quarta-feira, 3 de abril de 2013

Chapter 26

Joe

Na sexta-feira, quando Demetria entra na aula da Sra. Peterson, ainda estou pensando em como vou lhe dar o troco por ela ter jogado minhas chaves no bosque. Levei quarenta e cinco minutos para encontrar a droga das chaves e, durante esse tempo, fiquei xingando Demetria. Ok, tenho de reconhecer que ela esteve à altura da situação e que sua vingança foi perfeita.
Também não me esqueço de que devo a Demetria o fato de ter conseguido falar, depois de tanto tempo, sobre a morte do meu pai. Isso mexeu comigo, tanto que acabei ligando para uns caras antigos da Sangue e fiz umas perguntas sobre o caso. Vamos ver no que dá...
Demetria ficou na defensiva, durante a semana inteira. Está esperando que eu apronte alguma, que me vingue por ela ter jogado minhas chaves no mato.
Depois da aula, estou pegando meus livros no armário, para ir embora, quando ela me aparece de repente, em seu uniforme de líder de torcida, que é tremendamente sexy.
— Encontre-me no ginásio de lutas marciais — ela ordena.
Bem, tenho duas opções: obedecer, ou ir embora. Pego meus livros e vou até o pequeno ginásio. Demetria está me esperando, balançando um chaveiro vazio, no dedo.
— Como será que minhas chaves sumiram? — ela pergunta. — Terá sido por um passe de mágica? Se você não me disser onde elas estão, vou me atrasar para o jogo... E a Sra. Small vai me expulsar da turma.
— Joguei suas chaves em algum lugar. Sabe, você deveria comprar uma bolsa com zíper. Com uma bolsa aberta, há sempre o risco de alguém roubar alguma coisa.
— Ah, que bom saber que você é cleptomaníaco. Será que pode me dar uma pista sobre onde estão as chaves?
Eu me apóio na parede, pensando no que as pessoas diriam, se nos vissem aqui, juntos.
— Estão num lugar molhado... Muito, muito molhado — eu digo.
— Na piscina?
Confirmo com um gesto de cabeça e comento:
— Criativo, não?
Ela me dá um empurrão:
— Oh, acho que vou matar você. É melhor ir buscá-las, agora!
Se eu não a conhecesse bem, pensaria que está flertando comigo. Acho que ela gosta desse jogo que estamos fazendo. — Gracinha, você deveria me conhecer melhor... É sua vez de correr atrás do prejuízo. Vire-se... Assim como me virei, quando você jogou minhas chaves no mato. Ela ergue a cabeça, me lança um olhar triste e contrai os lábios, amuada. Tento não me concentrar nos seus lábios, porque é perigoso... Mas não posso evitar.
Por favor, Joe, me mostre onde estão as chaves.
Deixo que ela sofra por um minuto... Antes de ceder. Mas, agora, o colégio ficou praticamente deserto. Metade dos alunos estão a caminho do campo de futebol. A outra metade está feliz por não ter que ir ao jogo.
Caminhamos até a piscina. As luzes estão apagadas, mas o sol ainda brilha e seus raios atravessam as janelas. As chaves de Demetria continuam no lugar onde as joguei: no meio da piscina, na parte mais funda.
Aponto as chaves prateadas, sob a água:
— Lá estão elas. Vá buscá-las.
Com as mãos caídas ao longo da saia curta, Demetria parece pensar em como fará para pegar as chaves... Empinando o corpo, caminha em direção a uma grande vara encostada à parede.
— Vai ser fácil... — ela me diz.
Mas quando Demetria mergulha a vara na água, descobre que coisa não é tão simples assim. Engulo uma risada, enquanto me sento na beira da piscina, assistindo à cena de camarote: Demetria tentando o impossível.
— Você pode tirar a roupa e mergulhar, nua. Ficarei montando guarda e não deixarei ninguém entrar.
Ela caminha para mim, segurando firmemente a vara entre os dedos.
— Você bem que gostaria disso, não é?
— Ah, claro — respondo, confirmando o óbvio. — Mas espero que você não esteja usando aquelas calcinhas imensas como as da vovó... Se estiver, vai acabar com a minha fantasia.
— Para sua informação, elas são pink... de cetim! E já que estamos trocando informações pessoais, você usa cuecas do tipo short ou sunga?
— Nenhum dos dois. Deixo meu sexo livre, se é que você me entende.
Não é bem assim. Mas Demetria terá de imaginar por si mesma.
— Que coisa mais vulgar, Joe.
— Não despreze, antes de provar — eu digo, caminhando até a porta.
— Você vai embora?
— Hum... sim.
— Não vai me ajudar a pegar as chaves?
— Hum... não. — Se eu ficar, vou me sentir tentando a pedir a ela que esqueça o futebol e fique comigo. E, definitivamente, não estou pronto para ouvir a resposta... Brincar com Demetria, eu até consigo. Mas me expor de verdade, como fiz no outro dia, nem pensar. É uma coisa que me deixa sem defesas. Não quero fazer isso de novo.
Abro a porta, depois de olhar para ela, uma vez mais. Se eu a deixar agora, serei um idiota, um babaca, um covarde... Ou tudo isso, junto e misturado?
Em casa, já longe de Demetria e das chaves do seu carro, procuro meu irmão. Prometi a mim mesmo que falaria com Josh nesta semana e já adiei demais essa estória. Se eu vacilar, ele será recrutado e passará pelo ritual de iniciação na Sangue Latino, tal como aconteceu comigo.
Encontro Josh no nosso quarto, escondendo alguma coisa embaixo de sua cama.
— O que é isso? — pergunto.
Ele se senta na cama e cruza os braços:
— Nada.
— Não me venha com essa conversa de “nada” Josh. — Empurro meu irmão de lado e olho embaixo da cama... Ali está uma brilhante Beretta 25, olhando para mim... zombando de mim. Pego a arma e pergunto: — Onde você arranjou isso?
— Não é da sua conta.
Esta é a primeira vez, em toda minha vida, que tenho vontade de assustar seriamente esse idiota do Josh... me sinto tentado a encostar esta arma entre seus olhos e mostrar a ele o que um cara de gangue sente o tempo inteiro: a ameaça constante, a incerteza de sobreviver por mais um dia.
— Sou seu irmão mais velho, Josh. Nosso pai morreu; então, cabe a mim enfiar um pouco de juízo na sua cabeça. — Olho para a arma. Pelo peso, dá para perceber que está carregada. Se disparar acidentalmente, Josh pode morrer. Se Frankie encontrar esta arma, então... Porra, pode ser ainda pior.
Josh tenta se levantar, mas eu o empurro de volta para a cama.
— Você sempre anda armado — ele reclama. — Por que eu também não posso...?
— Você sabe porquê. Sou um cara de gangue, um cara da pesada. Você, não. Você vai estudar, vai para a faculdade, vai ter uma vida decente.
— Você pensa que pode controlar e planejar nossas vidas, não é? — diz Josh, furioso. — Bem, eu também tenho meus planos.
— É melhor não incluir a Sangue Latino neles — eu aviso.
Josh fica em silêncio. Acho que já o perdi. Meu corpo está tão tenso como uma corda esticada. Posso evitar que Josh entre na gangue, mas só se ele quiser que eu interfira. Olho para a foto de Destiny, na parede, acima da cama.
Ele a conheceu nesse verão, quando assistíamos aos fogos de artifício, no Píer da Marinha, nas comemorações de 4 de Julho. A família de Destiny mora em Gurnee. E, desde que os dois se encontraram, Josh está louco por ela. Os dois falam pelo telefone todas as noites. Destiny, é mexicana, é inteligente. Quando Josh nos apresentou, ela ficou tão assustada com minhas tatuagens, que seus olhos se arregalaram... Parecia que ia cair dura de horror, ali mesmo, só por estar perto de mim.
— Você acha que Destiny vai aceitar seu pedido de namoro... Se souber que você se engajou numa gangue? — pergunto. Nenhuma resposta... E isso é bom. Sinal de que ele está pensando.
— Ela vai te dar um chute na bunda, antes que você possa dizer “beretta-calibre-25”.
Josh olha para a foto, na parede.
— Pergunte a Destiny onde ela pretende fazer a faculdade, Josh. Aposto que ela tem um projeto de vida. E se você tiver um projeto parecido, vocês poderão ficar juntos.
Meu irmão me olha. Está no meio de uma guerra consigo mesmo. Agora, terá de escolher entre o caminho que parece o mais fácil, que é entrar para a gangue, e todas as outras coisas que ele tanto deseja, mas são tão difíceis... Tal como ficar com Destiny, estudar e construir uma vida diferente.
— Pare de andar com Wil — eu digo. — Encontre novos amigos, entre para o time de futebol da escola, ou qualquer coisa parecida. Comece a agir como um cara decente e me deixe cuidar do resto.
Guardo a Beretta na cintura do meu jeans e saio de casa, em direção ao armazém.

~*~

O próximo chapter tem revelações Muuaahahaha kkk comentem, ok?

Answers:

Demetria Devone Lovato: Postei ^^ Com certeza!! Eu realmente fiquei animada, e a ultima coisa que eu quero é fazer um curso que eu não goste :s Eu ganhei 3 ovos, mas 2 deles foi meu tio que deu  :DD kkkkk
Fã Forever: Que ovos você ganhou? :D Sim, mas ela tem sorte da Demi apoiar e amar tanto ela.
Será? hahaha Postei ^^

2 comentários:

  1. Não ganhei ovos nao so caixa de chocolate 2 ;; uma da Nestle e a outra da GAROTO ... "REVELAÇÕES" quer me matar de ansiedade, parabens esta fazndo um Otimo trabalho, brincando POSTA LOGO

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  2. PERFEITO
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    adorei a vingança do Joe kkkkkkk
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    Beijos

    Quer dar seu tio pra mim???
    É isso mesmo faça uma coisa que você goste, por que se você gosta daquilo você vai se dar bem no seu trabalho não importa o que você faça, mas se você fizer uma coisa que não gosta, você nunca vai ter vontade de trabalhar com vontade para aquilo dar certo!

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