— Não temos água quente — Kara murmurou da
escrivaninha.
— Já me falaram.
Meu celular vibrou e o abri em um toque — era uma
mensagem de texto da Selena amaldiçoando as caldeiras. Alguns instantes depois,
alguém batia à porta.
Selena entrou e se jogou na minha cama, de braços
cruzados.
— Dá pra acreditar nessa merda? Pagamos uma
fortuna e não podemos nem tomar um banho quente?
Kara soltou um suspiro.
— Pare de choramingar. Por que você não vai ficar
com o seu namorado? Não é o que você tem feito mesmo?
Selena voltou o olhar rapidamente na direção da
minha colega de quarto.
— Boa ideia, Kara. O fato de você ser uma vaca vem
a calhar às vezes.
Kara continuou olhando para o monitor do computador, sem se
abalar com o ataque.
Selena pegou o celular e digitou uma mensagem de
texto com velocidade e precisão incríveis. O celular vibrou e ela sorriu para
mim.
— Nós vamos ficar no apartamento do Nick e do Joe
até consertarem as caldeiras.
— O quê? Eu não vou! — gritei.
— Ah, vai sim! Não tem por que você ficar presa
aqui, congelando no chuveiro, quando o Joseph e o Nick têm dois banheiros no
apê deles.
— Mas eu não fui convidada.
— Eu estou convidando você. O Nick já falou que
tudo bem. Você pode dormir no sofá... se o Joseph não for usar.
— E se ele for?
Selena deu de ombros.
— Aí você pode dormir na cama dele.
— De jeito nenhum!
Ela revirou os olhos.
— Não seja infantil, Demi. Vocês são amigos,
certo? Se ele não tentou nada até agora, acho que não vai tentar.
As palavras dela me fizeram calar a boca na hora.
Joseph tinha ficado perto de mim de uma forma ou de outra todas as noites
durante semanas. Estive tão ocupada me certificando de que todo mundo soubesse
que éramos apenas amigos que não me ocorreu que ele realmente estava
interessado somente em nossa amizade. Eu não sabia ao certo o motivo, mas me
senti insultada.
Kara nos olhou com descrença.
— Joseph Jonas não tentou levar você pra cama?
— Nós somos amigo!
— falei em tom defensivo.
— Eu sei, mas ele nem tentou? Ele já transou com todo
mundo...
— Menos com a gente — disse Selena, olhando para ela.
— E com você.
Kara deu de ombros.
— Bom, nunca nem o conheci, só ouvi falar dele.
— Exatamente — retruquei. — Você nem conhece o Joseph.
Kara voltou a olhar para o monitor, ignorando nossa
presença. Soltei um suspiro.
— Tudo bem, Sel. Preciso arrumar uma mala.
—Coloque coisas para alguns dias. Vai saber quanto
tempo vão levar para consertar as caldeiras — ela disse, completamente animada.
O medo tomou conta de mim, como se eu estivesse
prestes a entrar sorrateiramente em território inimigo.
—Ai... tudo bem.
América deu pulinhos e me abraçou.
— Isso vai ser tão divertido
Meia hora depois, colocamos nossas malas no Honda dela
e nos dirigimos para o apartamento dos meninos. Selena mal respirava entre suas
divagações enquanto dirigia. Tocou a buzina quando diminuiu a velocidade e
parou no estacionamento, na vaga de sempre. Nicholas desceu apressado os
degraus, pegou nossas malas e foi atrás de nós enquanto subíamos as escadas.
— A porta está aberta — disse ele, ofegante.
Selena empurrou a porta e a segurou aberta. Nicholas
resmungou quando largou nossa bagagem no chão.
— Nossa, baby! Sua mala pesa uns dez quilos a mais que
a da Demi!
Selena e eu ficamos paralisadas quando uma mulher saiu
do banheiro, abotoando a blusa.
— Oi—disse ela, surpresa.
Os olhos manchados de rímel nos examinaram antes de
pousarem na nossa bagagem. Eu a reconheci: era a morena de pernas longas que
Joseph tinha seguido do refeitório. Selena lançou um olhar fulminante para Nicholas, que ergueu as mãos
e disse:
— Ela está com o Joseph!
Joseph surgiu de cueca e bocejou. Ele olhou para
sua convidada e lhe deu um tapinha na bunda.
— Minhas amigas chegaram. É melhor você ir embora.
Ela sorriu e o abraçou, beijando-o no pescoço.
— Vou deixar o número do meu telefone na bancada da
cozinha.
— Hum... não precisa — ele respondeu em tom
casual.
— O quê? — ela perguntou, reclinando-se para olhar
nos olhos dele.
— Toda vez é a mesma coisa! — Selena disse e olhou
para a mulher.
— Como você pode ficar surpresa com isso? Ele é a
droga do Joseph Jonas! O cara é famoso exatamente por isso, e todas às vezes
vocês ficam surpresas! — disse ela, voltando-se para Nicholas, que a abraçou
fazendo um gesto para que ela se acalmasse.
A garota franziu os olhos para Joseph, pegou a
bolsa e saiu tempestivamente, batendo a porta com força. Ele entrou na cozinha
e abriu a geladeira, como se nada tivesse acontecido.
Selena balançou a cabeça e seguiu pelo corredor.
Nicholas foi atrás dela, fazendo um ângulo com o corpo para compensar o peso da
mala dela enquanto seguia a namorada.
Eu me joguei na cadeira reclinável e suspirei, me
perguntando se era maluca por concordar em vir. Não tinha me tocado que o
apartamento do Nicholas tinha alta rotatividade de periguetes sem noção.
Joseph estava sorrindo, parado atrás da bancada da
cozinha, com os braços cruzados sobre o peito.
— Qual o problema, Flor? Dia ruim?
— Não, só estou completamente indignada.
— Comigo?
Ele sorria. Eu devia saber que ele estava
esperando por essa conversa. Isso só me atiçou a falar.
— É, com você. Como você pode usar alguém assim,
tratá-la desse jeito?
— Como foi que eu a tratei? Ela quis me dar o
número do telefone, eu não aceitei.
Meu queixo caiu com a ausência de remorso dele.
— Você pode transar com a garota, mas não pode pegar
o número do telefone dela?
Joseph apoiou os cotovelos na bancada.
— Por que eu ia querer o número dela se não vou
ligar?
— Por que você foi pra cama com ela se não vai
ligar?
— Não prometo nada pra ninguém, Flor. Ela não
exigiu relacionamento sério antes de abrir as pernas no meu sofá.
Olhei com nojo para o sofá.
— Ela é filha de alguém, Joseph. E se, no futuro,
alguém tratar a sua filha desse jeito?
— É melhor a minha filha não sair por aí tirando a
roupa pra qualquer idiota que ela acabou de conhecer.
Cruzei os braços com raiva, porque o que ele tinha
dito fazia sentido.
— Então, além de admitir que você é um idiota,
está dizendo que, por ela ter dormido com você, merece ser enxotada como um
gato de rua?
— Estou dizendo que fui honesto com ela. Ela é
adulta, foi consensual... E ela não hesitou nem por um segundo, se você quer
saber. Você esta agindo como se eu tivesse cometido um crime.
— Ela não parecia saber das suas intenções, Joseph.
— As mulheres em geral justificam seus atos com
coisas da cabeça delas. Ela não me disse logo de cara que esperava um
relacionamento, assim como eu não disse a ela que esperava sexo casual. Qual é
a diferença?
— Você é um canalha.
Joseph deu de ombros.
— Já fui chamado de coisa pior.
Fiquei encarando o sofá, com as almofadas ainda
fora de lugar e amontoadas por causa do uso recente. Eu me contorci só de
pensar em quantas mulheres haviam se entregado a ele ali, sobre o tecido — que
pinicava, além de tudo.
— Acho que vou dormir aqui na cadeira reclinável
mesmo — murmurei.
— Por quê?
Fulminei Joseph com o olhar, furiosa com sua
expressão confusa.
— Não vou dormir naquela coisa! Só Deus sabe em
cima do que eu estaria dormindo!
Ele ergueu minha bagagem do chão.
— Você não vai dormir aí na cadeira nem no sofá.
Vai dormir na minha cama.
— Que deve ser ainda menos higiênica do que o
sofá, com certeza.
— Nunca levei ninguém para a minha cama.
Revirei os olhos.
— Dá um tempo!
— Estou falando muito sério. Eu trepo com elas no
sofá. Não deixo que entrem no meu quarto.
— Então por que eu posso ficar na sua cama?
Ele ergueu um canto da boca em um sorriso
malicioso.
— Está planejando transar comigo hoje à noite?
— Não!
— Eis o porquê. Agora levante o rabo mal-humorado
daí, vá tomar um banho quente e depois vamos estudar um pouco de biologia.
Olhei irritada para ele por um instante e então,
relutante, fiz o que ele mandou. Fiquei embaixo do chuveiro por bastante tempo,
deixando que a água levasse embora a minha raiva. Massageando o xampu no
cabelo, soltei um suspiro pela sensação maravilhosa de estar em um banheiro não
comunitário novamente — nada de chinelos e sacola com as coisas de banho,
apenas a mistura relaxante de vapor e água. A porta se abriu e dei um pulo.
— Sel?
— Não, sou eu — disse Joseph.
Automaticamente envolvi com os braços as partes do
corpo que não queria que ele visse.
—O que você está fazendo? sai daqui!
— Você esqueceu de pegar a toalha, e eu trouxe
suas roupas, sua escova de dente e um creme facial esquisito que achei na sua
bolsa.
— Você mexeu nas minhas coisas? — perguntei, com
um gritinho meio agudo.
Ele não respondeu. Em vez disso, ouvi Joseph abrir
a torneira e começar a escovar os dentes: Dei uma espiada pela cortina de
plástico, mantendo-a junto ao peito.
— Vai embora, Joseph.
Ele ergueu o olhar para mim, com os lábios
cobertos de espuma da pasta de dentes.
— Não posso dormir sem escovar os dentes.
— Se você chegar a meio metro dessa cortina, vou
arrancar seus olhos quando você estiver dormindo.
— Não vou espiar, Flor — disse ele, dando uma
risadinha.
Fiquei esperando debaixo da água com os braços bem
apertados em volta do peito. Ele cuspiu, bochechou, cuspiu de novo e depois a
porta se fechou. Eu me enxaguei, me sequei o mais rápido possível, vesti a
camiseta e o short, coloquei os óculos e penteei o cabelo. Vi o hidratante de
uso noturno que Joseph tinha levado até o banheiro e não consegui conter um
sorriso. Ele era atencioso e quase gentil quando queria.
Joseph abriu a porta de novo.
— Anda logo, Flor vou apodrecer de tanto esperar
aqui!
Joguei meu pente nele, mas ele conseguiu desviar,
fechando a porta e rindo sozinho até chegar ao quarto. Escovei os dentes e fui
arrastando os pés pelo corredor. No caminho, passei pelo quarto de Nicholas. — Boa noite, Demi — disse Selena do escuro.
— Boa noite, Sel.
Hesitei antes de bater duas vezes, suavemente, na porta
do quarto de Joseph.
— Entra, Flor. Não precisa bater.
Ele abriu a porta e eu entrei. Vi a cama de ferro
preta disposta paralelamente às janelas do outro lado do quarto. Nas paredes
não havia nada além de um sombreiro acima da cabeceira da cama. Eu meio
que esperava que o quarto dele estivesse repleto de pôsteres de mulheres
peladas, mas não havia nem uma propaganda de cerveja. A cama era preta; o
carpete, cinza, e tudo o mais no quarto era branco. Parecia que ele tinha
acabado de se mudar.
— Gostei do pijama — disse Joseph, a me ver com meu
short xadrez amarelo e azul-marinho e a camiseta cinza da Eastern. Ele se
sentou na cama e deu umas batidinhas no travesseiro a seu lado. — Bem, pode
vir. Não vou te morder.
— Não tenho medo de você — falei, indo até a cama e
largando o livro de biologia ao lado dele. — Você tem uma caneta?
Ele apontou com a cabeça para a mesa de cabeceira.
— Na gaveta de cima.
Eu me estendi até o outro lado da cama, abri a gaveta
e achei três canetas, um lápis, um tubo de KY e um pote de vidro do qual
transbordavam diferentes marcas de camisinha. Revoltada, peguei a caneta e
fechei a gaveta com força.
— Que foi? — ele quis saber, virando uma página do
livro.
— Você assaltou um posto de saúde?
— Não, por quê?
Tirei a tampa da caneta, sem conseguir esconder a
expressão indignada.
— Por causa do seu suprimento de camisinhas pra uma
vida inteira.
— É melhor prevenir do que remediar, certo?
Revirei os olhos. Joseph se voltou às páginas, e um
sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios. Ele leu as anotações para mim,
ressaltando os pontos principais
enquanto me fazia perguntas e, com paciência, me explicava o que eu não
entendia.
Depois de uma hora, tirei os óculos e esfreguei os
olhos.
— Estou acabada. Não consigo memorizar nem mais
uma macromolécula.
Joseph sorriu e fechou o livro.
— Tudo bem.
Parei um pouco, sem saber como dormiríamos. Joseph
saiu do quarto, cruzou o corredor e falou algo ininteligível para Nicholas no
quarto dele antes de ligar o chuveiro. Virei às cobertas e puxei-as até o
pescoço, ouvindo o chiado agudo da água no encanamento.
Dez minutos depois, a água parou de correr e ouvi
o assoalho ranger sob os passos de Joseph. Ele entrou no quarto com uma toalha
enrolada nos quadris. Tinha tatuagens nos dois lados do peito, e tribais em
preto cobriam ambos os ombros salientes. No braço direito, linhas negras e
símbolos se estendiam do ombro até o pulso. No esquerdo, as tatuagens
terminavam no cotovelo, com uma única linha manuscrita na parte de baixo do
antebraço. Fiquei de costas para Joseph enquanto ele deixava a toalha cair na
frente da cômoda e vestia a cueca. Depois desligou a luz e deitou na cama ao
meu lado.
—Você vai dormir aqui também? — perguntei, me
virando para olhar para ele.
A lua cheia refletia através da janela e lançava
sombras no rosto dele.
— Bem, vou. Aqui é minha cama.
— Eu sei, mas eu...
Parei de falar por um instante. Minhas únicas
opções eram o sofá ou a cadeira reclinável.
Joseph abriu um sorriso e balançou a cabeça.
— Não confia em mim ainda? Juro que vou me
comportar muito bem — disse, levantando os dedos de um modo que tenho certeza
de que os escoteiros nunca consideraram usar para fazer um juramento.
Não discuti, simplesmente me virei e descansei a
cabeça no travesseiro, enfiando as cobertas atrás de mim a fim de criar uma
barreira clara entre o corpo dele e o meu.
— Boa noite, Beija-Flor — ele sussurrou no meu
ouvido.
Eu podia sentir seu hálito de menta na minha face,
o que fez cada centímetro do meu corpo arrepiar. Ainda bem que estava muito
escuro e ele não pôde ver minha reação embaraçosa, ou o rubor que tomou conta
do meu rosto logo em seguida.
***
Parecia que eu tinha acabado de fechar os olhos
quando ouvi o despertador estiquei-me para desligá-lo, mas puxei a mão de volta
horrorizada ao sentir uma pele morna sob os dedos. Tentei lembrar onde estava.
Quando dei por mim, fiquei mortificada de que Joseph pudesse pensar que eu
tinha feito isso de propósito.
—Joseph? O despertador — sussurrei para ele, que
não se mexia. —Joseph! — repeti, cutucando-o.
Como ele ainda não se mexia, estiquei a mão por
cima dele, tateando sob a iluminação fraca até sentir a parte de cima do
despertador. Não sabendo ao certo como desligá-lo, bati no relógio até acertar
o botão de soneca, depois caí bufando no travesseiro.
Joseph deu uma risadinha.
— Você estava acordado?
— Prometi que ia me comportar. Não falei nada
sobre deixar você se deitar em cima de mim.
— Eu não me deitei em cima de você — protestei. —
Eu não conseguia alcançar o relógio. Esse deve ser o alarme mais irritante que
já ouvi em toda minha vida! Parece o som de um animal morrendo!
Ele estendeu a mão e apertou um botão.
— Quer tomar café?
Olhei irritada para ele e balancei a cabeça em
negativa.
— Não estou com fome.
— Bom, eu estou. Por que você não vai comigo de
moto até a cafeteria?
— Acho que eu não consigo lidar com a sua falta de
habilidade na direção tão cedo pela manhã — respondi.
Girei os pés até a lateral da cama e os enfiei nos
chinelos, arrastando-me até a porta.
— Aonde você vai? — ele quis saber.
— Vou me vestir e ir pra aula. Você precisa de um
itinerário meu enquanto eu estiver aqui?
Joseph se espreguiçou e então veio andando na
minha direção, ainda de cueca.
— Você é sempre tão temperamental assim, ou isso
vai parar quando você acreditar que eu não estou arquitetando nenhum plano para
transar com você?
Então ele colocou as mãos em concha nos meus
ombros e senti seus polegares acariciarem minha pele.
— Eu não sou temperamental.
Ele se inclinou mais próximo de mim e sussurrou ao
meu ouvido:
— Não quero transar com você, Flor. Gosto demais
de você para isso.
Então foi caminhando até o banheiro. Fiquei
parada, perplexa. As palavras de Kara ficavam se repetindo na minha cabeça.
Joseph Jonas transava com qualquer uma; eu não conseguia evitar a sensação de
inferioridade ao saber que ele não tinha vontade nem de tentar transar comigo.
A porta se abriu de novo, e Selena foi entrando.
— Acorda, dorminhoca! — disse ela, sorrindo e
bocejando.
— Você está parecendo sua mãe, Sel — resmunguei,
revirando a mala.
— Aaah... alguém passou a noite em claro?
— Ele mal respirou na minha direção — falei, em
tom azedo.
Um sorriso sagaz iluminou o rosto de Selena.
—Ah.
— Ah, o quê?
— Nada — disse
— Nada — disse ela, voltando ao quarto de Nicholas.
Joseph estava na cozinha, cantarolando uma música
qualquer enquanto preparava ovos mexidos.
— Tem certeza que não quer um pouco? — ele me
perguntou.
— Tenho sim. Mas obrigada.
Nicholas e Selena entraram na cozinha, e Nicholas
tirou dois pratos do armário, segurando-os enquanto Joseph colocava uma pilha
de ovos fumegantes em cada um. Nick pôs os pratos na bancada, e ele e Selena se
sentaram lá juntos, saciando outro tipo de apetite, já que muito provavelmente
tinham se saciado em outros termos na noite anterior.
— Não me olhe assim, Nick. Sinto muito, eu só não
quero ir - disse Selena.
— Baby, a Casa dá uma festa de casais duas vezes por
ano — ele falou enquanto mastigava. — Falta um mês ainda. Você vai ter muito
tempo para achar um vestido e fazer todas essas coisas de garotas.
— Eu iria, Nick... É muito fofo da sua parte... Mas
não conheço ninguém lá.
— Um monte de garotas que vai na festa não conhece um
monte de gente que vai estar lá — disse ele, surpreso com a rejeição dela.
Selena desabou na cadeira.
— As vadiazinhas das irmandades são convidadas pra
essas coisas. Todas elas se conhecem... Vai ser estranho.
— Ah, não, Sel. Não quero ir sozinho nessa festa.
— Bom... talvez se você encontrasse alguém para levar
a Demi na festa — disse ela, olhando para mim e depois para o Joseph.
Joseph ergueu uma sobrancelha e Nicholas balançou a
cabeça em negativa.
— O Joe não vai em festa de casais. É o tipo de festa
em que você leva à namorada... e o Joseph não... você sabe.
Selena deu de ombros.
— A gente podia arranjar alguém pra ir com ela.
Franzi os olhos para ela.
— Eu estou escutando, sabia?
Selena fez a cara para a qual sabia que eu não
conseguia dizer não.
— Por favor, Demi. A gente vai achar um cara legal
e divertido, e eu te garanto que vai ser um gato. Juro que você vai se
divertir! Quem sabe você até fique com ele...
Joseph jogou a frigideira na pia.
— Eu não disse que não vou levar a Demi na festa.
Revirei os olhos.
— Não me faça nenhum favor, Joseph.
— Não foi isso que eu quis dizer, Flor. Festas de
casais são para os caras com namorada, e todo mundo sabe que eu não namoro. Mas
não vou ter que me preocupar com a possibilidade de você esperar um anel de
noivado depois da festa.
Selena fez biquinho.
— Por favor, por favor, Demi!
— Não olhe pra mim desse jeito! — reclamei. — O
Joseph não quer ir, eu não quero ir... Não vamos nos divertir.
Joseph cruzou os braços e se apoiou na pia.
— Eu não disse que não queria ir. Acho que seria
divertido se nós quatro fôssemos — ele deu de ombros.
Todos me olharam, e me encolhi.
— Por que não ficamos por aqui?
Selena fez biquinho e Nicholas se inclinou para
frente.
— Porque eu tenho que ir, Demi. Sou calouro. Tenho
que garantir que tudo corra direitinho na festa, que todo mundo tenha uma
cerveja na mão, coisas do tipo.
Joseph cruzou a cozinha e envolveu meus ombros com
o braço, me puxando para o lado dele.
— Vamos lá, Flor. Você vai comigo à festa?
Olhei para a Selena, depois para o Nicholas e, por
fim, para o Joseph.
— Vou — suspirei.
Selena soltou um gritinho e me abraçou. Depois
senti a mão do Nicholas nas minhas costas.
— Valeu, Demi! — ele disse.
~*~
Se tiver comentário até amanhã a tarde, eu posto outro capítulo no Domingo (:
Comentem, jujubos <33
Answer:
Demetria Devone Lovato: Tenha paciência u_u A Demi é lerda pra entender o que está rolando entre os dois kkkkk Olha, o Finch é o melhor amigo gay dela e da Selena. Postei, bjos :*
PERFEITO
ResponderExcluirmelhor amiga sempre convence a gente a fazer as coisas né? kkkkkk
Posta Logo
Finch amigo gay já adorei kkkkkk
Beijos
posta logo, faz maratona, pf, estou completamente apaixonada por essa fic
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