“Não consigo Nem
mais dormir
E onde quer que
eu vá
Em qualquer lugar
Elas estão a me
seguir”
Joseph se
acostumou por tanto tempo com as relações onde não havia sentimentos envolvidos,
ao menos de sua parte, que naquele momento estava perdido. Estava enganando
intencionalmente a moça. Sabia que se falasse de seus desejos agora ela iria
sair correndo. Seu plano era simples: seduzir a senhorita Lovato.
Propositalmente,
apesar do acordo de colaboração mantinha uma tensão entre eles. Não queria se
tornar seu amiguinho. Queria manter o controle de seus desejos. Simples assim.
Mas a mulher era escorregadia.
Buscavam temas
amenos para as conversas. Eram como dois guerreiros que mesmo despidos ainda
conservavam armaduras invisíveis. Armaduras emocionais.
Demi em absoluto
era o que Joseph imaginara. Conheciam-se há quase vinte anos, mas a cada dia
que passava em sua companhia percebia o muito que tinha a aprender com e sobre aquela
mulher. Em meio a tantos medos e questionamentos, algumas coisas penetravam a muralha
que fortemente protegiam os sentimentos: Demi o divertia, o desconsertava,
enraivava, o excitava e mais do que tudo, o surpreendia.
Talvez por isso a
tensão agora. Era perfeito demais como as coisas se encaixavam. E perfeito
demais nunca precedia boa coisa. Estava viciado, quanto mais tinha dela, mas
queria, nunca tinha o suficiente, não apenas de sexo, mas de seu sorriso, seu
cheiro, seu mau humor... Era divertida até mesmo quando se tornava rabugenta.
Demetria tinha
segredos, Joseph sabia. Ele também tinha os seus. Teria ela condições de entender
e aceitar tudo o que ele escondia? Ela amava seu pai, disso não havia dúvidas, portanto,
quando a verdade fosse revelada que lado escolheria? Como seria a vida de
Joseph então?
O dia estava
amanhecendo e mais uma vez Joseph acordou primeiro. Preguiçosamente se arrastou
da cama. Demi nem ao menos se mexeu, ainda dormiria mais algumas horas, não tomara
remédios para dormir, porém, sua noite fora agitada.
E o dia anterior
também.
Tomou um banho
relaxante e mais uma vez pensou em sua situação. Tinha aceitado de bom grado
ser o objeto sexual de uma mulher que tomava antidepressivos e remédios para dormir...
E estava adorando cada segundo.
Sequestrado para
o prazer de uma mulher mentalmente instável. Nunca havia se divertido tanto em
sua vida. Vivia uma liberdade única de velho adolescente irresponsável.
30 dias de sexo
sem compromisso. Estava louco.
Tudo bem, não era
que Joseph fosse um cara puritano ou coisa assim, mas Demi também não era
desconhecida, era alguém próxima, melhor amiga de sua irmã. Secretária e
protegida de seu pai. As explicações futuras seria um terreno espinhoso. Mas
não queria pensar nas coisas deixadas fora daquela casa. Queria ser
irresponsável e viver o momento, como há muito não fazia.
Não queria pensar
nos segredos bem guardados. Não queria falar de amor, era só sexo. Nada de
trabalho, nada de família e preocupações, só sexo. Lazer e diversão
irresponsável.
A tímida amiga de
infância tinha sequestrado o jovem arquiteto para sexo, o que acabou de uma vez
com sua falsa ilusão de conhecer as pessoas. Tímida? Só nas fantasias. O que
mais o chocava é que a fantasia da mulher não era uma dessas copiada de filmes
ou novelas, não havia imposições ou regras, a não ser uma: ela mandava. Era
erótica a forma como ela mandava nele. Ele obedecia. Cegamente. Ou quase.
No começo fora
interessante, mas logo Joseph sentia que precisava do controle. Para seduzir
alguém era necessário exercer algum tipo de controle.
Entendia que
estava diante da única pessoa com quem poderia ter uma chance de ser feliz, mas
o refém precisava convencê-la disso. Conhecia bem as mulheres e sabia que
estava diante de uma que não acreditava em finais felizes. Até ser sequestrado,
ele também acreditava que não.
O primeiro passo
do seu grande plano de sedução foi se tornar sua única necessidade. Sem que a
mulher percebesse foi tomando o lugar dos remédios. Quando caiam na cama à noite,
ela estava tão cansada que não precisava mais da ajuda para dormir.
Outra
particularidade de sua sequestradora: seu humor matinal era péssimo. Não importava
o quanto à noite fosse divertida, ela sempre acordava querendo café e matar um.
Joseph não conseguia se lembrar de uma única pessoa em toda a sua existência
que fosse tão ranzinza como Demetria pela manhã. Mais um mito morto: ela não
era tão doce quanto aparentava. Analisando bem, Demetria nunca parecera melosa.
Essa era uma leitura sua.
Apenas duas
coisas eram capazes de melhorar seu mau humor: café e/ou sexo. No café estava
tudo bem, ele acordava cedo e antes mesmo dela sair da cama já estava na mão.
Sexo também não fora problema, até ele começar a provocá-la propositalmente.
Seu plano era que ela percebesse o quanto sentia falta dele. Surgiu numa noite
enquanto a observava dormir.
Na manhã seguinte
Joseph pulou da cama cedo para preparar um café bem forte e seus acompanhamentos.
Estava preparando as torradas e olhando a névoa que cobria o vale em frente a
casa, pensando em como seria aquele dia, já que começaria a brincar um pouco
com sua carcereira.
— Inferno!
Escutou quando
ela derrubou algo no quarto.
Bem, o cara já
estava se habituando ao “bom dia” da moça. Terminou calmamente de preparar a
bandeja e só então foi para o quarto. Demetria estava tentando voltar do
banheiro, mas sonolenta, batia cotovelo, joelho e principalmente dedo mindinho
em todos os lugares. Joseph depositou a bandeja sobre o criado mudo, sentou-se
na cama e esperou.
— Que inferno.
Ele riu. Isso não
foi algo inteligente.
— O quê?!
A pergunta da
mulher cuspiu toda a sua raiva matutina o encarando como se fosse fulminá-lo
com o olhar.
— Nada.
Demetria
deitou-se na cama e se cobriu. O homem lhe entregou a xícara. Ela aceitou e tomou
pequenos goles e só então deixou seu corpo relaxar sob o cobertor.
— De onde vem
tanto mau humor?
A pergunta
escapou antes que Joseph percebesse. A primeira resposta foi um olhar atravessado.
A segunda um suspiro.
A terceira o
surpreendeu.
— Eu sempre
acordo com dores no corpo e sem ânimo... São sintomas da depressão. Antes eu
não era assim. Vou tentar me controlar.
Tanta sinceridade
o surpreendeu. Joseph não soube o que dizer no primeiro momento. Ela sempre
evitava falar de seus problemas. Talvez ele devesse desistir de seus planos...
— Ah, não vai dar
uma de sentimental. E nem invente de ficar com pena de mim. Você está aqui
apenas para me garantir alguns orgasmos... Só isso.
Bem, talvez ela
pudesse aprender uma coisa ou outra.
— Será que as
dores não são por que a gente tem feito sexo demais? Talvez devêssemos fazer
uma pausa...
No mesmo instante
ela ficou rígida.
— Não! Isso não
tem nada a ver com sexo. O sexo está ótimo. Não seja idiota.
Quando percebeu
que tinha alterado a voz a mulher se calou e tratou de relaxar.
— Enfim, não se
preocupe com isso. — tentou soar indiferente — Convivo com essa dor há tempo
suficiente para ignorar. O sexo continua.
Autoritária! A
mulher era dominatrix nata, ou tinha fortes inclinações.
Joseph reprimiu
um sorriso. Os próximos dias seriam interessantes...
— O que essa
porcaria está fazendo aqui?!
A “porcaria” era
uma pequena estante de livros que ficava no corredor. Demetria tinha batido o
pé ali, pela milésima vez.
Mas seu mau humor
não vinha disso. Demi estava frustrada com outra coisa, mas era orgulhosa
demais para admitir.
No dia em que
confessara que sentia dores no corpo, Joseph mudou de atitude. A primeira coisa
que fez foi colocar uma distância entre eles. Naquela mesma manhã fez uma massagem
relaxante na “Senhora”, mas quando esta tentou puxá-lo para cama, o cara
escapou.
E foi assim o
resto do dia.
Naquele dia o
refém não “procurou” a sequestradora.
Resolveu
cozinhar. Inventou um prato bem complicado e depois uma faxina na cozinha...
— Embora eu adore
a fantasia de escravo doméstico, eu prefiro que o escravo se dedique a cuidar
mais do meu corpo...
Sutileza não era
o nome do meio daquela mulher. Talvez arrogância. Sim, a doce secretária de seu
pai era arrogante.
— Bem, a gente
tem feito isso demais. Seu corpo já está pifando.
— O quê?!
— Eu sou um pouco
“avantajado”. — o rapaz quase riu quando ela ficou boquiaberta — acho melhor a
gente fazer uma pausa, para você se recuperar... Não quero que você se machuque.
— Mas eu não
estou machucada!
Joseph sabia que
ela estava sensível, mas também sabia que só por birra ela não ia admitir. Além
do mais o objetivo era provocá-la sem que percebesse. Então tratou de ser diplomático:
— Bom, então,
mais tarde a gente volta a...
Fez um gesto
vago. Não completou a frase. Ambos haviam compreendido. Se com sexo a mulher
era mal humorada, sem sexo então...
A boa notícia era
que ela não tinha apresentado tendências homicidas, até aquele momento.
Joseph poderia
dizer que a mulher mostrou sua indignação silenciosamente, uma vez que ela não
usou palavras, mas isso era uma mentira técnica, uma vez que portas e gavetas eram
batidas a todo instante.
Conseguiu escapar
outras vezes dos ataques da mulher até que na hora de dormir, ficou impossível:
— Você quer me
explicar que inferno está acontecendo?
— Bem, achei que
seria bom a gente fazer uma pausa. Mas ainda podemos nos beijar e trocar
algumas carícias. Vamos brincar de adolescentes por uns dias.
— Vamos ver
quanto tempo isso dura...
Foi a resposta
atravessada da mulher.
Dois dias havia
se passado... Dois dias de “abstinência”.
Foram muitas as
brincadeirinhas que fizeram no sofá. Na cama. No banheiro. Tudo muito quente.
Joseph sempre a agradava muito, mas nunca ia até o fim. Por mais que sua companheira
o provocasse. E ela era uma especialista em provocar.
Demetria estava
furiosa. Se frustração sexual matasse, ela ia cair dura. Já verbalizara isso mais
de uma vez. Não que ele não lhe tivesse garantido alguns bons orgasmos... Mas
ela dizia estar viciada no “Joe Jr.”. E a recíproca era verdadeira.
Podia dizer que
ele também estava tão viciado nela, já que a atendia pelo nome. Bastava falar
nele e o rapaz já batia continência. Então Demetria não entendia o porquê deles
não chegarem aos finalmente. E mostrava seu desagrado da forma mais que
eloquente. Porém suas birras não faziam Joseph mudar de atitude.
Naquela fase da
convivência dos dois, o rapaz descobriu que além de autoritária e bipolar, a
criatura ainda deveria sofrer de algum transtorno de múltiplas personalidades.
Desde o momento em ela percebera “seus cuidados”, Joseph teve que lidar com
pelo menos sete criaturas infernais:
1. Demetria Teimosa
(Ninfomaníaca) Lovato:
— Querida, assim
não pode, você ainda...
— Posso. Eu
quero, pode deixar que com meu corpo eu me preocupo... Vamos deixar de bobagem.
Deixa, vai...
2. Demetria Resmungona
(Ninfomaníaca) Lovato:
— Se eu soubesse
que ele ia ficar assim não deixava aceitar o acordo... Porque eu não o deixei
preso? E amordaçado? E vendado?
— Disse alguma
querida?
— Nada não. Estou
falando sozinha... — Inferno, eu agora era pra tá transando horrores e esse
estúpido não deixa...
Essa em especial
era muito irritante, passava o dia todo pela casa como uma velha rabugenta,
reclamando. Aí não tinha jeito, era jogar a criatura em cima da primeira
superfície plana “ou não” e atacar seu corpo furiosamente, mas sem chegar aos
finalmente, pois, ela estava muito sensível, porque ele abusou dela por vários
dias...
3. Demetria
Distraída (Ninfomaníaca) Lovato:
— Querida, aí não
pode, você sabe...
— Desculpa
benzinho, nem percebi...
Era para
desconfiar de algo errado quando ficava tão carinhosa.
— Então por que
você ainda está colocando?...
4. Demetria
Insistente (Ninfomaníaca) Lovato:
— Por que você
não me quer?
— Claro que
quero, mas, você sabe que está sensível...
— A gente coloca
devagarzinho.
— Demi...
— Só um
pouquinho...
— Demi...
— Só mais um
pouquinho...
— Demi... Demi...
Para de se mexer...
5. Demetria. —
Vítima. — Incompreendida. — Que sofre muito. (Ninfomaníaca) Lovato.
— Eu sei. Sou
feia. É por isso que você não me quer. Por isso que eu estou há tanto tempo sem
namorado. Os homens devem olhar para mim e ficar com pena...
— Demi, você é
linda...
— Mas você não me
quer, eu sei você tem pena de mim.
— Demi...
— Agora cansou de
fazer o sacrifício, eu vou ter que me contentar. Oh, meu Deus, como a vida é
injusta...
— Demi...
6. Demetria
Terrorista (já foi falado Ninfomaníaca?) Lovato:
— Olha aqui, eu
vou logo te avisando, amanhã você pode acordar com o Joe Jr. desmembrado de seu
corpo, afinal acho que ele sozinho é melhor do que junto com você. Posso mandar
empalhar e usar sempre que tiver vontade...
7. Demetria Autoritária
(Ninfomaníaca) Lovato:
— Escuta aqui
Joseph Adam Bolivatto, acho bom o senhor enfiar logo esse negócio em mim,
ouviu?!
O grande problema
da história (além das constantes ameaças de mutilação ao Joe Jr.) era que ele
também estava sofrendo com a abstinência sexual. Por isso mesmo estava resolvido
que três dias sem atividades sexuais eram suficientes para uma recuperação adequada
(e também para comprovar que ele poderia ter o controle da situação quando quisesse).
Se não fosse,
estava perdido por que ele mesmo já não era capaz de controlar o amiguinho. Ia
ter um infarto na próxima investida da moça. Já imaginava o atestado de óbito: “Causa
da morte: membro sexual enrijecido.”
E com certeza o
velório ia ser um momento muito embaraçoso para sua família. A menos que
cortassem... Melhor deixar em testamento que queria ser enterrado inteiro.
Na manhã do
terceiro dia, ao contrário dos outros, não se levantou antes dela, mas ficou
esperando que espertasse. Percebeu o momento exato em que Demi começou a
acordar. Ela espreguiçou-se com um gemido de frustração. Só para ver o que ela
faria, fingiu dormir.
— Joe? — ela
chamou suavemente. — Joseph?
Ele continuou com
o corpo relaxado e virou rosto de lado para escondê-lo no travesseiro, mas
deixando o corpo livre. Sentiu sua cueca ser baixada lentamente, se mexeu um
pouquinho para ela não achar que seria fácil. A moça congelou, mas tão logo ele
suspirou mais profundamente voltou ao ataque. Com mais cuidado ainda passou a
peça íntima por entre as pernas do rapaz, até retirá-la por completo. Ela já
tinha dormido nua. Sim, a criatura gostava de torturá-lo.
A seguir, começou
com carícias bem suaves. Esfregou-se nele suavemente. A mulher sabia como
enlouquecê-lo. Se conseguisse sair vivo desses trinta dias, ia ser um herói.
Demetria
continuou com a tortura por mais algum tempo, antes de numa investida só
tomá-lo. Daí por diante, Joseph foi incapaz de continuar fingindo. Inverteu o
corpo dos dois, ficando por cima. Ela trançou as pernas firmemente em sua
cintura, talvez por medo que ele tentasse fugir. Mas ele não tinha essa
intenção. Pretendia afogar-se naquele corpo até não sobrar nada mais de si. Até
estar não fundido nela, que nenhum dois conseguisse distinguir um do outro.
Se não tivesse a
mente nublada pelo desejo, possivelmente aqueles pensamentos o assustariam, mas
no momento seu lado primitivo o dominava, e esse lado queria Demi. Apenas ela.
Pretendia que os impulsos prosseguissem por muito tempo, queria provocá-la
levando a beira do prazer e retrocedendo no último momento, porém, bastou a
primeira contração de seu sexo, e ele soube que estava perdido.
Pouco depois
quando as respirações se acalmavam e Demetria displicentemente acariciava as
costas do parceiro deitado entre seus seios, ela o provocou:
— Eu disse que te
aguentava.
— Isso por que
você pensa que acabou...
Joseph não se
moveu. Ficou por um momento apreciando a beleza da mulher que tinha sob si. Os
olhos castanhos claros. A pele clara. Os cabelos escuros. Os seios nem fartos,
nem pequenos demais. Perfeitos para suas mãos. Que subiam e desciam no ritmo da
sua respiração ofegante. Aquela boca que tantas vezes o levara ao paraíso “e o
levaria muitas vezes mais”.
— O que foi?
— Você é linda!
Ela corou e ele
riu. Claro, no escritório ela corava muito, por qualquer motivo, mas ali naquela
cabana assumira uma personalidade exuberante, desinibida, arrogante. Então
agora ter de volta um pouco dessa personalidade tímida o fascinava, quase tanto
quanto a personalidade ninfomaníaca. Quase.
— Não acredito
que a mulher que me proporcionou o melhor sexo de minha vida seja capaz de
corar.
— Eu? — Ela corou
ainda mais.
— Acordar
algemado e vendado foi a sensação mais incrível que já tive.
— Mas a Blanda...
Ela exalava sexo.
— A Blanda era
ótima, mas você...
Ela sorriu
envergonhada. Não era possível aquilo. Onde estava a mulher que o sequestrara
para fins sexuais?
— Já disse que
adoro o seu gosto? Sua pele, seu toque? — Perguntou deixando que a moça percebesse
o que provocava nele. Demi quase saltou da cama quando ele lhe fez uma carícia
mais íntima.
— Calma moça. O
dia nem começou. Eu ainda nem fiz isso...
Começou a distribuir
beijos ao longo do corpo feminino. A mulher gemeu.
— Joseph...
A provocação
continuou. Queria tudo ao mesmo tempo.
Tão ensandecida
quanto ele, Demetria entrelaçou as pernas no seu pescoço puxando-o mais para
si. Seu corpo estremecia, implorando por mais. E ele dava. Daria qualquer coisa
que ela quisesse.
Sentia-se
envaidecido por ser capaz de provocar aquelas respostas na controlada e tímida
Srta. Demetria, se bem que vira pouco desse controle e timidez desde que lhe
tirara a venda naquela madrugada louca.
— Fala meu nome
Demi. — Implorou, querendo que ela comprovasse que era nele em que pensava.
Quase não reconheceu a própria voz naquele tom de desespero. Nem sabia o porquê
de precisar ouvir seu nome dito por aquela boca, mas precisava.
— Joseph... Ai!
O corpo dela. Ali
era sua casa, não precisava pedir licença. Iniciou os impulsos lentamente,
tentando afastar aqueles pensamentos absurdos. Ignorou a sintonia perfeita que
eles tinham, concentrando-se apenas nas sensações.
Mais uma vez
sentiu os músculos internos de seu sexo se contraindo. Era cedo, ele queria
mais. Parou.
— Joseph! — Sua
vampira manhosa protestou.
— Calma, amor, eu
quero que a gente chegue junto.
Ela mordeu os
lábios, numa clara tentativa de concentrar-se. Ele recomeçou, movendo-se mais
rápido. A expressão de agonia da moça o revirou pelo avesso. Ainda tentou
prolongar um pouco mais o ato, mas era impossível.
— Agora Demi,
vem!
Sentiu-se leve.
Seu corpo estremecia. Não havia lucidez ali, só sensações. Teve forças o
suficiente para inverter a posição dos corpos antes de cair no sono.
Acordou horas
mais tarde. A mulher ainda dormia profundamente, ele agora estava sem sono.
Desistindo de dormir, levantou-se com cuidado. Pegou uma caneca de café, um cobertor
e sentou-se num velho banco de madeira da varanda, o dia amanhecia. O local era
lindo. Cercado por vales, a casa ficava no alto de um penhasco. Só mesmo um
aventureiro para construir...
“Como você é
burro Joseph.“ É claro: Jackson. Biólogo e fotógrafo da natureza. Seu cunhado.
De quem mais poderia ser aquela casa? Agora tudo fazia sentido. Aquele plano
mirabolante com certeza era patenteado por sua irmã: Beth. As duas não eram
grandes amigas? Demetria jamais teria uma ideia dessa sozinha. Já a mente
totalmente pervertida de sua irmã adotiva... Era capaz até de ter coagido a
moça a fazer aquilo. Ele mais do que ninguém sabia como a irmã podia ser
insuportável quando queria algo. Ele agora não tinha dúvidas de quem era à
mentora intelectual daquela situação toda.
Teria que comprar
um presente bem grande para ela. Talvez uma viagem de segunda lua de mel,
emendando com a primeira. Provavelmente o Jackson ia ter um infarto, mas a baixinha
merecia. Sorridente, voltou para dentro. Encontrou Demetria saindo do quarto.
— Hum, você está
com cara de quem comeu o gato. — Falou esfregando os olhos.
— Errado, vou
comer a gata. Agora.
A moça deu um
grito quanto foi jogada em seu ombro e carregada até a cozinha.
— Joseph! Na
mesa?!
— Ué, nunca lhe
disseram que as refeições devem ser servidas a mesa? Pois bem.
Dessa vez foi
mais calmo. Conquistando centímetro por centímetro da pele. Queria seu olhar no
dele, mas era incapaz de verbalizar aquilo. Com certa rudeza provocada pelo
desejo, segurou seu queixo. A moça o olhou refletindo o mesmo desejo, portanto
nem um pouco assustada. Apenas passou a língua nos lábios. Joseph deu-se conta
que precisava daquela língua em sua boca. E sem deixar de se mover, puxou o
corpo feminino para um beijo apaixonado. A fome aumentou. Os impulsos também.
— Demi. — gemeu
num clímax que acompanhou o dela.
Muito tempo
depois, ela estava largada sobre a mesa. Ele sentado na cadeira, indeciso entre
continuar o que estava fazendo ou alimentá-la.
— Eu preciso
agradecer ao Carlos. Mas isso seria tão absurdo...
— Por quê? —
perguntou fazendo uma careta. Não queria falar do pai, não agora. Nem do
absurdo de falarem dele após terem feito amor.
— Por ter feito
você. Ele caprichou.
A reação do rapaz
assustou Demi: ele estava irritado.
— Agradeça a ele
da próxima vez que o encontrar.
Disse se
levantando e rumando para o banheiro. Entrou de cabeça sob o chuveiro. Percebeu
quando a porta do banheiro se abriu.
— Joseph...
Sinceridade máxima, certo?
Ele congelou, mas
então relaxou:
— Sim,
sinceridade máxima.
— Você age
estranho quando o seu pai é mencionado. Melhor, você continua agindo estranho
quando está perto dele. Sempre quis saber o motivo.
Ela não fez a
pergunta que devia. O rapaz pensou em mentir.
— É difícil falar
dele.
Rezou para que
suas evasivas a inibissem.
— Ele se ressente
com seu distanciamento.
— Eu sei. Mas são
coisas naturais na vida.
— Pare de
enrolar.
Ele hesitou.
— Sem mentiras
Joseph, você instituiu as regras. Porque você faz questão de se afastar da família?
— É o melhor para
todo mundo.
— Não pode ser.
Se afastar de quem te ama não pode ser bom.
— É o melhor para
todos. — Insistiu querendo que ela entendesse sua resistência em tocar no
assunto.
— Por quê?
Ele respirou
fundo e soltou:
— Evito meu pai
por que sou apaixonado pela mulher dele.
Puttz... caracaaaa posta logoooo.. poxa pensava q ele era apaixonado pela Demi..mas sera q ele quer dizer mulher dele .. Demi ? Supeer confusa ... esqueci o.nome da mulher do pai dele.. mas ta perfeito
ResponderExcluirPerfeito
ResponderExcluirPosta logo
"Ah, não vai dar uma de sentimental. E nem invente de ficar com pena de mim. Você está aqui apenas para me garantir alguns orgasmos... Só isso." xjnxjd melhor parte para mim, eu estou apaixonada por essa história e começei a ler pelo livro de minha prima até ela chegar jjxjzjd li o final hehe não vou estragar a surpresa até porque com jemi a história fica mais interessante
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