Super Divulgação (Por favor, entrem): http://fanmadehistorias.blogspot.com.br/
~*~
“Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir não há tempo
Que volte amor, vamos viver tudo
Que há pra viver vamos nos permitir...”
Há segredos capazes de destruir vidas, famílias. Se
apaixonar pela mulher do pai era coisa pequena diante do que ele e Demetria
haviam feito...
Quando Demetria falou do ex-namorado, Joseph se
preparou para o que viria a seguir. Nada veio. O que o obrigava a confrontar a
situação. Esperava que eles conseguissem passar por cima de tudo e esquecer o
passado. Que ela lidasse bem com a mudança. Talvez como presente de casamento
ele mudasse para perto de Beth. Se a irmã ainda quisesse ter contato com os
dois.
Não fora sua culpa. Amar alguém por 19 anos não é uma
coisa simples. Ele não tinha alimentado essa paixão, ao contrário tinha fugido
dela a vida inteira... Porém, nos últimos tempos havia descoberto que não podia
se esconder para sempre. Os jantares na casa do pai, onde ele ficava babando
por sua amada sob as barbas de seu próprio genitor e da própria noiva. Os
absurdos que fazia para ter um momento com ela e finalmente à consumação do
fato. Ele dormira conscientemente com a mulher do pai. Sim, Joseph Bolivatto
deitara com a mulher do próprio pai.
Antes da noiva fugir, tiveram a maior de todas as
brigas. Motivo? Enquanto fazia amor com a mulher, não apenas fantasiara com
outra, mas a chamara por seu nome. Nick se ofereceria para “encontrar a bandida
da Blanda”. Não duvidava que este fosse capaz, porém o Bolivatto diria que não.
O amigo não entenderia sua atitude. Qualquer outra pessoa não entenderia, mas a
sua culpa por nunca a ter amado inibia quaisquer represarias. No fundo desejava
de todo o coração que sua ex-noiva fosse feliz. Como ele tentaria ser. Como ele
conseguiria ser. Pois não deixaria nada nem ninguém atrapalhar sua felicidade.
Demetria era sua vida. A única mulher que teria para o resto de sua vida. Se
ela ainda o quisesse, após a inevitável conversa que teriam. Como ela receberia
tudo aquilo? Como enfrentaria a situação? Só Deus poderia dizer.
Percebia que o certo seria ter enfrentado tudo antes e
só então lhe fazer promessas. Mas ele não era racional quando estava perto de
Demetria. Nunca fora um cara puritano, mas nunca se envolvera com mulher de
outro. Não voluntariamente.
Fizeram amor madrugada adentro. Agora ela repousava em
seus braços. Precisaria desse contato pele com pele para iniciar aquela
conversa, mas a mulher o surpreendeu ao se pronunciar:
— Eu estou pensando...
— Eu te amo. — Ele interrompeu o que ela ia dizer.
Ela congelou.
— Você não precisa falar nada disso. Eu já estou com
você e vou ficar. Não precisa...
— Eu nunca disse isso a uma mulher. Não interrompa. É
bom falar e sentir isso. Muito bom.
A resposta da mulher foi um abraço tão apertado que o
aqueceu e lhe deu coragem.
— Meu avô abandonou minha avó por uma garota vinte
anos mais nova. Isso fez meu pai ficar super protetor em relação a ela. Ele
ainda adolescente passou a tomar conta de tudo para que ela nunca se
aborrecesse com nada. Quando ele casou continuou vivendo próximo. Quando ficou
viúvo voltou para casa. Quando o vovô ficou doente ele teve que mudar para assumir
as empresas. Eu tinha sete anos. Então meu pai me chamou e disse que tinha um trabalho
muito importante para mim: tomar conta da vovó enquanto ele tivesse fora. E foi
isso que eu fiz, fiquei com a vovó, sem reclamar... Porém quando eu tinha treze
anos, conheci a mulher da minha vida.
— Você já me contou sua história com a Raquel...
Ela tentou fugir do seu abraço.
— Não me interrompa Demi, por favor. — Ele pediu
abraçando ela mais forte. Percebia que ela queria entender aonde ele queria
chegar. — Logo você vai entender, prometo... Eu conheci a mulher da minha vida
aos treze anos. Foi numa das férias que passei com o papai. Estava visitando o
escritório das empresas e ela estava sentada atrás da mesa da secretária do papai.
Foi amor à primeira vista. Naquele ano eu falei com a vovó sobre a
possibilidade de ir viver com o papai. Ela ficou verdadeiramente magoada. Eu
fiquei triste, mas achei que eu teria outra chance.
A confusão nublou o olhar da mulher. No mínimo ela
começara a fazer as contas.
— Encontramo-nos novamente quando eu tinha 17 anos.
Foi uma das piores férias da minha adolescência. Eu me descobrir ainda
apaixonado por ela. E agora ela tinha um namorado perfeito de quem vivia
falando para a minha irmã. E nem me enxergava. Preparei todo um plano de
sedução, cheguei até mesmo a lhe roubar um beijo, mas ela não me via. Voltei
para casa determinado a esquecê-la de uma vez por todas. Perdi minha virgindade
e aprendi uns truques. Mas parecia que quanto mais eu tentava colocar outra em
seu lugar, mais ela se aprofundava em mim. Então virei um atleta sexual.
Conheci diversas mulheres. Cheguei a pensar que a tinha esquecido, mas a
simples menção de seu nome me fazia revirar pelo avesso. Quando eu estava na
faculdade minha avó morreu. Ficou combinado que passaria a viver com meu pai.
Mas então ela estava de casamento marcado... Por isso aceitei fazer parte de um
grupo de jovens empreendedores na faculdade...
A confusão da mulher finalmente foi verbalizada:
— Joseph eu estou confusa. Suas contas não batem.
Nessa época a Raquel já era casada com seu pai há pelo menos 10 anos.
— Eu sei. É isso que quero te dizer: eu nunca fui
apaixonado pela Raquel. Você achou que eu falava dela e eu preferi confirmar.
Ela fez força e se afastou dele.
— Me deixa continuar a história, por favor...
Ela não respondeu, em seu olhar a percepção de que ela
estava entendendo o que ele tentava dizer.
— Depois que soube que ela ia casar, não quis mais
notícias. Há quatro anos encontrei o suposto marido numa festa em Los Angeles.
Ele era recheio de um sanduíche com duas garotas. Eu não sei o que deu em mim.
Ele era alto e forte, mais alto que o Nicholas, mas eu não tive dúvida: soquei
o sujeito nocauteando ele no meio da pista...
— Ai, meu Deus...
— Voei para a casa do meu pai naquele mesmo fim de
semana. Eu estava decidido a fazer o que fosse possível para tê-la só para mim.
Aí descobri que ela não era casada... Mas estava envolvida com meu pai...
— Ai, meu Deus...
— Eu resolvi dar um jeito na minha vida. Fiquei noivo
da Blanda...
Um barulho estranho podia ser ouvido distante dali,
mas os dois o ignoraram. Joseph decidiu continuar.
— Quando voltei para casa e fui trabalhar na empresa
comecei a fazer coisas absurdas só para ficar com ela... Até minha noiva
percebeu, e dissimuladamente me fazia ver o envolvimento dela com meu pai. Dois
dias antes do casamento a Blanda brigou comigo por uma coisa que eu fiz. E o
pior já tinha feito antes...
— O quê? — a pergunta foi espremida entre os dentes,
em meio a uma raiva absurda.
— Enquanto fazíamos amor eu a chamei de Demetria...
A moça não reagiu logo. Olhava para ele em choque
total. O barulho agora estava mais forte.
— Joseph eu não estou entendendo, melhor, eu acho que
eu não quero entender...
— Demetria, eu sei do seu caso com meu pai. Eu nunca
me envolveria com você, por respeito a ele... Mas você me procurou e eu não vou
te deixar ir agora. Custe o que custar...
— Você está louco! — ela gritou. A sua voz se misturou
com o ruído que tinha aumentado consideravelmente. Era um helicóptero. Mas
nenhum dos dois se importou com isso — Eu nunca me envolvi com seu pai...
— Não minta para mim Demetria, todo mundo sabe, eu
aceitei isso. Mas não posso aceitar que o caso de vocês continue...
— Você é doente! Eu não tenho um caso com seu pai!
— Não minta. Eu posso aceitar tudo, mas não minta! A
intimidade entre vocês, a marca do seu batom no colarinho dele... O seu
presente de aniversário.
A mulher estava chocada e expressou seu choque com
demasiada fúria.
— Você é louco! Melhor, todos os Bolivatto são.
— Demetria, como você quer que eu acredite que não há
nada entre vocês dois? Ele te deu um consolo de presente!
— Era o inferno de uma piada. Se conhecesse seu pai o
suficiente, saberia que ele tem um senso de humor sádico!
Joseph tentou se aproximar. Arrependeu-se de ter
enfrentado a situação. Um cara esperto a convenceria a ir para longe e quando
as coisas se resolvessem, quando a história dos dois se consolidasse,
enfrentaria a verdade.
— Demetria...
Estendeu-lhe a mão, implorando pela dela.
— Não me toca!
No decorrer da briga ela tinha se afastado dele.
Levantou-se e saiu. Nua e furiosa. O Bolivatto saiu em seu encalço, também não
se preocupou em se vestir. Quase a alcançou na porta da entrada da cabana,
porém a moça estava tão irritada que nem percebeu o rapaz atrás de si, ela
olhava chocada para o helicóptero que pousava no jardim. Irritada com a invasão
ela voltou-se, chutou a porta com força para abri-la e entrar em casa
novamente. Mas a porta bateu no rosto de Joseph que vinha logo atrás. O impacto
e o susto o derrubaram e ele bateu a cabeça com força no chão. O rapaz ainda
tentou levantar, mas tonto, sentiu um líquido quente e pegajoso escorrer entre
seus cabelos. A última coisa que ouviu antes de apagar foi Demi gritando seu
nome.
Joseph sentiu um cheiro forte de éter quando
despertou. Ouviu uma TV ligada em desenho animado e intuiu que o Nicholas
estava por perto. Abriu os olhos brigando com a claridade. Estava em um
hospital.
— Demetria...
Mas ao invés dela responder...
— Você acordou, até que enfim. — Nick falou baixo.
— Onde está a Demi?
— Presa. Ela não te sequestrou?
— Como?!
— Ela foi presa em flagrante. Vai passar a noite
detida. Cara como é que você consegue essas coisas? É essa sua cara de bebê
chorão, não é?
A voz de seu amigo estava carregada da profunda
admiração machista, em outro momento Joseph teria contado vantagem, mas
naquele...
— Você ficou demente? Trate de soltar ela agora!
O amigo riu. Era uma de suas brincadeiras de mau
gosto. Joseph se preparava para levantar quando a porta se abriu e Demetria
entrou. Uma onda de alívio o invadiu. O primeiro olhar que ela lhe lançou foi
preocupado, que depois virou uma careta de raiva, talvez pensando se poderia
esmurrá-lo sem matá-lo.
— Demetria...
— Você está bem?
— Estou. Você?
— Isso não importa mais a você...
Joseph já se preparara para o embate, quando a porta
do quarto foi aberta outra vez. Uma garota loira entrou. Era alta, mas possuía
um rostinho de criança, que lhe revelava a idade, não mais do que 14. Tinha um
curativo no supercílio. Todos olharam em sua direção.
— Sr. Nicholas Jonas?
Dirigiu-se diretamente ao amigo de Joseph.
— Sou eu.
— Eu sei. — Lhe estendeu a mão — Prazer. Eu sou Emmily,
sua filha...
Joseph não sabia se agradecia ou xingava aquela
menina. Ela adiou sua discussão com Demi, mas... Espera aí. O Nicholas tem uma
filha adolescente?
~*~
A história já está acabando... ^^
Comentem, amores <3
Amei posta logo
ResponderExcluirPoxa ja esta acabando =(
ResponderExcluirAdoreii o Capitulo. Poste logo!! Bjs
amei, necessito de outro cap agr kkkk
ResponderExcluirposta logo
xoxo
Eu amei o capitulo tá perfeito
ResponderExcluirPOSTA LOGO
Eiiiita, historiad comprometedoras kkkk ta lindo posta logo, to curiosa
ResponderExcluirmeu Deus esse capítulo foi teste pra cardíaco.
ResponderExcluirNão, não me diga que esta acabando não, eu estou gostando tanto :(
muito obrigada por ajudar.
posta logo!!
bjssss
amei o capitulo, já está no final :(
ResponderExcluireu li o final deste livro fjdjs e amei tanto a adaptaçao que você fez de Belo desastre que vou comprar e compar tambem Desastre Iminente, você ja leu?
Posta logo