sábado, 10 de agosto de 2013

Easy - Capítulo 2



A voz de Selena me acordou.
— Demetria Lovato, tire seu traseiro dessa cama e vá salvar seu GPA¹. Pelo amor de Deus, se eu deixar um cara jogar fora meu amuleto acadêmico assim, eu nunca ouvi o final de tudo.
Eu fiz um som desdenhoso de debaixo do edredom antes de espreitar para ela.
— Que amuleto acadêmico?
Com as mãos nos quadris, ela estava enrolada em uma toalha, fresca do banho.
— Ha. Ha. Muito engraçado. Levante-se.
Funguei, mas não me mexi.
— Eu estou indo bem em todas as minhas outras matérias. Não posso simplesmente reprovar nessa?
Sua boca caiu aberta.
— Você está ouvindo a si mesma?
Eu estava ouvindo a mim mesma. E eu estava tão indignada com meus sentimentos covardes quanto Selena, se não estivesse mais. Mas o pensamento de me sentar perto de Kennedy para uma hora de aula, três dias por semana, era insuportável. Eu não podia ter certeza de que o seu recente status de solteiro significaria em termos de flertes abertos ou contatos, mas seja o que isso significasse, eu não queria encará-lo de frente. Imaginar os detalhes foi ruim o suficiente.
Se ao menos não tivesse o pressionado a fazer uma aula comigo neste semestre. Quando nos registramos para as aulas de outono, ele perguntou por que eu queria fazer Economia, um curso não obrigatório para o meu diploma de Educação Musical. Eu me perguntei se ele tinha percebido, até então, que era onde iríamos acabar. Ou se ele tinha sabido.
— Eu não posso!
— Você pode e você vai! — Ela roubou o edredom. — Agora se levante e entre naquele chuveiro. Eu tenho que chegar na aula de Francês a tempo ou Monsieur Bidot vai me questionar sem misericórdia no passé composé². Eu mal posso fazer o tempo passado em Inglês. Deus sabe que eu não posso fazer isso en français a essa maldita hora da manhã.

Cheguei fora da sala de aula exatamente às 09h00min, sabendo que Kennedy, habitualmente pontual, já estaria lá. A sala de aula era grande e inclinada. Deslizando pela porta de trás eu o reconheci, sexta fila no centro. A cadeira à sua direita estava vazia, a minha cadeira. Dr. Heller tinha passado pela sala um mapa de assentos na segunda semana de aula, e ele o usava para anotar presença e dar créditos pela participação na aula. Eu teria que conversar com ele depois da aula, porque não havia nenhuma maneira de me fazer sentar lá novamente.
Meus olhos percorreram as fileiras. Havia dois lugares vazios. Um era três linhas para baixo entre um cara apoiado em sua mão, geralmente dormindo, e uma garota bebendo um tipo de café e tagarelando sem parar com seu vizinho. O outro assento vago estava na fileira de trás, ao lado de um cara que parecia estar rabiscando algo na margem de seu livro. Eu virei nessa direção, ao mesmo tempo em que o professor entrou por uma porta lateral abaixo, e o artista levantou a cabeça para verificar a frente da sala de aula. Eu congelei, reconhecendo meu salvador de duas noites atrás. Se eu pudesse me mover, eu teria me virado e fugido da sala de aula.
O ataque veio como uma inundação. O desamparo. O terror. A humilhação. Eu me enrolei em uma bola na minha cama e chorei a noite toda, grata por Selena me mandar uma SMS dizendo que ela estava com Nick. Eu não tinha contado a ela o que Buck tinha feito, em parte, porque eu sabia que ela se sentiria responsável por ter me feito ir, e por me deixar sozinha. Em parte porque eu queria mesmo esquecer o que tinha acontecido.
— Se todo mundo estiver sentado, vamos começar. — A declaração do professor sacudiu-me do meu estupor, eu era a única aluna de pé. Eu fugi para a cadeira vazia entre a garota tagarela e o cara sonolento.
Ela olhou para mim, nunca parando sua confissão sobre seu fim de semana de como ela esteve mal e onde esteve e com quem. O cara abriu seus olhos apenas o suficiente para perceber quando eu deslizei na cadeira aparafusada entre eles, mas fora isso, não se moveu.
— Este assento está ocupado? — Sussurrei para ele.
Ele balançou a cabeça e resmungou:
— Estava. Mas ela está atrasada. Ou deixou de vir. Tanto faz.
Puxei um caderno da minha bolsa, aliviada. Tentei não olhar para Kennedy, mas o assento angular fazia disso um esforço desafiador. Seu cabelo louro sujo perfeitamente arrumado e a familiar camisa de tecido liso e botão, puxavam meus olhos a cada vez que ele se movia. Eu conhecia o efeito daquele xadrez verde ao lado de seus impressionantes olhos verdes. Eu o conhecia desde a nona série. Eu o observei alterar seu estilo de um garoto que usava bermuda de malha e tênis todos os dias para o cara que enviava suas camisas sob medida para serem passadas, mantinha seus sapatos livres de arranhões, e sempre parecia como se tivesse saído da capa de uma revista.
Eu já tinha visto mais de uma professora virar a cabeça quando ele passava antes de repreender seu olhar para longe do corpo dele, perfeito e inacessível.
No primeiro ano, tivemos Inglês pré-avançado juntos. Ele se concentrou em mim desde o primeiro dia de aula, mostrando seu sorriso de covinhas em minha direção antes de tomar o seu lugar, convidando-me para participar de seu grupo de estudo, perguntando sobre os planos para o meu fim de semana e, finalmente, tornando-se uma parte deles. Eu nunca tinha sido tão confiantemente perseguida. Como nosso presidente de turma, ele era conhecido por todos, e ele fez um esforço conjunto para se familiarizar com todos. Como atleta, ele era um acréscimo para o time de beisebol. Como estudante, sua situação acadêmica era dez por cento superior. Como membro da equipe de debate, ele era conhecido por argumentos conclusivos e um recorde imbatível.
Como um namorado, ele foi paciente e atencioso, nunca me pressionando muito além ou muito rápido. Nunca esquecia meu aniversário ou o aniversário de namoro. Nunca me fez duvidar de suas intenções para nós. Uma vez que ficamos “oficiais, ele mudou meu nome, e todo mundo fez o mesmo, inclusive eu.
— Você é minha Demi! — Ele me disse.
Ele não tinha parente. Seus pais eram apenas estranhamente políticos, e também tinham divergências um com o outro. Ele tinha uma irmã chamada Reagan e um irmão chamado Carter.
Três anos se passaram desde que eu tinha deixado de ser Demetria, e eu lutava diariamente para recuperar a parte original de mim mesma que eu deixei de lado por ele. Não era a única coisa da qual eu tinha desistido, ou a mais importante. Era apenas a única que eu poderia recuperar.

***

Entre tentar evitar olhar para Kennedy por 50 minutos diretos e ter ignorado as aulas por duas semanas, meu cérebro estava preguiçoso e não cooperativo. Quando a aula acabou, eu percebi que tinha absorvido pouco da palestra.
Eu segui o Dr. Heller ao seu escritório, passando rapidamente vários apelos em minha cabeça para induzi-lo a me dar uma chance de me recuperar. Até aquele momento, eu não tinha me importado em estar fracassando. Agora que a possibilidade tinha se tornado uma probabilidade, eu estava apavorada. Eu nunca tinha reprovado numa matéria. O que eu digo aos meus pais e ao meu conselheiro? Este F estaria em meu histórico para o resto da minha vida.
— Certo, Srta. Lovato. — Dr. Heller removeu um livro didático e uma pilha de notas desordenadas de sua maleta surrada e moveu-se por seu escritório como se eu não estivesse lá. — Exponha o seu caso.
Eu limpei minha garganta.
— Meu caso?
Cansado, ele me olhou por cima dos óculos.
— Você perdeu duas semanas seguidas de aula, incluindo o exame semestral, e você perdeu hoje. Eu suponho que você está aqui no meu escritório para criar algum tipo de argumentação do por que você não deve deixar Macroeconomia. Estou esperando sem respirar por essa explicação. — Ele suspirou, colocando o livro didático na prateleira. — Eu sempre acho que já ouvi todas elas, mas eu tenho que reconhecer que eu tenho sido surpreendido. Então vá em frente. Eu não tenho o dia todo, e eu presumo que você não o tem, também.
Eu engoli.
— Eu estava na aula de hoje. Eu apenas sentei em um lugar diferente.
Ele acenou com a cabeça.
— Eu vou acatar a sua palavra para isso, já que você se aproximou de mim no final da palestra. Esse é um dia de volta à participação em seu favor, no valor de cerca de um quarto de um ponto em sua média. Você ainda tem seis dias de aula perdidos e um zero em um exame importante.
Oh, Deus! Como se um plugue tivesse sido apertado, as desculpas desordenadas e constatações vieram à tona torrencialmente.
— Meu namorado terminou comigo, e ele está na turma, e eu não suporto vê-lo, e muito menos se sentar ao lado dele... Oh meu Deus, eu perdi o exame semestral! Eu vou reprovar! Eu nunca fui reprovada em uma matéria na minha vida! — Como se aquele discurso não fosse humilhante o suficiente, meus olhos lacrimejaram e transbordaram. Mordi o lábio para não chorar abertamente, encarando a mesa dele, incapaz de encontrar a expressão de repulsa que imaginei que ele estaria exibindo.
Eu ouvi seu suspiro no mesmo momento em que um lenço de papel apareceu na minha linha de visão.
— Hoje é o seu dia de sorte, Srta. Lovato. — Eu peguei o lenço e o apertei contra minhas bochechas molhadas, olhando-o com cautela. — Por acaso eu tenho uma filha um pouco mais jovem do que você. Recentemente, ela sofreu um desagradável pequeno rompimento. Minha brilhante estudante nota A se transformou em um desastre emocional que não fazia nada além de chorar, dormir e chorar um pouco mais, por cerca de duas semanas. E então voltou a seus sentidos e decidiu que nenhum menino ia arruinar seu histórico escolar. Para o bem da minha filha, eu vou dar-lhe uma chance. Uma. Se você a estourar, você receberá a nota que você ganhou no final do semestre. Estamos entendidos?
Eu balancei a cabeça, mais lágrimas escorrendo.
— Bom. — Meu professor se mexeu desconfortavelmente e entregou-me outro lenço de papel. — Oh, pelo amor de Pete, como eu disse à minha filha, nenhum menino no planeta vale essa quantidade de angústia! Eu sei; eu costumava ser um deles.
Ele rabiscou em um pedaço de papel e o entregou a mim.
 — Aqui está o endereço de e-mail do meu tutor na matéria, Jace Maxfield. Se você não está familiarizada com suas sessões de instrução complementar, eu sugiro que você se familiarize com elas. Você vai, sem dúvida, precisar de algumas aulas particulares também. Ele era um excelente aluno na minha turma, há dois anos, e ele tem sido tutor para mim desde então. Vou lhe dar os detalhes do projeto que eu espero que você faça para substituir a nota do exame semestral. — Outro soluço escapou de mim quando eu agradeci, e eu pensei que ele poderia explodir de desconforto. — Bem, bem, sim, é claro, não tem de quê! — Ele pegou o mapa de assentos. — Mostre-me onde você vai estar sentada a partir de agora, para que você possa ganhar esses quartos-de-ponto de participação.
Eu apontei para meu novo lugar, e ele escreveu meu nome no quadrado.
Eu tive minha chance. Tudo o que eu tinha que fazer era entrar em contato com este tal Jace e entregar um projeto. Quão difícil isso poderia ser?
A fila na Starbucks do grêmio estudantil estava ridiculamente longa, mas estava chovendo e eu não estava com vontade de ficar encharcada por atravessar a rua para o café indie fora do campus para pegar minha dose antes da minha aula da tarde. Num raciocínio desvinculado, era lá também onde era mais provável que Kennedy estivesse; nós íamos lá quase diariamente após o almoço. Em princípio, ele tendia a evitar “monstruosidades corporativas, como a Starbucks, mesmo que o café fosse melhor.
— Não vai ter jeito de atravessar o campus a tempo se eu esperar nesta fila. — Selena rosnou seu aborrecimento, inclinando-se para verificar quantas pessoas estavam à nossa frente. — Nove pessoas. Nove! E cinco esperando as bebidas! Quem diabos são todas essas pessoas?
O cara na nossa frente olhou por cima do ombro, com uma carranca. Ela fez uma careta para ele e eu pressionei meus lábios para não rir.
— Viciados em cafeína como nós? — Sugeri.
— Ugh. — Ela bufou e depois agarrou meu braço. — Eu quase me esqueci, você ouviu o que aconteceu com Buck sábado à noite?
Meu estômago se soltou. A noite que eu só queria esquecer não me deixava em paz. Eu balancei a cabeça.
— Ele levou uma surra no estacionamento atrás da casa. Dois rapazes queriam sua carteira. Provavelmente pessoas desabrigadas, ele disse, é o que ganhamos por ter um campus bem no meio de uma cidade grande. Eles não conseguiram nada, os bastardos, mas porra, a cara de Buck está destruída! — Ela se inclinou mais perto. — Ele realmente parece um pouco mais quente assim. Rawr, se é que você me entende.
Eu me senti mal, ficando ali muda e fingindo interesse, em vez de refutar a explicação de Buck para os acontecimentos que levaram seu rosto a ser socado.
— Bem, merda! Eu vou ter que enxugar um energético para me manter com a mente aberta durante Ciências Políticas. Eu não posso chegar atrasada, nós temos um teste. Eu te vejo depois do trabalho. — Ela me deu um abraço rápido e saiu correndo.
Eu corri para frente com a fila, minha mente revisando a noite de sábado pela milésima vez. Eu não podia me livrar do quão vulnerável eu me sentia, ainda. Eu nunca tinha sido cega ao fato de que os caras são mais fortes.
Kennedy me agarrou em seus braços mais vezes do que eu poderia contar, uma vez jogando-me sobre seu ombro e correndo um lance de escadas comigo agarrada à sua volta, de cabeça para baixo e rindo. Ele facilmente abria frascos que eu não podia abrir, mudava os móveis que eu mal podia mover. Sua força superior tinha sido evidente quando ele se firmava em cima de mim, seus bíceps duros em minhas mãos.
Há duas semanas atrás, ele tinha arrancado meu coração, e eu nunca me senti tão magoada, tão vazia.
Mas ele nunca usou a sua força física contra mim.
Não, isso era todo Buck. Buck, um gostoso do campus que não tinha um problema em conseguir garotas. Um cara que nunca tinha dado qualquer indicação de que ele poderia ou iria me machucar, ou que ele estava ciente de mim, exceto como a namorada de Kennedy. Eu poderia culpar o álcool... Mas não. Álcool remove inibições. Ele não dispara a violência criminal, onde não havia antes.
— Próximo?
Livrei-me de meu devaneio e olhei por cima do balcão, preparada para passar meu pedido habitual, e lá estava o cara da noite de Sábado. O cara que eu tinha evitado sentar ao lado esta manhã, em Economia. Minha boca estava aberta, mas não saiu nada. E, assim como nessa manhã, a noite de Sábado veio à tona. Meu rosto esquentou, quando me lembrei da posição em que eu estava, o que ele deve ter testemunhado antes de intervir, o quão imprudente ele deve me considerar.
Mas então, ele disse que não era minha culpa. E ele me chamou pelo meu nome. O nome que não é mais usado, desde 16 dias atrás.
Desejei, numa fração de segundo, que ele não estivesse se lembrando de quem eu era, não foi concedido. Eu retornei ao seu olhar penetrante e podia ver que ele se lembrava de tudo, claramente. Cada pedaço humilhante. Meu rosto queimou.
— Você está pronta para pedir? — Sua pergunta me puxou da minha desorientação. Sua voz era calma, mas eu senti o desespero dos clientes inquietos atrás de mim.
— Um grande café Americano. Por favor! — Minhas palavras foram tão murmuradas que eu meio que esperava que ele me pedisse para repetir.
Mas ele marcou o copo, e foi quando notei as duas ou três camadas de gaze branca fina enrolada em volta dos nós de seus dedos. Ele passou o copo para o barista e registrou a bebida quando eu entreguei o meu cartão.
— Tudo indo bem hoje? — Ele perguntou, suas palavras tão aparentemente casuais, mas tão cheias de significado entre nós. Ele passou o meu cartão e entregou-o de volta com o recibo.
— Eu estou bem. — Os nós dos dedos da mão esquerda estavam arranhados, mas não severamente esfolados. Enquanto eu pegava o cartão e recibo, seus dedos roçaram sobre os meus. Eu afastei minha mão. — Obrigada!
Seus olhos se arregalaram, mas ele não disse mais nada.
— Eu quero um venti caramel macchiato, magro, sem creme. — A garota impaciente atrás de mim passou seu pedido sobre o meu ombro, não me tocando, mas pressionando muito no meu espaço pessoal de conforto. A mandíbula dele se esticou de forma quase imperceptível quando ele desviou o olhar para ela.
Marcando o copo, ele deu a ela o total de forma rude, seus olhos passando rapidamente para mim mais uma vez quando eu me afastei. Eu não sei se ele olhou para mim depois disso. Esperei meu café no outro lado do bar, e saí correndo, sem acrescentar o meu habitual pingado de leite e três pacotes de açúcar.
Economia era um curso de pesquisa, e como tal a lista era enorme, provavelmente 200 alunos. Eu poderia evitar o contato visual com os dois meninos, no meio de tantas pessoas, nas seis semanas restantes do semestre de outono, não poderia?

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1 GPA - Grade Point Average – Média de pontos dos exames nas faculdades americanas.
2 Passado Composto em Francês.  

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Answers:

Iza Moraiis: Oi :D Seja bem-vinda ao meu blog! Que bom que está gostando (: Claro. Que legal, você está postando Fallen. Eu já li os livros *-* Já estou te seguindo, beijos.
Demetria Devone Lovato: "dois idiotas que não merecem a vida!!!" hahahaha concordo u_u Postado. Bjos.
Ane: *-* <33 que bom que acho isso!!
Kika &amp;amp; Paty: Olá! Seja bem-vinda ao meu blog *-* Fico super feliz que tenha gostado!!! Obrigada por comentar. Postado. Beijos :*

Um comentário:

  1. AAAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!
    ADOREI ESSA HISTORIA...
    Cara, a historia é tão bem feita que meio que agenti interage com os personagens...
    XD
    POSTA MAISS..
    Caramba, nao rola nenhum ressentimento daquele MERDA e kenedy?
    SÃO 3 ANOS, POR FAVOR NÉ? Ele nao sentia NADA por ela, TNC... (desculpe pelo palavrão)
    POST MAISSSS
    PLEASEEE

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