quinta-feira, 11 de abril de 2013

Chapter 32

Joe

A língua de Demetria umedece seus lábios em forma de coração, que agora brilham... E são tão sedutores.
— Não me provoque assim — eu peço, baixinho, com os lábios quase colados aos dela.
Os livros de Demetria caem no carpete. Seus olhos acompanham a queda. Sinto que se eu perder a atenção dela, neste momento, talvez nunca mais possa recuperar... Meus dedos acariciam seu queixo, como se pedissem, suavemente, que ela olhasse para mim.
Demetria ergue aqueles olhos sensíveis e me fixa.
— E se isso significar... alguma coisa... para nós? — ela pergunta.
— E se isso acontecer?
— Prometa que será apenas um beijo, sem consequências.
Eu me recosto no sofá.
— Será um beijo e nada mais.
Mas não sou o único, aqui, a não querer compromissos permanentes?
— E será um beijo leve — ela acrescenta.
— Mi vida, se eu beijar você, será um beijo de verdade.
Ela hesita.
— Prometo que não vai haver consequências — repito.
Realmente, não espero que Demetria me deixe fazer isso. Acho que ela está me provocando, para ver até onde posso aguentar. Mas quando ela fecha os olhos e se aproxima um pouco mais de mim, compreendo que vai acontecer...
A garota dos meus sonhos, a garota que significa mais para mim do que todas as que já namorei, quer um beijo... Ela vira o rosto para mim. E eu assumo o controle da situação. Nossos lábios se tocam por um breve momento; mergulho os dedos em seus cabelos e continuo beijá-la, suave e delicadamente. Acaricio o rosto dela, sentindo sua pele macia, de bebê, contra a palma da minha mão, contra meus dedos calejados. Meu corpo está louco para tirar vantagem da situação, mas minha cabeça, a de cima, consegue manter o controle.
Um suspiro de satisfação escapa da boca de Demetria, como se ela estivesse feliz, como se quisesse ficar em meus braços para sempre.
Toco seus lábios com a ponta da língua, numa carícia que é pura tentativa de sedução, um convite para que eles se abram. Demetria experimenta tocar minha língua com a dela... Nossas bocas e línguas começam a brincar, numa dança lenta e erótica. Então alguém abre a porta... E Demetria recua, assustada. Droga. Estou furioso. Primeiro, por me entregar desse jeito ao beijo. Seguindo, por querer que esse momento durasse para sempre. E, por fim, estou furioso com minha mãe e meus irmãos, que chegaram justamente agora, no melhor do momento.
Vejo Demetria tentando parecer muito ocupada, enquanto se inclina para pegar seus livros. Minha mãe e meus irmãos estão imóveis, junto à porta, com os olhos arregalados.
— Oi, mãe — digo, mais agitado do que deveria.
Pelo olhar severo de mi mamá, sei que ela não gostou nem um pouco de nos flagrar aqui, em sua sala... Como se isso fosse uma amostra de uma relação séria, com duração e consequência.
— Frankie e Josh, para o quarto — ela ordena, entrando na sala e se recompondo. — Não vai me apresentar a sua amiga, Joseph?
Demetria se ergue, com os livros na mão.
— Oi, eu sou Demetria. — Apesar do seu cabelo despenteado por minhas carícias e pelo vento, na garupa da moto, ela ainda é terrivelmente bonita. Estendendo a mão, diz: — Joe e eu estávamos estudando Química.
— Não foi isso que eu vi — minha mãe responde, ignorando a mão estendida.
Demetria estremece.
Mamá, deixe a menina em paz — eu digo, rispidamente.
— Minha casa não é prostíbulo.
— Por favor, mamá! — digo, exasperado. — Nós só estávamos nos beijando!
— Depois dos beijos veem os bebês, Joseph.
— Vamos embora — eu digo a Demetria, totalmente envergonhado. Pego minha jaqueta e jogo no ombro.
— Sinto muito se eu a desrespeitei, de algum modo, Sra. Fuentes — diz Demetria, bastante perturbada.
Ignorando o pedido de desculpas, minha mãe leva as compras para a cozinha.
Quando saímos, escuto Demetria suspirar profundamente. Parece que se mantém em pé, sustentada apenas por um fio muito fino... Juro que parece.
Não era bem assim que as coisas deveriam acontecer: trazer garota para casa - beijar garota - mamãe insulta garota - garota sai chorando. Não era mesmo para ser assim.
— Não ligue para isso — eu digo. — É que minha mãe não está acostumada a me ver trazer garotas para casa.
Os olhos azuis e expressivos de Demetria parecem distantes e frios.
— Isso não deveria ter acontecido — ela diz, rígida como uma estátua.
— O que não deveria ter acontecido... O beijo, ou o fato de você ter gostado tanto dele?
— Tenho um namorado — ela responde, enquanto lida, impaciente, com as alças de sua mochila de marca.
— Você está tentando me convencer ou se convencer disso? — pergunto.
— Não comece a distorcer o que estou falando. Eu não quero magoar meus amigos. Não quero magoar minha mãe. E, quanto a Colin... Bem, estou realmente confusa, neste momento.
Ergo as mãos e o tom da voz. E isso é uma coisa que evito fazer porque, como diz o Paco, mostra que estou realmente aflito. Mas não estou... Estou? Por que deveria? Minha mente me manda calar, enquanto as palavras me escapam pela boca:
— Eu não entendo... Aquele cretino do Colin Adams trata você como se fosse um troféu.
— Você nem mesmo sabe como é minha relação com ele...
— Então, me conte, porra — digo, com uma aspereza que não consigo evitar. Eu devia me preservar, não falar nada do que realmente sinto. Mas digo tudo a ela, direto e reto. — Porque aquele beijo, lá na sala... significou alguma coisa. Você sabe disso, tanto quanto eu. Desafio você a dizer que estar com seu namorado é melhor...
Ela desvia os olhos, rapidamente:
— Você não entenderia.
— Tente me explicar.
— Quando as pessoas me veem ao lado de Colin, elas comentam sobre o quanto somos perfeitos, comentam que fomos feitos um para o outro. Somos o Casal de Ouro, sabe? Você entende isso?
Olho para ela, desacreditando... Cara, essa história é o fim do fim:
— É, eu entendi. Só não posso acreditar que estou ouvindo isso. Então ser perfeita é tudo o que importa? É tudo para você?
Um longo e frágil silêncio cai entre nós. Percebo um lampejo de tristeza em seus olhos de safira. Mas então a tristeza desaparece e, de um momento para o outro, Demetria se torna mais calma e mais séria.
— Não tenho feito muita questão disso, ultimamente. Mas a resposta é sim... Significa muito para mim — ela por fim admite. — Minha irmã é deficiente e, então, eu tenho que ser perfeita.
Esta é coisa mais patética que já ouvi. Balanço a cabeça, com desgosto, e aponto para Julio.
— Suba, vou levar você até o colégio. Você deixou o seu carro lá, não é?
Em silêncio, Demetria se acomoda na garupa da moto. Parece que faz questão de ficar o mais longe possível de mim... Tanto, que mal consigo sentir seu corpo junto às minhas costas. Quase erro o caminho, de propósito, só para tornar o trajeto mais longo.
Demetria trata a irmã com paciência e dedicação. Deus sabe que eu nunca seria capaz de cuidar de meus irmãos desse jeito, dando comida na boca e limpando a bagunça toda. A garota que eu uma vez acusei de egocêntrica não é nada do que eu pensava.
Nossa, eu admiro essa menina. De algum modo, estar com Demetria me trouxe de volta alguma coisa que eu tinha perdido, na vida. Alguma coisa... boa. Mas como fazer com que ela acredite nisso?

~*~

comentem, comentem, comentem, comentem *---*

Answers:

Demetria Devone Lovato: Parei pra deixar o suspense... MUAAHAHAHA kkkkkkkkk Postei *-* bjos
Fã Forever: Não, tudo bem kkkkkk Pronto, aconteceu o beijo, satisfeita? kkkkkkk bjos

2 comentários:

  1. Simm mas a mae do joe podia ter sido mais legal com a minha Demi ne... POSTA LOGO

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  2. PEREFEITO
    primeiro beijo de Jemi <3!!
    POSTA LOGO
    Beijos

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