segunda-feira, 6 de maio de 2013

Chapter 52

Joe

Sim — Ela responde. — E você...? Já pensou em fazer amor comigo?
Passei muitas noites acordado, imaginando como seria dormir com Demetria... Amar Demetria.
— Neste exato momento, muñeca [Espanhol, no original: boneca. (N. de T.)], não penso em mais nada, a não ser em fazer amor com você. — Consulto o relógio. Preciso sair logo. Os traficantes não ligam a mínima para a minha vida pessoal. Não posso me atrasar... Mas quero Demetria, desesperadamente. — Seu casaco será o próximo... Tem certeza de que quer continuar? — Tiro minha outra meia. Estou quase nu, exceto por meu jeans e cueca.
— Quero, sim. — Ela abre um largo sorriso e seus belos lábios rosados brilham à luz da oficina. — Apague as luzes, antes que... Bem... Antes que eu tire o casaco.
Obedeço e fico observando, enquanto ela se levanta e começa a desabotoar o casaco, diante do aquecedor. Seus dedos tremem.
Estou em transe, estou em êxtase, ainda mais quando ela me encara com aqueles olhos claros, brilhando de desejo.
Demetria abre, lentamente, o casaco. Meus olhos estão vidrados na beleza que, até então, ele escondia. Demetria se aproxima de mim... Mas tropeça no sapato que tirei há pouco. Eu a seguro a tempo, faço com que se deite sobre a manta... E me inclino sobre ela.
— Obrigada por não me deixar cair — ela agradece, ofegante.
Afasto uma mecha de cabelos de seu rosto e me deito a seu lado.
Demetria me envolve com seus braços. Tudo o que desejo, neste momento, é proteger essa menina pelo resto de minha vida. Abro totalmente seu casaco, me afasto um pouco para contemplar essa beleza... E deparo com um sutiã pink, rendado. Nada mais.
— Como um anjo... — digo, baixinho.
— Nosso jogo acabou? — ela pergunta, tensa.
— Definitivamente, querida... Pois o que vamos fazer agora não é mesmo um jogo.
Seus dedos, de unhas perfeitas, tocam meu peito. Será que Demetria sente as batidas do meu coração?
— Eu trouxe preservativos — ela diz.
Se eu soubesse! Se tivesse noção de que esta noite seria “a noite”... Viria mais preparado. Sinceramente, acho que nunca pensei que este momento com Demetria pudesse se tornar realidade. Ela mexe no bolso do casaco... E vários preservativos se espalham sobre a manta.
— Você está pensando em passar a noite fazendo amor?
Constrangida, ela esconde o rosto entre as mãos.
— Eu apenas... comprei... um monte.
Afasto as mãos de Demetria e encosto minha testa à dela.
— Não fique assim... Eu estava só brincando.
Ajudo-a a tirar de uma vez o casaco, fazendo-o deslizar por seus ombros.
Vai ser horrível deixar Demetria sozinha, nesta noite. Gostaria de fazer amor com ela, até o amanhecer. Mas essas coisas só acontecem nos romances e nos contos de fadas.
— Você... não vai... tirar o jeans? — ela pergunta.
— Daqui a pouco. — Gostaria de mandar no tempo e fazer com que esse momento durasse para sempre. É como passar pelo paraíso, sabendo que a próxima estação será o inferno. Lentamente, vou desenhando com beijos a linha do pescoço e os ombros de Demetria.
— Sou virgem, Joe. E se eu fizer tudo errado?
— Não há como errar. Isto não é uma prova, na aula da Peterson. Isto é entre você e eu. Neste momento, o resto do mundo não conta, ok?
— Ok — ela responde, suavemente. Seus olhos parecem cintilar. Será que ela está chorando?
— Eu não mereço você. E você sabe disso, querida...
— Quando será que você vai entender que é um bom sujeito? — Como não respondo, ela puxa meu rosto para junto do seu e diz, baixinho: — Nesta noite, meu corpo é seu... Você quer?
— Quero... E como quero! — Continuamos nos acariciando; tiro meu jeans e a cueca. Abraço Demetria com força, fascinado com a suavidade e o calor de seu corpo junto ao meu. — Você está com medo? — pergunto, ao seu ouvido... Ela está pronta, eu estou pronto e já não posso esperar mais.
— Um pouco, mas confio em você.
— Relaxe, minha linda.
— Estou tentando.
— Se você não relaxar, não vai dar certo... — Eu me afasto e alcanço um preservativo, com as mãos trêmulas. — Você tem certeza de que...
— Sim, sim, tenho. Eu amo você, Joe. Amo você — ela repete, agora quase em tom de desespero.
Deixo que suas palavras calem fundo em meu corpo e minha alma... Tento me controlar, para não ir muito fundo. Não quero machucá-la.
Mas o que estou pensando? A quem estou tentando enganar? A primeira vez de uma garota é sempre dolorosa, mesmo que o cara seja cuidadoso e delicado.
Tenho vontade de contar a Demetria o que estou sentindo... De dizer que ela se tornou o centro da minha vida. Mas não posso. As palavras não veem.
— Venha, Joe — ela diz, percebendo minha hesitação. — Faça isso...
Faço... Mas quando Demetria prende a respiração, sinto uma vontade louca de aliviar seu sofrimento, de mandar a dor para bem longe.
Uma lágrima escorre por sua face de anjo... Ver Demetria assim, emocionada, é minha perdição.
Pela primeira vez, desde que meu pai morreu, sinto uma lágrima brotando no canto do olho e me escorrendo pela face. Uma lágrima que Demetria sorve, com um beijo, segurando meu rosto entre as mãos.
Preciso tornar este momento perfeito. Pois talvez eu nunca mais tenha outra chance de estar com Demetria. Ela precisa saber o quanto isso pode ser bom...
Concentro-me inteiramente nela, ansioso para fazer deste momento algo muito além de especial. Depois de tudo, eu a puxo para bem perto de mim. Ela se aconchega em meu corpo, enquanto acaricio seus cabelos. Estamos ambos contentes por desfrutar do nosso mundo, pelo maior tempo possível.
Mal posso acreditar que ela me entregou seu corpo. Eu deveria me sentir vitorioso. Mas, em vez disso, me sinto péssimo.
Será impossível proteger Demetria, pelo resto de sua vida, de todos os caras que quiserem ficar com ela, ou vê-la como só eu a vi. Tocá-la como eu toquei. Cara, eu não vou deixar essa menina ir embora.
Mas é tarde. Não posso mais perder tempo. Afinal, ela não será minha para sempre... E nem posso fingir que será.
— Você está bem? — eu pergunto.
— Sim. Muito bem.
— Escute, eu realmente preciso ir — digo, lançando um olhar ao relógio digital, fixado de um jeito meio torto, sobre um carrinho de ferramentas.
Demetria apoia o rosto no meu peito.
— Você vai sair da Sangue, não é?
Meu corpo enrijece inteiro.
— Não — respondo, com a voz carregada de angústia.
Porra, por que ela me perguntou isso?
— Mas agora tudo mudou, Joe. Nós fizemos amor.
— O que nós fizemos foi lindo. Foi magnífico. Mas isso não muda nada.
Ela se levanta, recolhe suas roupas e começa a se vestir.
— Então sou apenas mais uma garota, na sua lista?
— Não fale assim.
— Por que não, se esta é a verdade?
— Não.
— Então, prove, Joe.
— Não posso.
Gostaria de responder de um modo diferente. Mas Demetria precisa saber que será sempre assim, que daqui por diante terei de deixá-la, muitas vezes, para cumprir meus compromissos com a Sangue. Esta garota branca, que me ama de corpo e alma, com todo seu coração, com tanta intensidade, é como uma droga perigosa, que vicia. Ela merece o melhor.
— Sinto muito — digo, depois de vestir o jeans. O que mais posso dizer?
Demetria desvia os olhos e caminha até a porta da oficina. Seus movimentos são mecânicos, tensos, como se ela fosse um robô. O som de pneus cantando no asfalto me põe em alerta. Alguém está vindo para cá... Lucky, em seu RX-7. Hum... Isso não é nada bom.
— Entre em seu carro — eu ordeno a Demetria.
Mas é tarde. O RX-7 de Lucky está lotado de caras da Sangue, que conversam aos gritos e fazem muito barulho, O carro para bem diante de nós.
— Não posso acreditar! — grita Lucky, pela janela. —Você ganhou a aposta! ¡Ganaste la apuesta!
Tento esconder Demetria atrás de mim, mas é inútil... A essa altura, os caras já estão de olho em suas pernas esguias, que o casaco não cobre totalmente.
— O que ele está dizendo? — Demetria pergunta.
Tenho vontade de dar meu jeans a ela, para cobrir essas pernas tão lindas.
Se Demetria souber da aposta, pensará que foi por isso que fiz amor com ela. Preciso tirá-la daqui, e rápido.
— Nada — eu respondo. — Ele só está falando besteiras. Agora, entre no carro. Depressa!
Escuto a porta do RX-7 de Lucky se abrindo, com um rangido, ao mesmo tempo em que Demetria abre a porta do seu carro.
— Não fique zangado com Paco — ela diz, acomodando-se no banco.
— Zangado por quê?
— Vá — eu ordeno, sem tempo de perguntar o que ela queria dizer com isso. — Depois a gente conversa.
Demetria aciona o motor e parte.
— Porra, cara! — diz Lucky, admirado com o reluzente carro Demetria, que vai desaparecendo à distância. — Achei que aquele papo do Enrique era mentira... Mas você realmente ganhou a Demetria Ellis, não foi? E aí... Você gravou a coisa em vídeo?
Minha resposta é um soco no estômago, que faz Lucky cair de joelhos. Subo na moto e acelero, deixando Lucky para trás.
Quando avisto o Camry de Enrique, paro ao lado dele.
— Escute, Joe... — diz Enrique, abrindo a janela — sinto muito por ter contado aos caras que você estava na oficina, com...
— Tô saindo fora disso, cara — digo, interrompendo-o. Jogo as chaves da oficina para ele e vou embora.
No caminho para casa, penso em Demetria e no quanto ela significa para mim... Então dou de cara com a realidade: Não vou me tornar um traficante de drogas!
Agora entendo aqueles filmes românticos que as meninas adoram e que sempre me fizeram morrer de rir... Pois, neste momento, estou agindo exatamente como um herói idiota, capaz de arriscar tudo por uma garota.
Estoy enamorado. Estou amando.
Dane-se a Sangue. Posso muito bem proteger minha família e, ao mesmo tempo, ser fiel a mim mesmo. Demetria tem razão. Minha vida é importante demais para ser desperdiçada no tráfico de drogas.
A verdade é que não estou a fim de entrar nessa. Quero estudar e fazer da minha vida uma coisa boa, que valha a pena.
Não sou nada parecido com meu pai. Ele foi um homem fraco, que escolheu o caminho mais fácil. Mas, eu, não. Vou encarar o desafio de deixar a Sangue, vou pagar o castigo. E que se dane o risco. Se eu sobreviver, voltarei para Demetria como um homem livre. ¡Lo juro!
Não sou traficante de drogas. Vou decepcionar Hector, eu sei. Mas, quando entrei na gangue, foi para ajudar a proteger meu bairro e minha família, não para mexer com isso. Desde quando traficar virou uma necessidade?
Desde aquela noite em que a polícia me parou, a situação piorou muito, virou uma bola de neve. Fui preso, Hector me tirou da cadeia e virei seu devedor. E logo depois que comecei a conversar com outros OGs, sobre a morte do meu pai, Hector e minha mãe discutiram pra valer. E minha mãe apareceu com uns hematomas. Depois disso, Hector pegou pesado, me pressionando, sem trégua, com essa estória do tráfico.
Paco tentou me avisar; ele sabia que alguma coisa não estava bem. Quebro a cabeça e então as peças começam a se encaixar, lentamente...
¡Dios! Será que a verdade estava bem diante dos meus olhos? Mas claro... Existe uma pessoa que pode me contar tudo sobre a noite em que meu pai morreu!
Entro em casa a mil por hora e bato a porta com força. Minha mãe está na sala.
— A senhora sabe quem matou Papá!
— Joseph, não...
— Foi alguém da Sangue, não? A senhora e Hector conversaram sobre isso, no casamento de Elena. Ele sabe quem foi. E a senhora também.
Os olhos dela se enchem de lágrimas.
— Estou avisando, Joseph. Não mexa com isso, por favor!
— Quem foi? — pergunto, ignorando seu pedido.
Ela desvia os olhos.
— Fale! — grito, a plenos pulmões.
Minha mãe se encolhe. Por muito tempo, eu só queria que o sofrimento dela acabasse. Nem pensava em fazer perguntas sobre o assassinato do meu pai. Ou talvez não quisesse saber, talvez tivesse medo da verdade. Mas já não posso continuar assim.
Ela leva a mão à boca; parece ter dificuldade para respirar.
— Hector... foi Hector.
A verdade me atinge, em cheio. Horror, espanto e sofrimento se espalham por todo meu ser. Minha mãe me olha com amargura.
— Eu só queria proteger você e seus irmãos, Joseph. Esta é a verdade. Seu papá quis sair da Sangue e por isso foi morto. Hector quer que você ocupe o lugar dele. Hector me ameaçou... E disse que se você se negar, toda a família acabará como seu pai.
Não quero ouvir mais nada.
Hector pagou minha fiança e, então, fiquei devendo esse favor a ele. Depois, Hector me veio com aquela história do carregamento que ia chegar... E me pressionou de tal modo, que não pude dizer não. O negócio é que ele queria me enganar. Queria que eu pensasse que estaria dando um passo à frente quando, na verdade, esse passo apenas me levaria a cair em sua armadilha.
Provavelmente, Hector suspeitou que eu não tardaria a descobrir a verdade... Que, numa hora dessas, alguém acabaria me contando. Seria apenas uma questão de tempo.
Corro até o quarto e abro minha gaveta, concentrado unicamente no que devo fazer agora: enfrentar o assassino de meu pai. Mas a arma desapareceu.
— Você mexeu na minha gaveta? — pergunto, agarrando Josh pela gola da camisa, no momento em que ele está se sentando no sofá da sala.
— Não, Joe — ele responde. — Pode acreditar! Paco esteve no nosso quarto, hoje, mas disse que só queria pegar sua jaqueta, emprestada.
Paco levou minha arma. Eu deveria ter adivinhado. Mas como ele soube que eu não estaria em casa?
Demetria...
Ela ficou me distraindo, nesta noite, de propósito. Bem que ela me disse para não ficar zangado com Paco. Os dois tentaram me proteger... Pois fui covarde e estúpido o suficiente para não enxergar o que estava bem diante dos meus olhos.
As palavras de Demetria soam de novo em minha mente: Não fique zangado com Paco.
Vou até o quarto de minha mãe e aviso:
— Se eu não voltar, leve Josh e Frankie para o México.
— Mas, Joseph...
Mamá — eu digo, me sentando na beira da cama. — Eles estão correndo perigo. Salve os dois, por favor. Não deixe que tenham o mesmo destino que eu.
— Não fale assim. Seu pai falava desse mesmo jeito...
Tenho vontade de gritar que sou como Papá, que cometi os mesmos erros. Mas não vou deixar que isso aconteça com meus irmãos.
— Prometa... — eu insisto. — Preciso ouvir isso de sua boca. E estou falando sério.
Lágrimas escorrem por sua face. Ela me beija e me abraça com força.
— Eu prometo... Prometo!
Saio de casa, pego a moto e tomo uma atitude que nunca me imaginei capaz de tomar: ligo para Gary Frankel, o garoto branquelo que conheci na cadeia, e peço um conselho. Ele me diz para fazer algo que nunca me imaginei fazendo: ligar para a polícia.

~*~

Eu já fiz o banner da próxima fic \O/
E eu tô viciada do álbum DEMI

Comentem!!

Answer:

Demetria Devone Lovato: Eu também queria que tivesse hot "hot"... tipo, quase tem hot várias vezes na fic, e conta tudo, mas quando deveria mesmo não tem kkkkkk Eu gosto também de Nelena, mas eu também gosto de Jelena. Do mesmo jeito que eu amo Jemi, mas também gosto de Nemi. Porém nem todo mundo curte a Demi com o Nick então... kkkkk Postei ^^

Um comentário:

  1. OMG se ele morrer eu vou chorar uma cachoeira!!
    PERFEITO
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    espero que ele consiga enfrentar o Hector e voltar vivo...
    Eu sempre suspeitei que tivesse sido Hector principalmente depois dele ter brigado com a mãe do Joe...

    POSTA LOGO

    estou super ansiosa para a próxima Fic!!

    Eu amo Nelena e gosto de Jelena, Mas eu também gosto muito de Niley mas prefiro Liley (Liam e Miley), eu gosto de Nemi só como amizade mesmo, pq desde de os comerciais de Camp Rock que eu shippo Jemi, Sim eu sou maluca por eles kkkkkk



    *Somos duas viciadas no DEMI kkkkkk

    Beijos

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