostrar que vai.
— O que quer
dizer com me mostrar?
Suas mãos
apertaram as minhas.
— Eu quero te
ensinar exatamente como executar. Aqui. Com mais ninguém olhando.
Foi a réplica
da posição em si, mas também o pensamento de que ele me observava que tinha
sido tão enervante essa manhã, mas ele não podia saber disso.
— Confie em
mim, Demetria. Vai funcionar. Você me deixará te mostrar?
Eu acenei.
Ele me
direcionou para o centro do espaço no chão, me puxou para baixo de joelhos ao
seu lado.
— Deite-se de
barriga para baixo. — Coração batendo forte, eu obedeci. — A maioria dos homens
não tem treinamento de artes marciais e tudo isso, então eles não serão capazes
de realizar os movimentos corretamente. E mesmo aqueles que fizerem não estarão
esperando o que você irá fazer. Lembre-se do que Ralph disse, a chave é fugir.
— Eu acenei, minha bochecha no carpete, meu coração batendo contra o chão. —
Você se lembra dos movimentos? — Balancei a cabeça, fechando os olhos. — Está
tudo bem. Eu poderia dizer que você estava pirando na aula. A sua amiga fez a
coisa certa, não forçando você. Eu não quero forçá-la, também. Eu só quero te
ajudar a sentir o controle.
Tomei uma
profunda inspiração.
— Tudo bem.
— Se você se
encontrar nesta posição, você irá querer fazer esses movimentos
automaticamente, sem perder tempo ou energia tentando afastá-lo.
Eu endureci
enquanto ele sem avisar usou o nome de Buck¹.
— O que?
— Era o seu
nome. Buck.
O ouvi inalar,
como se estivesse tentando manter o controle.
— Eu me lembrarei
disso. — Ficou em silêncio por um momento. — O primeiro movimento parece
contraproducente porque não fornece alavanca. Mas aí que está a coisa, você
está tirando a alavanca dele. Escolha o lado que você quer rolar, e coloque
este braço reto e para fora, como se você estivesse de pé e alcançando o teto.
— Coloquei meu braço esquerdo pra cima como ele havia dito. — Bom. Agora, com
seu outro braço, você dá a si mesma uma alavanca, e você já tira o equilíbrio
precário dele. Palma aberta no chão, cotovelo para cima. Empurra pra baixo e
role para o seu lado, projetando ele para longe. — Eu segui suas instruções,
fáceis para fazer sem peso algum em cima de mim. — Podemos tentar? Eu
empurrarei seus ombros para baixo e usarei o meu peso para segurá-la. Se você
tiver um problema, apenas diga e eu estou fora. Tudo bem?
Lutei contra o
pânico.
— Tudo bem.
Sua sutileza
enquanto se ajoelhava por cima de mim, segurando meus ombros para o chão, era
tão contrária à violência de Buck que eu quase chorei. Ele se abaixou sobre
mim, sua respiração em minha orelha.
— Braço
esticado. — Eu obedeci. — Palma estendida, e empurre forte, e role para seu
lado. — Eu fiz como ele disse, e ele caiu para fora. — Perfeito. Vamos tentar
novamente.
Nós fizemos os
movimentos de novo, e de novo, e de novo, e cada vez ele estava mais forte e
difícil de deslocar, mas ainda, eu o jogava, toda vez. Até eu erradamente
empurrar com meus quadris, tentando levantar.
Ele exalou
duramente.
— Isso não
funcionará, Demetria, embora seja uma resposta natural para algo não desejado
em cima de você. A única forma segura de expulsar um homem nesta posição é
rolando para o lado. Eu sou muito forte para você me empurrar pra cima. Você
tem que lutar com essa tendência.
Finalmente,
tentamos com mais realidade do que qualquer outro momento. Ele me impulsionou
pra baixo, e meu braço disparou para cima e para fora, mas eu tive dificuldade
em libertar minha mão para alavancar. Finalmente, eu troquei de braço e
consegui colocar minha outra palma no chão, impulsionei e rolei, jogando-o fora
e para o lado.
— Merda! — Ele
riu, me encarando enquanto estávamos no chão. — Você trocou de lado comigo!
Eu sorri para
seu elogio, e seu olhar moveu para os meus lábios.
— Essa é a
parte onde você levanta e corre como o inferno. — Sua voz era rouca.
— Mas ele não
vai me perseguir?
Ficamos
deitados em nossos lados, dois pés de tapete entre nós, nenhum fazendo
movimento para levantar.
Ele acenou.
— Ele deve.
Mas a maioria desses caras não quer desafiar a presa. Apenas poucos irão atrás
de você, se você correr gritando.
— Ah.
Ele se
esticou, pegando minha mão.
— Era suposto
que eu lhe mostrasse o desenho, eu acho.
— Então não
parecerá como se você tivesse me trazido sob completas falsas pretensões?
Seus olhos
brilharam e minha respiração parou.
— Eu realmente
quero que você veja o desenho, mas eu admito que isso é secundário para o que
acabamos de fazer. Você se sente mais confiante agora, isso deve funcionar?
— Sim.
Ele se
inclinou para cima em seu cotovelo, fechando a distância entre nós,
impulsionando sua mão contra meu cabelo, movendo-a para cima para segurar meu
rosto.
— Eu tinha
outro motivo oculto para trazê-la aqui. — Inclinando-se lentamente, seus lábios
se encontraram com os meus e o fogo, que tinha se tornado brasa desde que ele
tinha deixado meu quarto na semana anterior, flamejou. Eu abri minha boca e sua
língua pressionou para dentro, encontrou-se com a minha e a tomou. Virando sua
cabeça, ele moveu sua boca sobre a minha, sugando meu lábio inferior,
acariciando-o com sua língua e libertando-o para dar atenção ao de cima. Sua
língua passou pelo espaço sensível acima dos meus dentes superiores e eu
ofeguei.
E então suas
mãos começaram a se mover.
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¹ no original “to
buck him off” = afastá-lo
~*~
Obrigada mesmo pelos comentários <3333
Se eu tiver tempo amanhã, eu posto mais. E Semana que vem, vejo se dá pra fazer a Maratona (: