domingo, 29 de setembro de 2013

Easy – Capítulo 25

Enquanto eu dirigia para o apartamento de Joseph do domingo à noite, eu revi as inúmeras razões pelas quais aparecer sem aviso prévio e sem ser convidada foi uma má ideia: ele pode não estar lá, ele pode estar ocupado, ele pensa que me assustou, ele acha que disse adeus. Por outro lado, eu só ficaria na cidade até a manhã de terça-feira, e eu não podia deixar ele me dispensar sem lutar.
Depois que eu bati, eu ouvi a volta da maçaneta e então a voz áspera de Joseph pela porta.
— Quem é, Carlie? Não pode apenas abrir a porta...
— É uma garota. — A porta se abriu e uma bonita loira, de olhos escuros foi emoldurada na porta. Ela piscou para mim, claramente à espera de uma explicação de quem eu era e o que eu queria. Eu não podia falar. Eu tinha certeza de que meu coração tinha se alojado no meu esôfago e parou de bater.
Joseph apareceu ao lado dela, carrancudo. Quando ele me viu, levantou as sobrancelhas para o cabelo caindo sobre a testa.
— Demetria? O que você está fazendo aqui?
Meu coração acelerou para a vida e eu me virei para romper escadas abaixo. De repente eu estava no ar, meus braços presos em seu aperto, balançando-me no degrau mais alto quando ele trouxe-me contra seu peito e eu quase pisei no peito de seu pé.
— Ela é Carlie Heller. — Ele disse em meu ouvido, e eu acalmei. — Seu irmão Caleb está lá dentro, também. Estamos jogando video game.
Meu coração ainda batia pela luta ou fuga, conforme suas palavras afundaram em mim, eu caí contra ele, sentindo como uma idiota ciumenta. Eu deixei minha testa em seu peito. Seu coração estava batendo tão forte quanto o meu.
— Sinto muito! — Eu murmurei contra sua suave camiseta. — Eu não deveria ter vindo.
— Talvez você não devesse ter vindo sem me dizer, mas eu não posso estar triste de ver você.
Eu olhei para cima.
— Mas você disse...?
Seus olhos eram de prata sob a luz da varanda.
— Eu estou tentando proteger você. De mim mesmo. Eu não faço... — Ele balançou um dedo para trás e para frente entre nós. — Isso.
Meus dentes batiam quando eu falava.
— Isso não faz qualquer sentido. Só porque você não fez antes não significa que você não possa. — Tarde demais, eu compreendi uma razão diferente, mais provável para suas palavras. — A menos que... Você não queira.
Ele suspirou e soltou o meu braço para passar ambas as mãos em seu cabelo.
— Não é... Que...
— Brrr! Vocês vem, ou o que? Porque eu estou fechando a porta. — Olhei ao redor de Joseph. Carlie Heller parecia jovem, mas ela não parecia tão jovem. Ela não parecia ressentida, porém. E ela parecia estar curiosa.
— Bem, você pediu por isso. — Passando os dedos pelos meus, Joseph voltou para a porta e empurrou-a mais aberta. — Estamos indo.
Carlie correu para um canto do sofá, onde Francis estava em um cobertor. Levantando-o, ela o deixou por cima do ombro como se fosse um objeto inanimado. Depois de ficar sob o cobertor, ela reorganizou o gato no colo e pegou o controle. Próximo a ela estava um menino carrancudo com os mesmos olhos escuros, um pouco mais jovens do que (mas tão mal-humorado como) meus meninos do ensino médio.
— Tire o dia todo. — Ele murmurou na direção de Joseph.
— Rude! — Carlie lhe deu uma cotovelada e ele revirou os olhos.
Joseph pegou o controle da almofada do sofá, gesticulando para eu sentar no canto oposto à Carlie.
— Caras, essa é minha amiga, Demetria. Demetria, esses macacos são Caleb e Carlie Heller. — Carlie e eu trocamos “olás e Caleb resmungou algo em minha direção. Eu puxei meus pés abaixo de mim e assisti ao jogo sobre a cabeça de Joseph.
Quando Carlie ganhou de Caleb quinze minutos mais tarde, o seu mau humor não tinha diminuído. Ele olhou para mim.
— Eu não posso ter garotas sozinho em meu quarto.
Carlie golpeou a parte de trás de sua cabeça.
— Cale-se! Joseph é um adulto, e você é apenas um pré-adolescente com tesão.
Eu tentei disfarçar meu riso como uma tosse quando o rosto de Caleb ficou vermelho, e se ele atirou através da porta e bateu ao descer os degraus.
Carlie virou-se para abraçar Joseph e sorrir para mim.
— Tenham uma boa noite! — Ela cantarolou, desaparecendo pela porta.
Ele observou sua caminhada pelo quintal até entrarem na casa, dizendo boa noite antes de fechar a porta e trancar. Ele virou-se, contra ela, e olhou para mim.
— Então. Eu pensei que nós dissemos que estávamos dando um tempo? — Ele não parecia zangado, mas ele não estava feliz, também.
— Você disse que nós estávamos dando um tempo.
Seus lábios se achataram.
— Você não tem que sair do dormitório durante várias semanas?
Fiquei no meu lugar no sofá, enrolada em um canto.
— Sim. Eu só estou aqui por mais dois dias.
Ele olhou para o chão, as palmas das mãos apoiadas na porta atrás dele.
Tentei engolir, mas não podia minha voz girando instável.
— Há algo que eu preciso dizer...
— Não é que eu não quero você. — Sua voz era suave, e ele não olhou para mim quando ele falou. — Eu menti, antes, quando eu disse que estava protegendo você. — Seu queixo subiu e olhamos um para o outro lado da sala. — Eu estou me protegendo. — Ele respirou visível, seu peito subindo e descendo. — Eu não quero ser o seu rebote, Demetria.
A memória da Operação Fase Bad Boy bateu em mim. Selena e Maggie tinham desenhado um plano para eu usar Joseph para superar Kennedy, como se ele não tivesse sentimentos de sua autoria, e eu tinha ido junto com elas. Eu não tinha ideia, então, que ele estava me observando todo o semestre.
Que uma vez que começou a falar, o seu interesse seria mais forte. Que, finalmente, ele sente a necessidade de se afastar de mim por causa da profundidade desses sentimentos, não porque ele não sentiu nada.
— Então por que você está assumindo esse papel? — Eu me desenrolei da bola pouco apertada que eu me tornei no canto do seu sofá, e atravessei a sala, lentamente. — Não é o que eu quero também. — Quando me aproximei, ele permaneceu congelado no lugar, sugando o piercing em seu lábio inferior.
Endireitando, ele olhou para mim como se ele achasse que eu poderia desaparecer na frente de seus olhos. Suas mãos subiram para embalar meu rosto.
— O que eu vou fazer com você?
Eu sorri para ele.
— Posso pensar em algumas coisas.

***

— O nome da minha mãe era Rosemary. Ela passou a usar Rose.
Sua divulgação me trouxe de volta à Terra. Deitada pressionada ao seu lado, eu tinha estado distraída traçando a pétala vermelha escura sobre seu coração, querendo saber como dizer a ele o que eu sabia. Ou se dizer.
— Você fez isso em memória dela? — Um caroço ficou preso na minha garganta enquanto meu dedo delineou o caule.
— Sim. — Sua voz era baixa e pesada no quarto escuro. Ele estava tão pesado com segredos que eu não conseguia imaginar como ele sobreviveu dia após dia, nunca compartilhar o fardo com ninguém. — E o poema no meu lado esquerdo. Ela escreveu. Para o meu pai.
Meus olhos ardiam. Não me admira que seu pai tivesse se desligado. Pelo que o Dr. Heller me disse, Ray Maxfield era uma pessoa lógica, analítica. Sua única exceção emocional deve ter sido sua esposa.
— Ela era uma poetisa?
— Às vezes.
Minha cabeça em seu braço, eu observava seu sorriso fantasma aparecer de perfil, e parecia diferente daquele ângulo. Seu rosto estava desalinhado, barba por fazer, e vários lugares do meu corpo ostentava a evidência disso se irritando levemente.
— Normalmente, ela era uma pintora.
Eu lutei para ignorar a minha consciência, que não iria sair tagarelando que eu deveria dizer a ele o que eu sabia. Que eu lhe devia a verdade.
— Então ela é responsável por todos esses genes artistas misturados com suas partes de engenharia, hein?
Passando para o lado, ele repetiu:
— Peças de Engenharia? Quais as partes que poderia ser? — Um sorriso travesso puxou na sua boca.
Eu arqueei uma sobrancelha e ele me beijou.
— Você tem alguma de suas pinturas? — Meus dedos seguiram uma órbita em torno da rosa, e o músculo duro por baixo flexionado, com o meu toque. Pressionando a minha mão em sua pele, eu absorvi o ritmo tum-tum do seu coração.
— Sim... Mas elas estão ou no armazém, ou exibido no lugar do Heller, uma vez que eles eram amigos íntimos de meus pais.
— Seu pai não é mais amigo deles?
Ele acenou com a cabeça, olhando meu rosto.
— Ele é. Eles foram a minha carona para casa no dia de Ação de Graças. Eles não podiam fazê-lo vir aqui, por isso a cada dois anos, eles todos vão para lá.
Pensei nos meus pais e os amigos e vizinhos com quem socializavam.
— Meus pais não têm amigos próximos o suficiente para serem incluídos nas férias atuais.
Ele olhou para o teto.
— Eles eram realmente próximos, antes.
Sua tristeza era tão tangível. Eu sabia naquele momento que ele não tinha trabalhado isso, não em todos os oito anos que se foram. Seu muro de proteção tornou-se uma fortaleza segurando-o como refém em vez de ser um santuário. Ele pode nunca se recuperar totalmente do horror do que aconteceu naquela noite, mas tinha que haver um ponto em que não o consumia.
— Joseph, eu preciso dizer uma coisa. — Seu coração batia na minha mão, lenta e constante.
Além de mudar o seu olhar para mim, ele não se moveu, mas eu senti a sua retirada enquanto ele esperava. Assegurei-me de que o desligamento foi tudo da minha mente, um produto da minha culpa e nada mais.
— Eu queria saber como você perdeu a sua mãe, e eu poderia dizer que você se aborreceu de falar sobre isso. Então... Eu olhei on-line o seu obituário. — Minha respiração estava superficial enquanto os segundos passavam e ele não disse nada.
Finalmente, ele falou, e sua voz era inegavelmente plana e fria.
— Você achou sua resposta?
Engoli em seco, mas a minha voz era um sussurro.
— Sim. — Eu não podia me ouvir sobre o baque rápido das batidas do meu coração.
Ele desviou os olhos de mim e deitou-se, mordendo o lábio, duro.
— Há mais uma coisa.
Ele inalou e exalou, olhando para o teto, esperando minha próxima confissão.
Fechei os olhos e soltei-a.
— Eu conversei com o Dr. Heller sobre isso...
— O que? — Seu corpo era como pedra contra o meu.
— Joseph, me desculpe se eu invadi a sua privacidade...
— Se? — Ele se levantou rapidamente, incapaz de olhar para mim, e eu me sentei, puxando as cobertas comigo. — Por que você foi falar com ele? Não eram os detalhes das reportagens revoltantes o suficiente para você? Ou pessoal suficiente? — Ele puxou a cueca e calça jeans, seus movimentos ásperos. — Você quer saber como ela estava quando a encontraram? Como ela sangrou? Como até mesmo quando meu pai arrancou o carpete com suas mãos nuas? — Ele exalou duramente. — Havia um círculo de jardas de largura de piso manchado de sangue por baixo que não podia ser lixado o suficientemente profundo para tirar tudo? — Sua voz quebrou e ele parou de falar.
Em estado de choque e sem palavras, eu mal podia respirar. Ele se sentou na beira da cama, em silêncio, com a cabeça entre as mãos. Ele estava tão perto que eu podia estender a mão para acariciar a cruz que corria ao longo de sua coluna vertebral, mas não tive coragem. Eu cuidadosamente fugi da cama e me vesti. Eu puxei minhas UGGs e caminhei até ficar ao pé da cama.
Seus cotovelos pressionados em suas coxas, suas mãos obscurecendo seu rosto como viseiras. Eu olhei para o cabelo escuro e deslizei para seus ombros, a flexão dos músculos de seu braço e a tinta circulando seu bíceps e descendo até seu antebraço, seu torso bonito e magro e as palavras gravadas em seu lado como um marca.
— Você quer que eu vá embora? — Eu me surpreendi, pronunciando as palavras com uma voz firme.
Eu não sei por que eu pensei que ele ia dizer não, ou dizer nada. Eu estava errada, de qualquer forma.
— Sim.
As lágrimas começaram a fluir em seguida, mas ele não podia vê-las. Ele não se moveu de sua posição na cama. Eu não poderia mesmo estar com raiva, porque eu cruzei uma linha e eu sabia disso, e bem intencionada não era bom o suficiente. Peguei minha bolsa e as chaves da mesa da cozinha e meu casaco do sofá, orelhas em pé para o som dele vindo depois de mim, me dizendo para ficar. Não havia nada além de silêncio de seu quarto.
Quando eu abri a porta, Francis disparou dentro, junto com uma rajada de ar frio. Eu puxei a porta atrás de mim antes de um soluço quebrar livre. Engolindo o ar frio e perguntando como eu tinha conseguido estragar tudo completamente, eu estava determinada a não chorar, até eu estar na minha caminhonete. Enfiei minha mão ao longo do corrimão enquanto eu corria desajeitadamente, porque eu não podia ver através da combinação de uma noite sem lua e as minhas lágrimas. Uma lasca perfurou minha mão a dois passos do chão.
— Ai! Merda! — A dor física foi a desculpa ideal para começar a soluçar. Eu corri para baixo para a calçada, longa e curva, sem sucesso na minha tentativa de conter minhas lágrimas o suficiente para entrar na caminhonete. — Droga! Droga! Droga! Foda-se! — Enfiei minha chave na fechadura pelo tato.
Déjà vu. Essa foi à primeira coisa que pensei quando me senti impelida através do assento do banco. Que foi onde a semelhança terminou, embora. Buck fechou a porta atrás dele e bateu o bloqueio automático. Seu peso imobilizando minhas pernas e ele tinha meu pulso esquerdo em sua mão antes que eu pudesse perceber quem ele era, embora soubesse.
— Boa o suficiente para espalhar suas pernas para alguém além de mim, hein Demi?


~*~

Só falta mais 2 capítulos e o Epílogo... Então essa semana eu faço uma pequena maratona pra postar os 3 juntos, ok?!

4 comentários:

  1. aiii meu Deus e agora ??? aaargh eu vou matar esse Buck q odiiiiio aaaaa posta logoo to anciosaaa... joseph vai mata-lo

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  2. OMG Nao eles chatearam-se e o Buck voltou OMG
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    Beijos
    Ansiosa para a maratona

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  3. AHHHHHHHHHHH, NÃO ACREDTO QUE O BUCK VI FAZER ALGO COM A DEMI , O JOE VAI TER QUE FAZER ALGUMA COISA!

    Amore, tem selinho pra vc >>>> http://jemilovely.blogspot.com.br/2013/09/divulgacao-e-selinho.html <<<

    POSSTA LOGOO S2
    BJS

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  4. estou ansiosa, eu sempre comentava em anony entao decidi criar uma conta hehe.. estou anciosa para o final, ainda não conseguir imaginar um fim para ela hsshsk você postará a outra logo depois ou?

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