sábado, 25 de maio de 2013

Capítulo 2 – Canalha (Parte 2/2)

— Não temos água quente — Kara murmurou da escrivaninha.
— Já me falaram.
Meu celular vibrou e o abri em um toque — era uma mensagem de texto da Selena amaldiçoando as caldeiras. Alguns instantes depois, alguém batia à porta.
Selena entrou e se jogou na minha cama, de braços cruzados.
— Dá pra acreditar nessa merda? Pagamos uma fortuna e não podemos nem tomar um banho quente?
Kara soltou um suspiro.
— Pare de choramingar. Por que você não vai ficar com o seu namorado? Não é o que você tem feito mesmo?
Selena voltou o olhar rapidamente na direção da minha colega de quarto.
— Boa ideia, Kara. O fato de você ser uma vaca vem a calhar às vezes. 
Kara continuou olhando para o monitor do computador, sem se abalar com o ataque.
Selena pegou o celular e digitou uma mensagem de texto com velocidade e precisão incríveis. O celular vibrou e ela sorriu para mim.
— Nós vamos ficar no apartamento do Nick e do Joe até consertarem as caldeiras.
— O quê? Eu não vou! — gritei.
— Ah, vai sim! Não tem por que você ficar presa aqui, congelando no chuveiro, quando o Joseph e o Nick têm dois banheiros no apê deles.
— Mas eu não fui convidada.
— Eu estou convidando você. O Nick já falou que tudo bem. Você pode dormir no sofá... se o Joseph não for usar.
— E se ele for?
Selena deu de ombros.
— Aí você pode dormir na cama dele.
— De jeito nenhum!
Ela revirou os olhos.
— Não seja infantil, Demi. Vocês são amigos, certo? Se ele não tentou nada até agora, acho que não vai tentar.
As palavras dela me fizeram calar a boca na hora. Joseph tinha ficado perto de mim de uma forma ou de outra todas as noites durante semanas. Estive tão ocupada me certificando de que todo mundo soubesse que éramos apenas amigos que não me ocorreu que ele realmente estava interessado somente em nossa amizade. Eu não sabia ao certo o motivo, mas me senti insultada.
Kara nos olhou com descrença.
— Joseph Jonas não tentou levar você pra cama?
— Nós somos amigo! — falei em tom defensivo.
— Eu sei, mas ele nem tentou? Ele já transou com todo mundo...
— Menos com a gente — disse Selena, olhando para ela. — E com você.
Kara deu de ombros.
— Bom, nunca nem o conheci, só ouvi falar dele.
— Exatamente — retruquei. — Você nem conhece o Joseph.
Kara voltou a olhar para o monitor, ignorando nossa presença. Soltei um suspiro.
— Tudo bem, Sel. Preciso arrumar uma mala.
—Coloque coisas para alguns dias. Vai saber quanto tempo vão levar para consertar as caldeiras — ela disse, completamente animada.
O medo tomou conta de mim, como se eu estivesse prestes a entrar sorrateiramente em território inimigo.
—Ai... tudo bem.
América deu pulinhos e me abraçou.
— Isso vai ser tão divertido
Meia hora depois, colocamos nossas malas no Honda dela e nos dirigimos para o apartamento dos meninos. Selena mal respirava entre suas divagações enquanto dirigia. Tocou a buzina quando diminuiu a velocidade e parou no estacionamento, na vaga de sempre. Nicholas desceu apressado os degraus, pegou nossas malas e foi atrás de nós enquanto subíamos as escadas.
— A porta está aberta — disse ele, ofegante.
Selena empurrou a porta e a segurou aberta. Nicholas resmungou quando largou nossa bagagem no chão.
— Nossa, baby! Sua mala pesa uns dez quilos a mais que a da Demi!
Selena e eu ficamos paralisadas quando uma mulher saiu do banheiro, abotoando a blusa.
— Oi—disse ela, surpresa.
Os olhos manchados de rímel nos examinaram antes de pousarem na nossa bagagem. Eu a reconheci: era a morena de pernas longas que Joseph tinha seguido do refeitório. Selena lançou um olhar fulminante para Nicholas, que ergueu as mãos e disse:
— Ela está com o Joseph!
Joseph surgiu de cueca e bocejou. Ele olhou para sua convidada e lhe deu um tapinha na bunda.
— Minhas amigas chegaram. É melhor você ir embora.
Ela sorriu e o abraçou, beijando-o no pescoço.
— Vou deixar o número do meu telefone na bancada da cozinha.
— Hum... não precisa — ele respondeu em tom casual.
— O quê? — ela perguntou, reclinando-se para olhar nos olhos dele.
— Toda vez é a mesma coisa! — Selena disse e olhou para a mulher.
— Como você pode ficar surpresa com isso? Ele é a droga do Joseph Jonas! O cara é famoso exatamente por isso, e todas às vezes vocês ficam surpresas! — disse ela, voltando-se para Nicholas, que a abraçou fazendo um gesto para que ela se acalmasse.
A garota franziu os olhos para Joseph, pegou a bolsa e saiu tempestivamente, batendo a porta com força. Ele entrou na cozinha e abriu a geladeira, como se nada tivesse acontecido.
Selena balançou a cabeça e seguiu pelo corredor. Nicholas foi atrás dela, fazendo um ângulo com o corpo para compensar o peso da mala dela enquanto seguia a namorada.
Eu me joguei na cadeira reclinável e suspirei, me perguntando se era maluca por concordar em vir. Não tinha me tocado que o apartamento do Nicholas tinha alta rotatividade de periguetes sem noção.
Joseph estava sorrindo, parado atrás da bancada da cozinha, com os braços cruzados sobre o peito.
— Qual o problema, Flor? Dia ruim?
— Não, só estou completamente indignada.
— Comigo?
Ele sorria. Eu devia saber que ele estava esperando por essa conversa. Isso só me atiçou a falar.
— É, com você. Como você pode usar alguém assim, tratá-la desse jeito?
— Como foi que eu a tratei? Ela quis me dar o número do telefone, eu não aceitei.
Meu queixo caiu com a ausência de remorso dele.
— Você pode transar com a garota, mas não pode pegar o número do telefone dela?
Joseph apoiou os cotovelos na bancada.
— Por que eu ia querer o número dela se não vou ligar?
— Por que você foi pra cama com ela se não vai ligar?
— Não prometo nada pra ninguém, Flor. Ela não exigiu relacionamento sério antes de abrir as pernas no meu sofá.
Olhei com nojo para o sofá.
— Ela é filha de alguém, Joseph. E se, no futuro, alguém tratar a sua filha desse jeito?
— É melhor a minha filha não sair por aí tirando a roupa pra qualquer idiota que ela acabou de conhecer.
Cruzei os braços com raiva, porque o que ele tinha dito fazia sentido.
— Então, além de admitir que você é um idiota, está dizendo que, por ela ter dormido com você, merece ser enxotada como um gato de rua?
— Estou dizendo que fui honesto com ela. Ela é adulta, foi consensual... E ela não hesitou nem por um segundo, se você quer saber. Você esta agindo como se eu tivesse cometido um crime.
— Ela não parecia saber das suas intenções, Joseph.
— As mulheres em geral justificam seus atos com coisas da cabeça delas. Ela não me disse logo de cara que esperava um relacionamento, assim como eu não disse a ela que esperava sexo casual. Qual é a diferença?
— Você é um canalha.
Joseph deu de ombros.
— Já fui chamado de coisa pior.
Fiquei encarando o sofá, com as almofadas ainda fora de lugar e amontoadas por causa do uso recente. Eu me contorci só de pensar em quantas mulheres haviam se entregado a ele ali, sobre o tecido — que pinicava, além de tudo.
— Acho que vou dormir aqui na cadeira reclinável mesmo — murmurei.
— Por quê?
Fulminei Joseph com o olhar, furiosa com sua expressão confusa.
— Não vou dormir naquela coisa! Só Deus sabe em cima do que eu estaria dormindo!
Ele ergueu minha bagagem do chão.
— Você não vai dormir aí na cadeira nem no sofá. Vai dormir na minha cama.
— Que deve ser ainda menos higiênica do que o sofá, com certeza.
— Nunca levei ninguém para a minha cama.
Revirei os olhos.
— Dá um tempo!
— Estou falando muito sério. Eu trepo com elas no sofá. Não deixo que entrem no meu quarto.
— Então por que eu posso ficar na sua cama?
Ele ergueu um canto da boca em um sorriso malicioso.
— Está planejando transar comigo hoje à noite?
— Não!
— Eis o porquê. Agora levante o rabo mal-humorado daí, vá tomar um banho quente e depois vamos estudar um pouco de biologia.
Olhei irritada para ele por um instante e então, relutante, fiz o que ele mandou. Fiquei embaixo do chuveiro por bastante tempo, deixando que a água levasse embora a minha raiva. Massageando o xampu no cabelo, soltei um suspiro pela sensação maravilhosa de estar em um banheiro não comunitário novamente — nada de chinelos e sacola com as coisas de banho, apenas a mistura relaxante de vapor e água. A porta se abriu e dei um pulo.
— Sel?
— Não, sou eu — disse Joseph.
Automaticamente envolvi com os braços as partes do corpo que não queria que ele visse.
—O que você está fazendo? sai daqui!
— Você esqueceu de pegar a toalha, e eu trouxe suas roupas, sua escova de dente e um creme facial esquisito que achei na sua bolsa.
— Você mexeu nas minhas coisas? — perguntei, com um gritinho meio agudo.
Ele não respondeu. Em vez disso, ouvi Joseph abrir a torneira e começar a escovar os dentes: Dei uma espiada pela cortina de plástico, mantendo-a junto ao peito.
— Vai embora, Joseph.
Ele ergueu o olhar para mim, com os lábios cobertos de espuma da pasta de dentes.
— Não posso dormir sem escovar os dentes.
— Se você chegar a meio metro dessa cortina, vou arrancar seus olhos quando você estiver dormindo.
— Não vou espiar, Flor — disse ele, dando uma risadinha.
Fiquei esperando debaixo da água com os braços bem apertados em volta do peito. Ele cuspiu, bochechou, cuspiu de novo e depois a porta se fechou. Eu me enxaguei, me sequei o mais rápido possível, vesti a camiseta e o short, coloquei os óculos e penteei o cabelo. Vi o hidratante de uso noturno que Joseph tinha levado até o banheiro e não consegui conter um sorriso. Ele era atencioso e quase gentil quando queria.
Joseph abriu a porta de novo.
— Anda logo, Flor vou apodrecer de tanto esperar aqui!
Joguei meu pente nele, mas ele conseguiu desviar, fechando a porta e rindo sozinho até chegar ao quarto. Escovei os dentes e fui arrastando os pés pelo corredor. No caminho, passei pelo quarto de Nicholas. — Boa noite, Demi — disse Selena do escuro.
— Boa noite, Sel.
Hesitei antes de bater duas vezes, suavemente, na porta do quarto de Joseph.
— Entra, Flor. Não precisa bater.
Ele abriu a porta e eu entrei. Vi a cama de ferro preta disposta paralelamente às janelas do outro lado do quarto. Nas paredes não havia nada além de um sombreiro acima da cabeceira da cama. Eu meio que esperava que o quarto dele estivesse repleto de pôsteres de mulheres peladas, mas não havia nem uma propaganda de cerveja. A cama era preta; o carpete, cinza, e tudo o mais no quarto era branco. Parecia que ele tinha acabado de se mudar.
— Gostei do pijama — disse Joseph, a me ver com meu short xadrez amarelo e azul-marinho e a camiseta cinza da Eastern. Ele se sentou na cama e deu umas batidinhas no travesseiro a seu lado. — Bem, pode vir. Não vou te morder.
— Não tenho medo de você — falei, indo até a cama e largando o livro de biologia ao lado dele. — Você tem uma caneta?
Ele apontou com a cabeça para a mesa de cabeceira.
— Na gaveta de cima.
Eu me estendi até o outro lado da cama, abri a gaveta e achei três canetas, um lápis, um tubo de KY e um pote de vidro do qual transbordavam diferentes marcas de camisinha. Revoltada, peguei a caneta e fechei a gaveta com força.
— Que foi? — ele quis saber, virando uma página do livro.
— Você assaltou um posto de saúde?
— Não, por quê?
Tirei a tampa da caneta, sem conseguir esconder a expressão indignada.
— Por causa do seu suprimento de camisinhas pra uma vida inteira.
— É melhor prevenir do que remediar, certo?
Revirei os olhos. Joseph se voltou às páginas, e um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios. Ele leu as anotações para mim, ressaltando os pontos principais enquanto me fazia perguntas e, com paciência, me explicava o que eu não entendia.
Depois de uma hora, tirei os óculos e esfreguei os olhos.
— Estou acabada. Não consigo memorizar nem mais uma macromolécula.
Joseph sorriu e fechou o livro.
— Tudo bem.
Parei um pouco, sem saber como dormiríamos. Joseph saiu do quarto, cruzou o corredor e falou algo ininteligível para Nicholas no quarto dele antes de ligar o chuveiro. Virei às cobertas e puxei-as até o pescoço, ouvindo o chiado agudo da água no encanamento.
Dez minutos depois, a água parou de correr e ouvi o assoalho ranger sob os passos de Joseph. Ele entrou no quarto com uma toalha enrolada nos quadris. Tinha tatuagens nos dois lados do peito, e tribais em preto cobriam ambos os ombros salientes. No braço direito, linhas negras e símbolos se estendiam do ombro até o pulso. No esquerdo, as tatuagens terminavam no cotovelo, com uma única linha manuscrita na parte de baixo do antebraço. Fiquei de costas para Joseph enquanto ele deixava a toalha cair na frente da cômoda e vestia a cueca. Depois desligou a luz e deitou na cama ao meu lado.
—Você vai dormir aqui também? — perguntei, me virando para olhar para ele.
A lua cheia refletia através da janela e lançava sombras no rosto dele.
— Bem, vou. Aqui é minha cama.
— Eu sei, mas eu...
Parei de falar por um instante. Minhas únicas opções eram o sofá ou a cadeira reclinável.
Joseph abriu um sorriso e balançou a cabeça.
— Não confia em mim ainda? Juro que vou me comportar muito bem — disse, levantando os dedos de um modo que tenho certeza de que os escoteiros nunca consideraram usar para fazer um juramento.
Não discuti, simplesmente me virei e descansei a cabeça no travesseiro, enfiando as cobertas atrás de mim a fim de criar uma barreira clara entre o corpo dele e o meu.
— Boa noite, Beija-Flor — ele sussurrou no meu ouvido.
Eu podia sentir seu hálito de menta na minha face, o que fez cada centímetro do meu corpo arrepiar. Ainda bem que estava muito escuro e ele não pôde ver minha reação embaraçosa, ou o rubor que tomou conta do meu rosto logo em seguida.

***

Parecia que eu tinha acabado de fechar os olhos quando ouvi o despertador estiquei-me para desligá-lo, mas puxei a mão de volta horrorizada ao sentir uma pele morna sob os dedos. Tentei lembrar onde estava. Quando dei por mim, fiquei mortificada de que Joseph pudesse pensar que eu tinha feito isso de propósito.
—Joseph? O despertador — sussurrei para ele, que não se mexia. —Joseph! — repeti, cutucando-o.
Como ele ainda não se mexia, estiquei a mão por cima dele, tateando sob a iluminação fraca até sentir a parte de cima do despertador. Não sabendo ao certo como desligá-lo, bati no relógio até acertar o botão de soneca, depois caí bufando no travesseiro.
Joseph deu uma risadinha.
— Você estava acordado?
— Prometi que ia me comportar. Não falei nada sobre deixar você se deitar em cima de mim.
— Eu não me deitei em cima de você — protestei. — Eu não conseguia alcançar o relógio. Esse deve ser o alarme mais irritante que já ouvi em toda minha vida! Parece o som de um animal morrendo!
Ele estendeu a mão e apertou um botão.
— Quer tomar café?
Olhei irritada para ele e balancei a cabeça em negativa.
— Não estou com fome.
— Bom, eu estou. Por que você não vai comigo de moto até a cafeteria?
— Acho que eu não consigo lidar com a sua falta de habilidade na direção tão cedo pela manhã — respondi.
Girei os pés até a lateral da cama e os enfiei nos chinelos, arrastando-me até a porta.
— Aonde você vai? — ele quis saber.
— Vou me vestir e ir pra aula. Você precisa de um itinerário meu enquanto eu estiver aqui?
Joseph se espreguiçou e então veio andando na minha direção, ainda de cueca.
— Você é sempre tão temperamental assim, ou isso vai parar quando você acreditar que eu não estou arquitetando nenhum plano para transar com você?
Então ele colocou as mãos em concha nos meus ombros e senti seus polegares acariciarem minha pele.
— Eu não sou temperamental.
Ele se inclinou mais próximo de mim e sussurrou ao meu ouvido:
— Não quero transar com você, Flor. Gosto demais de você para isso.
Então foi caminhando até o banheiro. Fiquei parada, perplexa. As palavras de Kara ficavam se repetindo na minha cabeça. Joseph Jonas transava com qualquer uma; eu não conseguia evitar a sensação de inferioridade ao saber que ele não tinha vontade nem de tentar transar comigo.
A porta se abriu de novo, e Selena foi entrando.
— Acorda, dorminhoca! — disse ela, sorrindo e bocejando.
— Você está parecendo sua mãe, Sel — resmunguei, revirando a mala.
— Aaah... alguém passou a noite em claro?
— Ele mal respirou na minha direção — falei, em tom azedo.
Um sorriso sagaz iluminou o rosto de Selena.
—Ah.
— Ah, o quê?
— Nada — disse
— Nada — disse ela, voltando ao quarto de Nicholas.
Joseph estava na cozinha, cantarolando uma música qualquer enquanto preparava ovos mexidos.
— Tem certeza que não quer um pouco? — ele me perguntou.
— Tenho sim. Mas obrigada.
Nicholas e Selena entraram na cozinha, e Nicholas tirou dois pratos do armário, segurando-os enquanto Joseph colocava uma pilha de ovos fumegantes em cada um. Nick pôs os pratos na bancada, e ele e Selena se sentaram lá juntos, saciando outro tipo de apetite, já que muito provavelmente tinham se saciado em outros termos na noite anterior.
— Não me olhe assim, Nick. Sinto muito, eu só não quero ir - disse Selena.
— Baby, a Casa dá uma festa de casais duas vezes por ano — ele falou enquanto mastigava. — Falta um mês ainda. Você vai ter muito tempo para achar um vestido e fazer todas essas coisas de garotas.
— Eu iria, Nick... É muito fofo da sua parte... Mas não conheço ninguém lá.
— Um monte de garotas que vai na festa não conhece um monte de gente que vai estar lá — disse ele, surpreso com a rejeição dela.
Selena desabou na cadeira.
— As vadiazinhas das irmandades são convidadas pra essas coisas. Todas elas se conhecem... Vai ser estranho.
— Ah, não, Sel. Não quero ir sozinho nessa festa.
— Bom... talvez se você encontrasse alguém para levar a Demi na festa — disse ela, olhando para mim e depois para o Joseph.
Joseph ergueu uma sobrancelha e Nicholas balançou a cabeça em negativa.
— O Joe não vai em festa de casais. É o tipo de festa em que você leva à namorada... e o Joseph não... você sabe.
Selena deu de ombros.
— A gente podia arranjar alguém pra ir com ela.
Franzi os olhos para ela.
— Eu estou escutando, sabia?
Selena fez a cara para a qual sabia que eu não conseguia dizer não.
— Por favor, Demi. A gente vai achar um cara legal e divertido, e eu te garanto que vai ser um gato. Juro que você vai se divertir! Quem sabe você até fique com ele...
Joseph jogou a frigideira na pia.
— Eu não disse que não vou levar a Demi na festa.
Revirei os olhos.
— Não me faça nenhum favor, Joseph.
— Não foi isso que eu quis dizer, Flor. Festas de casais são para os caras com namorada, e todo mundo sabe que eu não namoro. Mas não vou ter que me preocupar com a possibilidade de você esperar um anel de noivado depois da festa.
Selena fez biquinho.
— Por favor, por favor, Demi!
— Não olhe pra mim desse jeito! — reclamei. — O Joseph não quer ir, eu não quero ir... Não vamos nos divertir.
Joseph cruzou os braços e se apoiou na pia.
— Eu não disse que não queria ir. Acho que seria divertido se nós quatro fôssemos — ele deu de ombros.
Todos me olharam, e me encolhi.
— Por que não ficamos por aqui?
Selena fez biquinho e Nicholas se inclinou para frente.
— Porque eu tenho que ir, Demi. Sou calouro. Tenho que garantir que tudo corra direitinho na festa, que todo mundo tenha uma cerveja na mão, coisas do tipo.
Joseph cruzou a cozinha e envolveu meus ombros com o braço, me puxando para o lado dele.
— Vamos lá, Flor. Você vai comigo à festa?
Olhei para a Selena, depois para o Nicholas e, por fim, para o Joseph.
— Vou — suspirei.
Selena soltou um gritinho e me abraçou. Depois senti a mão do Nicholas nas minhas costas.
— Valeu, Demi! — ele disse.

~*~

Se tiver comentário até amanhã a tarde, eu posto outro capítulo no Domingo (:

Comentem, jujubos <33

Answer:

Demetria Devone Lovato: Tenha paciência u_u A Demi é lerda pra entender o que está rolando entre os dois kkkkk Olha, o Finch é o melhor amigo gay dela e da Selena. Postei, bjos :*

2 comentários:

  1. PERFEITO
    melhor amiga sempre convence a gente a fazer as coisas né? kkkkkk
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    Finch amigo gay já adorei kkkkkk
    Beijos

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  2. posta logo, faz maratona, pf, estou completamente apaixonada por essa fic

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