quarta-feira, 1 de maio de 2013

Chapter 48

Joe

Vamos sair daqui... você e eu, mi amor. Vamos!
Aliviado, eu monto em Julio. Demetria se acomoda na garupa e se segura fortemente em mim, enquanto ligo o motor. Partimos em alta velocidade, deixando o velho armazém para trás.
Parece que estamos voando sobre as ruas. Não paro, nem quando começa a chover forte, muito forte, a ponto de embaçar a visão, fazendo com que as ruas pareçam borrões indefinidos.
— Podemos parar, agora? — Demetria grita e sua voz atravessa a tempestade ensurdecedora.
Estaciono sob uma velha ponte abandonada, que segue mais adiante, se estendendo sobre um lago. Pesadas gotas de chuva continuam a despencar do céu pesado, mas estamos bem protegidos.
Demetria salta da garupa.
— Você é um perfeito idiota! — ela diz. — Você não pode traficar drogas! É perigoso, absurdo, estúpido! E você me prometeu que não faria isso. Sabe que você pode ir parar na cadeia? Prisão, Joe! Talvez você não se importe, mas, eu, sim! Não vou deixar que você destrua sua vida.
— O que você quer que eu diga?
— Nada. Tudo. Fale alguma coisa, só para eu não continuar me sentindo uma completa idiota.
— A verdade é que... Demetria, olhe para mim.
— Não posso — ela responde, com o olhar fixo na chuva. — Estou tão cansada, só de pensar nas coisas horríveis que podem acontecer.
Puxo Demetria para bem perto de mim:
— Não pense, nisso, gracinha. Tudo vai se resolver.
— Mas...
— Nada de “mas”. Acredite em mim. — Meus lábios cobrem os dela. O cheiro da chuva e terra molhada e baunilha me ajuda a relaxar.
Minha mão acaricia as costas de Demetria, descendo até bem perto dos quadris. Ela me aperta os ombros encharcados, me encorajando a continuar... Então meus dedos escorregam sob sua blusa e tocam o umbigo.
— Venha... — eu digo, erguendo Demetria do chão. Ela passa as pernas em volta da minha cintura e, assim, nos acomodamos sobre a moto.
Não consigo parar de beijá-la. E enquanto beijo vou falando, baixinho, como me sinto bem ao lado dela, misturando palavras em Espanhol e Inglês. Meus lábios descem por seu pescoço e ali ficam, até que Demetria se inclina para trás, como se me convidasse a tirar sua blusa...
Posso fazê-la esquecer as coisas ruins. Quando estamos assim, juntos, não consigo pensar em mais nada, a não ser nela.
— Estou perdendo o controle — ela confessa, mordendo o lábio inferior.
Nossa, eu amo esses lábios.
— Pois já perdi o meu, querida — digo, colando o corpo ao dela, para mostrar exatamente o quanto estou descontrolado...
Demetria começa a mover os quadris, num ritmo lento, num convite que eu certamente não mereço. Desenho sua boca com a ponta dos dedos... que ela beija, um por um. Então eu deixo que eles escorreguem devagar, por seu queixo, seu pescoço... Até que pousam entre seus seios.
Ela segura minha mão:
— Eu não quero parar, Joe.
Faço Demetria se curvar ainda mais, cobrindo seu corpo com o meu...
Posso possuir Demetria agora.
Nossa, ela está pedindo por isso.
Seria muito fácil, sem problemas... A não ser pela minha consciência. E por aquela aposta maluca que fiz com Lucky. E também pelo que minha mãe disse, sobre como é fácil engravidar uma garota.
Quando topei a aposta, não tinha nenhum tipo de sentimento por esta menina branca, linda e tão complicada. Mas, agora... Porra, não quero pensar sobre sentimentos. Detesto sentimentos. Eles só servem para atrapalhar a vida da gente. E que Deus me castigue neste momento, se Ele quiser... Pois eu quero fazer amor com Demetria, e não apenas transar com ela, na minha moto, como faria com qualquer prostituta barata.
Afasto as mãos de seu cuerpo perfecto... É minha primeira atitude decente, nesta noite.
— Não posso fazer isso com você, assim... Não aqui, não desse jeito — digo, com a voz meio rouca de tanta emoção. Essa menina ia me dar seu corpo, mesmo sabendo quem sou e do que sou capaz. Às vezes a realidade parece inacreditável.
Espero que Demetria fique sem jeito, até mesmo zangada. Mas, em vez disso, ela se aconchega em meu peito e me abraça.
Não faça isso comigo, eu quero dizer. Mas não digo. Apenas a abraço com força.
— Eu amo você — ela diz, de um jeito tão suave... Talvez nem tenha falado, de verdade. Talvez eu tenha apenas ouvido o som de seus pensamentos.
Não faça isso... Eu me sinto tentado a dizer. Não! Não!
Um nó se forma em minha garganta. Aperto Demetria contra o peito, com mais força ainda.
Dios mio, se as coisas fossem diferentes, eu nunca desistiria dessa garota. Mergulho o rosto em seus cabelos... E imagino que a estou raptando, que estamos fugindo, juntos, para bem longe de Fairfield.
Ficamos assim por um longo tempo, mesmo depois que a chuva para e a realidade cai sobre nós. Ajudo Demetria a descer da moto e a vestir a blusa. Ela me olha, com uma expressão cheia de esperança, antes de perguntar:
— Você vai mesmo fazer aquilo?
Desço de Julio e vou caminhando, até o limite da estrutura de concreto. Estendo as mãos para receber a água da chuva, que continua vindo lá de cima, escorrendo pelas laterais da ponte.
— Preciso fazer — digo, de costas para Demetria.
— Por quê? — ela pergunta, se aproximando. — Por que você tem que fazer uma coisa que pode acabar em prisão?
Toco seu rosto suave e pálido, com a palma de minha mão. Com um sorriso melancólico, digo:
— Você não sabia que membros de gangue mexem com drogas? Isso faz parte da coisa.
— Então, deixe a gangue. Com certeza, deve haver um jeito...
— Pelas leis da Sangue, quando um cara quer cair fora, tem que enfrentar um desafio, um castigo. Às vezes, é uma longa sessão de tortura, às vezes uma surra. Se o cara sobrevive, então ele pode sair. Deixe-me contar uma coisa, minha linda: uma vez, só uma vez, vi um cara sair vivo de um castigo desses. Quebraram tanto o cara, que ele disse, depois, que seria melhor ter morrido. Sei que você nunca vai entender, mas... Faço isso por minha família.
— Por quê? Pelo dinheiro?
— Não... — Um sentimento de frustração me domina. — Escute, será que você pode mudar de assunto, por favor?
— Sou contra você fazer qualquer coisa ilegal.
Querida, você quer um santo. Ou, ao menos, um guru. E não sou nem um, nem outro.
— Não sou importante para você?
— Sim.
— Então, me dê uma prova.
Tiro o lenço da cabeça e passo os dedos pelos cabelos.
— Você pode imaginar minha situação? Minha mãe espera que eu proteja nossa família... Mas é radicalmente contra o meu envolvimento com drogas. Por outro lado, Hector exige que eu prove minha lealdade à Sangue. E você, a única pessoa que me faz ter esperança, que me faz acreditar que algum dia vou poder mudar de vida, quer que eu prove o meu amor, tomando uma atitude que vai pôr minha família em perigo. Sabe de uma coisa? Eu preciso fazer aquilo. E ninguém, nem mesmo você, vai me fazer mudar de ideia. Portanto, esqueça.
— Você vai arriscar tudo o que temos?
— Porra, não fale assim. Nós não temos que arriscar nada.
— Se você começar a traficar drogas... Acabou. Será o fim do nosso namoro. Eu arrisquei tudo, por você... por nós. Arrisquei minha relação com os amigos, com meus pais... Tudo. Será que você não pode fazer o mesmo?
Demetria está trêmula, batendo os dentes, encolhida de frio. Jogo minha jaqueta para ela:
— Tome... vista.
E é isso. Esta é minha vida. Se Demetria não pode aceitar, que volte para Colin Adams... Ou para qualquer outro cara que ela possa moldar, de acordo com seus padrões ideais: um Ken, para a Barbie que ela é.
— Por favor, me leve até a casa de Selena — Demetria pede, depois de um longo silêncio.
Quando chegamos à grande casa de Selena, na praia, ela me devolve a jaqueta e diz:
— Acho que podemos trabalhar no projeto de Química, separadamente, cada um por si... De que parte do projeto você quer se encarregar? Das conclusões? Ou da proposta?
— Tanto faz. Como você quiser.
— Hum... Acho que sou boa para escrever.
— Tudo bem. Eu cuidarei do resto.
— Joe, nossa história não precisa acabar assim.
Vejo as lágrimas brotando dos seus olhos. Preciso ir embora, antes que elas comecem a brotar dos meus. Isso, definitivamente, seria a minha ruína.
— Nossa história tem que acabar, sim — digo, antes de partir.

~*~ 

Acabei de chegar de viagem, e eu estou super cansada
Então não deu pra revisar direito. Se tiver algum erro, me desculpem, ok?!
Comentem, amores *-*

Answer:

Demetria Devone Lovato: Yaayy \O/ Que bom que ainda não leu kkkkkk A personagem estava o tempo todo com raiva, o que me deixava com raiva também e isso não foi nada legal hahaha Postei ^^

vick: Eu te mandei um e-mail pra você me mandar outro e-mail com tudo ok?! :D Olha, só pelo o que você falou, eu gostei. Eu juro que vou tentar escrever, mas vai depender demais da escola e se eu conseguir desenvolver a sua ideia. Talvez eu só poste no final do ano, então me fique brava comigo se não demorar ou algo do tipo ok?! kkkkkk bjos

Um comentário:

  1. OMG molinhou eles não podem acabar assim *choro*
    A fic ta Perfeita
    Posta logo..
    Beijos

    Mal posso esperar pela próxima história

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